Hot-air balloon festivals

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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

@ UAB

Proposta de cursos pode ser apresentada até fevereiro

Instituições públicas de educação superior integrantes do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) têm prazo até 22 de fevereiro de 2010 para apresentar propostas de cursos em 16 áreas da formação para a diversidade. Os cursos, com duração de 90 a 240 horas, serão oferecidos a gestores, professores e profissionais da educação básica pública.

Entre os cursos relacionados pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação estão os de educação ambiental e do campo, educação integral e mediação de leitura. Na modalidade a distância, a formação será ministrada em polos da Universidade Aberta do Brasil durante o ano letivo de 2010. Os professores serão certificados pelas instituições parceiras do MEC na iniciativa.

O Edital nº 28/2009 contém orientações sobre os projetos pedagógicos, critérios de seleção e cronogramas dos cursos para o ano letivo de 2010. O documento também relaciona os cursos e a carga horária, conforme a tabela. As propostas devem ser apresentadas por universidades federais e estaduais, centros federais de educação tecnológica e institutos federais de educação, ciência e tecnologia.

O edital também trata da oferta de dois cursos sobre gestão de políticas públicas nas temáticas de gênero e raça. Um deles, de aperfeiçoamento, com 300 horas de duração. Outro, de especialização, com 380 horas. Para os dois cursos, o prazo de apresentação de projetos pelas instituições vai até 15 de janeiro de 2010.

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

@ Piso Salarial

Sem consenso, piso salarial de professor vai passar de R$ 1 mil

O piso nacional de R$ 950 para os professores da rede pública do ensino básico em todo país chega a 2010 do mesmo jeito que passou em 2009: sem consenso, com dúvidas jurídicas e com prefeituras e Estados reclamando da dificuldade financeira de cumprir a lei. O cerne da discussão trata da real capacidade de caixa dos governos, principalmente dos pequenos municípios, para estar em dia com a Lei nº 11.738, de julho de 2008, que instituiu o pagamento de pelo menos dois terços dos R$ 950 desde janeiro deste ano e integral a partir de 1º de janeiro de 2010, respeitando a carga semanal de trabalho de 40 horas.

leia na íntegra

Proposição: PL-1592/2003 - Veja a tramitação

@ Intoxicação caseira

Agência FAPESP – Se comer fora de casa pode ser arriscado, preparar o próprio alimento também não garante isenção de contaminações. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo levantou que 27% dos casos de intoxicação alimentar, registrados entre 1998 e 2008, foram gerados por ingestão de alimentos preparados nas residências.

Nesse período, a Secretaria computou 76,8 mil casos de doenças transmitidas por água e alimentos (DTA). A grande maioria deles – 72,5 mil – são casos de diarreia aguda causada por bactéria, principalmente a Salmonella, responsável por 7 mil deles.

No entanto, de acordo com o órgão, o dado que mais chamou a atenção foi o alto número de intoxicações ocorridas nas residências, que superou as provocadas por alimentos ingeridos em estabelecimentos comerciais ligados à área de alimentação como restaurantes, bares e padarias, que respondem por 24% do total.

Creches, escolas, asilos e outros locais representaram 39% das intoxicações alimentares e em 10% dos casos não houve registros do local de contaminação.

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A Secretaria Estadual da Saúde divulgou uma série de dicas para o preparo de alimentos em casa, como atenção especial aos utensílios de madeira, não utilizar a mesma faca em alimentos diferentes sem lavá-la antes, entre outros divulgados no seu site.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

@ 2010

Prezados(as),

O ano de 2010 está chegando. Desejo-lhes a renovação dos sonhos, desejos e esperanças. Claro, com garra, disposição e alegria.

São os votos

prof. eduardo macedo de oliveira


# algumas fotos


# um poema

"Pensar é estar doente dos olhos"

Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos", 8-3-1914


#outro poema:

CORTAR O TEMPO
(Carlos Drummond de Andrade)

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de Ano, foi um indivíduo genial! Industrializou a Esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Ai entra o milagre da Renovação e tudo começa outra vez... com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente".

@ Merenda Escolar

Merenda escolar poderá ser oferecida também nas férias

Os alunos matriculados na educação básica da rede pública poderão receber merenda escolar fora do período letivo, conforme projeto de lei apresentado pelo senador Cícero Lucena (PSDB-PB). A proposta encontra-se na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e, posteriormente, será examinada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), na qual receberá decisão terminativa.

