Pequenas violências, pesadas consequências
Por Glaucio Ary Dillon Soares
Sociólogo, é pesquisador do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj)
Crianças e adolescentes com alguma deficiência são alvos frequentes de agressões verbais e físicas nas escolas e colégios. É um tema relativamente bem estudado em alguns países. Essa área é conhecida como bullying. Há muitas pesquisas sobre bullying; infelizmente, quase todas fora do Brasil. Em verdade, bullying é a principal razão pela qual crianças e adolescentes com deficiências mudam de escola. Essas agressões são quase sempre verbais, mas há algumas que são físicas e um pequeno número de agressões violentas. Os atos agressivos, os deboches e as zombarias são mais importantes do que as dificuldades derivadas da doença na determinação da insatisfação do aluno com a instituição e dos pedidos de transferência.
Não obstante, crianças deficientes trazem sua carga de problemas psicológicos e de adaptação e, com alguma frequência, são, elas próprias, bullies. Algumas se defendem quando agredidas e batem de volta.
Uma pesquisa com 300 crianças no norte da Inglaterra e na Escócia ajudou a entender vários processos. Entrevistaram crianças e adolescentes, individualmente e em grupo. Essa pesquisa difere de grande parte das pesquisas convencionais que se concentram nas informações proporcionadas pelos professores e professoras. O que eles não veem e não ouvem é perdido. O diretor da pesquisa, Nick Watson, enfatizou o olhar novo que a pesquisa trouxe — a partir das crianças.
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Artigo publicado no Correio Braziliense, dia 05/02/10
"Children 5-16: Growing into the Twenty-First Century"
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
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