De acordo com o projeto (PLS 569/09), caso os pais de alunos matriculados na educação básica pública manifestarem interesse, a alimentação escolar deverá ser oferecida aos alunos também nos dias úteis não letivos. A atual legislação já garante a alimentação a esses estudantes no período letivo. A proposta altera a lei que trata da distribuição da merenda escolar (lei 11.947/09) para incluir o benefício.

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@ Educação Infantil

Um estímulo à popularização da educação infantil

Por Stella Bortoni (*)

leia na íntegra

(*) Stella Bortoni é professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília e PhD em Linguística.

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Lattes

@ Revistas PROEX / UFU

Recebimento de trabalhos pela Revista em Extensão

A revista Em Extensão, publicação semestral da Pró-reitoria de Extensão, Culturae Assuntos Estudantis, recebe, até 31/01/2010, trabalhos sob a forma de artigosoriginais, comunicações, relatos de experiências e resenhas voltados paraextensão universitária. Informações sobre a revista e orientações para submissãoeletrônica dos trabalhos podem ser acessadas clicando aqui

A revista de Educação Popular, publicação anual da Pró-reitoria de Extensão,Cultura e Assuntos Estudantis, recebe, até 31/03/2010, trabalhos sob a forma deartigos e relatos de experiências voltados para a educação, a saúde e a culturapopulares. Informações sobre a revista e orientações para submissão eletrônicados trabalhos podem ser acessadas clicando aqui

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

@ Kindle

Livro para Kindle vendeu mais do que livro de papel

A Amazon.com anunciou hoje que o Kindle foi o item mais comprado para dar de presentes na história da empresa. Ontem, pela primeira vez, foram comprados mais livros para Kindle do que livros físicos.

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@ Tablet

One Laptop Per Child anuncia tablet de US$ 75 para 2012

A fundação One Laptop Per Child, que produz laptops baratos para a inclusão digital de pessoas pobres, divulgou hoje as primeiras imagens do XO-3, o tablet de US$ 75 (cerca de R$ 130) que planejam lançar em 2012.

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Um tablet por criança?
Uruguai já tem um laptop por criança

Plan Ceibal / Uruguay

One Laptop Per Child

@ Top Scientists

100 Incredible Lectures from the World’s Top Scientists

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@ Subutilizados

Computador e internet ainda são subutilizados nas escolas, aponta pesquisa

Pesquisa mostra que professores usam apenas recursos mais simples do computador

leia na íntegra 1
leia na íntegra 2


Laboratório de Novas Tecnologias Aplicadas na Educação / UNICAMP (LANTEC)


O computador e a internet na escola pública

"O uso dos computadores e da internet nas escolas públicas de capitais brasileiras",

Baixe o relatório da pesquisa em PDF

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domingo, 27 de dezembro de 2009

@ Entrevista

Entrevista com Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva

Secretária de Educação Básica / MEC

Jornal Correio, p. A6, 27/12/09

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@ SBPC 2010


sábado, 26 de dezembro de 2009

@ Laicidade

"Não se pode entender a laicidade do Estado sem referência à liberdade religiosa. É a outra face da moeda. Por que razão o Estado deve ser laico? Porque, representando todos os cidadãos, não poderia abraçar uma opção religiosa sem alienar dessa representação os cidadãos de outra crença ou mesmo os que não professem religião. Assim, a liberdade de religião, aliada a uma nova concepção do Estado e da igualdade, está na origem da laicidade."

Franceses lutam por estado laico

íntegra



# CRUCIFIX IN CLASSROOMS: CONTRARY TO PARENTS’ RIGHT TO EDUCATE THEIR CHILDREN IN LINE WITH THEIR CONVICTIONS AND TO CHILDREN’S RIGHT TO FREEDOM OF RELIGION


# AFFAIRE LAUTSI c. ITALIE

# Lautsi v. Italy From Wikipedia, the free encyclopedia

# Impedir a exposição de crucifixos não é hostil à religião

A decisão da Corte Europeia de Direitos Humanos concernente ao caso Lautsi v. Itália, contrária à exposição de crucifixos nas escolas públicas italianas, não pode ser considerada hostil à religião. O julgamento foi totalmente embasado na Convenção Europeia dos Direitos Humanos(1950), que impõe aos Estados signatários, incluindo a Itália, a obrigação de respeitar o direito que os pais possuem de educar os filhos de acordo com suas próprias convicções religiosas e filosóficas.

íntegra

@ Rede Jovem Cidadania

Coletivos juvenis produzem programas para TV pública de MG

Todo sábado, às 17h, a emissora pública educativa Rede Minas transmite o Rede Jovem Cidadania. Com cerca de 30 minutos de duração, o programa é produzido por coletivos juvenis de Belo Horizonte (MG). Documentários, reportagens e animações são resultados de prática formativa oferecida pela Associação Imagem Comunitária (AIC).

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@ Plano Decenal - RJ

Plano Estadual de Educação do RJ é sancionado


Até 2019 todas as escolas da rede pública do estado do Rio de Janeiro devem oferecer atendimento em tempo integral para os anos finais do Ensino Fundamental. Essa é uma das 100 metas do Plano Estadual de Educação, sancionado pelo governador fluminense Sérgio Cabral. A Lei 5597 foi publicada na última segunda-feira (21/12) no Diário Oficial.

A oferta da educação integral deve ocorrer de forma gradativa a partir de 2010. A ideia é que a cada ano aumente em 10% o Ensino Fundamental em turno único.

Outra proposta do plano é implantar, em dez anos, o tempo integral no Ensino Médio em 10% das escolas da rede. Serão priorizadas unidades de ensino localizadas em áreas com jovens em situação de risco.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Educação, a rede é formada por 1.437 unidades de Ensino Fundamental e Ensino Médio. Hoje apenas 179 escolas de Ensino Fundamental oferecem tempo integral. Já o número do Ensino Médio é menor. São só 99 escolas.

As metas estabelecidas pelo Plano, que foi aprovado pela Assembleia Legislativa no último dia 15 de dezembro, devem ser cumpridas em dez anos. A lei abrange os diferentes níveis de ensino: Infantil, Fundamental, Médio, Superior e também as modalidades: Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional.

Para Educação Infantil, as principais metas são: assegurar em regime de colaboração com os municípios, no prazo de 5 anos, a universalização do atendimento à demanda de pré-escola para crianças de 4 a 5 anos e o crescimento da oferta de vagas na creche para crianças de 0 a 3 anos.

O estado instituirá ainda um sistema de avaliação. Também deve definir mecanismos de acompanhamento das metas da lei. Está prevista revisão a cada dois anos do Plano, após a realização do Congresso Estadual de Educação.

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

@ Cobertura de Quadras

D.O.U. (24/12/09)

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (Seção 3)
VICE-PRESIDÊNCIA DE GOVERNO
EXTRATOS DE INSTRUMENTOS CONTRATUAIS

ME/Município de UBERLÂNDIA/MG;
CNPJ 18.431.312/0001-15;
CTR 0298.700-59/2009/ME/CAIXA;
Objeto: Cobertura de Quadra Poliesportiva nas Escola Municipal Boa Vista, E.M. Professor Milton Magalhaes Porto e E.M. Jose Marra da Fonseca;
Programa: SEGUNDO TEMPO;
Valor: R$670.315,00;
Dos recursos:R$536.250,00, correrão à conta da União no exercício de 2009,
UG180006, Gestão 0001-Tesouro, Programa de Trabalho 27812802887670031,
NE 2009NE900310, de 20/10/2009, eR$134.065,00 de contrapartida.
Vigência: 30/07/11
Data e Assinaturas: 22/12/09

Robledo Pinto Coimbra e Odelmo Leão Carneiro Sobrinho.

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@ Parceiros da Educação

“Contribuir para a formação integral de alunos da rede pública, por meio da instituição de parcerias entre Empresas e Escolas visando a melhoria da qualidade do ensino e do aproveitamento escolar dos alunos.”

O modelo de parceria consiste na aliança entre uma Empresa (ou empresário) e uma Escola Pública, que atuará em quatro áreas fundamentais: apoio físico-estrutural, apoio à gestão, apoio pedagógico e apoio à integração da comunidade com a escola.

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Jornal Folha de S.Paulo, 24/12/09


PPP para a educação pública

JAIR RIBEIRO (*)

ENQUANTO A imprensa internacional, o governo e os empresários promovem o Brasil como a nova potência econômica mundial, é difícil crer na sustentabilidade do nosso crescimento.

Os fundamentos dessa propalada prosperidade se amparam em pés de barro. Como pretendemos estar ao lado das nações desenvolvidas, ou mesmo da China e da Índia, quando 40% dos jovens de 16 anos não cumpriram os nove anos do ensino fundamental e 74% da população brasileira não entende um texto simples?

É fato que temos um enorme deficit educacional. Aliás, tornou-se um clichê dizer que o maior desafio brasileiro é a educação. Novas iniciativas dos governos federal e estaduais caminham na direção correta, mas sempre encontram obstáculos político-partidários, orçamentários ou mesmo corporativos para efetivamente promover uma verdadeira revolução na questão da educação pública. Em países onde o problema da educação foi solucionado, houve uma ampla e efetiva mobilização da sociedade.

A pergunta é: o que você faz para contribuir para a solução desse problema? Se a educação é o maior desafio que o Brasil enfrenta, não podemos, como sociedade civil, simplesmente delegar a questão ao Estado e esperar dele solução, considerando suas conhecidas limitações de agilidade, gestão e restrições político-partidárias. É preciso se envolver!

A Associação Parceiros da Educação se apresenta como uma excelente solução. Trata-se de um programa que promove parcerias empresa-escola pública inspirado em um projeto conduzido pela Porto Seguro na favela de Paraisópolis, em São Paulo, há mais de 15 anos.

A Parceiros conta hoje com mais de 80 escolas, atendendo aproximadamente 80 mil crianças em parceria com mais de 60 empresários (em geral de porte médio). Em algumas escolas, as parcerias obtiveram melhorias no desempenho escolar superiores a 30%. Em todas, verificou-se melhoras no aproveitamento dos alunos, bem como redução da evasão escolar e na rotatividade dos professores.

O conceito é que cada empresa ou empresário "adote" uma escola pública, auxiliando-a em quatro vetores básicos: capacitação pedagógica, gestão, infraestrutura e inserção da comunidade na escola.

O processo se inicia com a elaboração de um diagnóstico das necessidades da escola. Em seguida, identifica-se um empresário para celebrar a parceria com a escola. O modelo é um empresário para cada escola (apesar de alguns terem mais de uma). Como cada unidade tem as suas necessidades específicas, a direção da escola e o empresário-parceiro (este com a ajuda e o monitoramento da Parceiros) desenvolvem um plano anual de ação para a escola, em linha com as metas estabelecidas pela Secretaria da Educação, e acompanham a sua execução.

Para cada parceria, a associação seleciona e capacita um facilitador, que faz o meio-campo entre o empresário e a escola. Esse profissional, experiente em questões pedagógicas, é formado continuamente e monitorado pela associação.

As parcerias promovem várias ações nas escolas, como capacitação pedagógica dos professores e coordenadores, reforço na alfabetização dos alunos, manutenção dos laboratórios de informática e de leitura, programas de integração escola-comunidade, além de reformas na área física.

Sempre em linha com a direção da escola e a Secretaria da Educação e voltadas para o aproveitamento escolar do aluno.

Em todos os investimentos realizados são definidas contrapartidas da escola, de seus professores ou alunos -para que não se confunda a atuação com o puro assistencialismo, mas se estabeleça como uma conquista da escola. A cada ano, o desempenho dos alunos é medido por meio de avaliações externas independentes, e um novo plano de ação é desenvolvido com a direção da escola.

A ideia consiste em potencializar o investimento público, transformando uma unidade da rede pública de baixo rendimento em uma escola mais eficiente em termos de qualidade de ensino.

Com o programa Parceiros, os empresários, na condição de gestores e líderes, passam a dispor de um mecanismo eficiente para contribuir para a solução do problema da educação pública, somando às políticas do Estado.A associação conta com mais de cem escolas públicas já diagnosticadas, aguardando empresários que queiram aderir ao programa. Participe!

(*) JAIR RIBEIRO é presidente do Comitê Executivo do Conselho de Administração da CPM Braxis, sócio-fundador da Casa do Saber, e, com Ana Diniz, coordenador da Associação Parceiros da Educação.

@ Literatura

Estímulo à criação literária

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Governo Minas Gerais de Literatura. Serão distribuídos R$ 212 mil para quatro categorias

Pelo terceiro ano consecutivo, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, lança o edital do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura. Ao todo, serão distribuídos R$ 212 mil (duzentos e doze mil reais) para as categorias Conjunto da Obra, em que um escritor brasileiro será homenageado; Poesia; Ficção (conto) e Jovem Escritor Mineiro.

Inscrições: as inscrições podem ser feitas de nove de dezembro de 2009 a 30 de janeiro de 2010. Para participar, o interessado deverá protocolar sua obra, de acordo com as disposições do Edital, no Suplemento Literário de Minas Gerais ou envia-la pelo correio (avenida João Pinheiro, número 342, bairro Centro, Belo Horizonte/MG – CEP 30130-180).

íntegra

Clique aqui e conheça o Edital do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura, e todos os documentos necessários para inscrever uma obra.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

@ E-books

E-books na Escola: Receita de Sucesso na Educação

acessar

Faça um e-book na escola: Conheça o projeto

mais

@ Artes Circenses

FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTES

(D.O.U. 23/12/09 - Seção 3)

EDITAL DE SELEÇÃO

O Presidente da FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTES -FUNARTE, no uso das atribuições que lhe confere o inciso V doartigo 14 do Estatuto aprovado pelo Decreto nº 5.037, de 7/4/2004,publicado no DOU de 8/4/2004, torna público o presente Regulamento,que estabelece normas para a participação no concurso de seleção de candidatos a vagas do Curso Técnico em Artes Circenses da Escola Nacional de Circo.

leia na íntegra

@ Plano Decenal - MG

Plano Decenal de Educação (MG) será votado em 2010

acessar

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

@ Miguel Arroyo

Entrevista com Miguel Arroyo

Assista

Quem é Miguel Gonzalez Arroyo

@ EF de 9 anos

Diretrizes Operacionais para a implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.

Parecer CNE/CEB nº 22/2009, aprovado em 9 de dezembro de 2009

Acessar o Parecer

@ V Olimpíada Brasileira de Matemática

Matemática dá novo destaque a Minas

Alunos das escolas estaduais conquistam metade das medalhas de ouro na Olimpíada

leia na íntegra

sábado, 19 de dezembro de 2009

@ Saúde do Escolar 2009

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2009

IBGE revela hábitos, costumes e riscos vividos pelos estudantes das capitais brasileiras

Publicação

Comentários (em pdf)

* Mais da metade dos estudantes são inativos ou insuficientemente ativos em termos de atividade física
* Estudantes da rede pública declararam faltar mais às aulas sem autorização dos pais ou responsáveis
* Consumo de guloseimas supera o de frutas frescas
* Feijão é o alimento saudável mais consumido entre os estudantes
* 41,7% dos estudantes não viviam com o pai e a mãe, no conjunto das capitais e DF
* 1/4 das mães de estudantes não tinha qualquer grau de ensino ou tinham fundamental incompleto
* Quase ¼ dos estudantes já experimentou cigarro
* Quase 20% dos jovens que consumiram álcool adquiriram em supermercados ou bar e 12,6% na própria casa
* Pense verificou que 8,7% dos escolares já usaram alguma droga ilícita
* Cerca de 24% não haviam usado preservativo na última relação sexual
* Insegurança atingia quase 10% dos alunos da rede pública
* 12,9% dos estudantes declararam ter se envolvido em alguma briga no mês anterior à coleta da pesquisa
* Percentual de adolescentes do sexo feminino que escovavam os dentes era superior aos do sexo masculino
* O número de alunos se achando magros era maior que o de se achando gordos
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@ Professores no Censo

Os professores de SP no Censo de Ensino Superior 2008

A divulgação do Censo de Ensino Superior mostrou dados importantes sobre o trabalho dos professores em São Paulo. Entre eles, diminuição no número de funções docentes e aumento na relação entre professor e número de alunos. O número de professores com mestrado caiu em números absolutos e relativos.

Confira os principais resultados sobre o trabalho docente nas instituições privadas do Estado.

@ Pesquisa: Educação Privada

Pesquisa

“A Educação dos próximos dez anos: perspectivas para a educação privada em SP”.

Acesse aqui

Mais

@ Nova Escola

O MELHOR DE NOVA ESCOLA

Tudo sobre

Quatro grandes pacotes de conteúdo foram publicados no segundo semestre deste ano, organizados para que você aprofunde ainda mais seus conhecimentos sobre:

Produção de texto
Matemática do 1º ao 5º ano
Educação de Jovens e Adultos
Planejamento

mais

@ Saúde Vocal

É preciso pressionar deputados por lei que obriga escolas oferecer microfones

O projeto de lei nº 3.757, de 2008, que obriga escolas e universidades a instalar dispositivo de sonorização nas salas de aula com mais de 40 alunos, foi retirado da pauta na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o que adia sua discussão.

O SINPRO-SP já está se articulando para pressionar os parlamentares, logo na volta do recesso, a colocar o projeto em pauta novamente, ressaltando a importância que tem para os professores de todos os níveis de ensino, mas especialmente para aqueles que lecionam no ensino superior, com salas de aula cada vez mais lotadas.

Como já comprovou pesquisa realizada pelo Programa de Saúde Vocal do SINPRO-SP, os professores apresentam mais problemas vocais do que a população em geral, o que, em alguns casos graves, exige até o afastamento do trabalho. A justificativa usada para o PL 3757/08 baseia-se no estudo do Sindicato e do Centro de Estudos da Voz, realizado em parceria com a Universidade de Utah, que na época se restringia a São Paulo.

Desde então o estudo foi ampliado para todo o país e, em 2009, o SINPRO-SP divulgou os dados nacionais, confirmando o que já havia sido identificado nos resultados de São Paulo: os professores sofrem mais com problemas de voz (leia mais sobre o estudo). Daí a importância do trabalho de prevenção entre os docentes e, é claro, da garantia que tenham acesso às condições e equipamentos adequados para assegurar a saúde vocal.

A mobilização dos professores para o projeto volte à pauta é fundamental. Utilize o serviço fale com o deputado e no campo “nome do deputado”, selecione o item “TODOS”, para que sua mensagem chegue a cada um dos parlamentares.

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

@ Entrevista *Maria do Pilar

Folha Dirigida, 17/12/2009 - Rio de Janeiro RJ

O desafio de ensinar

Entrevista com a Profa. Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva

Secretária de Educação Básica - MEC


Folha Dirigida - Em outubro, o MEC realizou mais uma edição da Prova Brasil. Quais são os principais objetivos desta avaliação?

Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva - É ter resultados que orientem melhor as políticas do ministério. Isso para nós é fundamental, porque ao fazer uma prova universalizada para todas as escolas urbanas, ela mostra onde estão os problemas mas, também, onde estão os bons projetos, as boas experiências. Ela nos ajuda a planejar as políticas públicas.

Nos últimos anos, quais foram os principais problemas identificados a partir dos resultados da Prova Brasil?

O principal problema é a dificuldade de aprendizagem. Em alguns lugares é muito alta, em outros, é menor, mas identificamos claramente que as escolas que têm resultados muito fracos são as que não conseguem garatir, à maioria dos seus alunos, o direito de aprender. Este, talvez, tenha sido o melhor resultado não só da Prova Brasil como também da criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Ele leva em conta o resultado da Prova Brasil e os indicadores de fluxo escolar. Daí termos o índice que é de zero a 10 e, a partir deste índice, elencamos os 1.232 municípios com o pior Ideb e começamos a trabalhar prioritariamente com esses municípios. Depois do segundo Ideb, identificamos municípios que ainda não tinham alcançado a média nacional e incluímos também estes municípios nos grupos prioritários. Hoje, a partir dos resultados da Prova Brasil e consequentemente do Ideb, conseguimos focar o trabalho nos municípios e nas redes que tenham maiores dificuldades.

Como é o trabalho focado nesses municípios com maiores dificuldades? Que tipos de ações o MEC desenvolve ou orienta para melhorar o ensino?

Todos os municípios aderiram ao plano de desenvolvimento da Educação. Quando eles aderem ao plano, se comprometem a cumprir suas 28 diretrizes. A primeira diretriz é garantir o direito de aprender a todos. Garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos, priorizar a educação infantil, a gestão democrática, concurso público para professores. São diretrizes muito consensuais no país. Depois que o município adere, se compromete a fazer com que as 28 diretrizes sejam uma realidade, é elaborado um Plano de Ações Articuladas (PAR). Quando este plano é elaborado, tem-se um diagnóstico dos maiores problemas do município. E diante destes problemas, aparecem ações do Ministério da Educação, seja na área de gestão, seja na área de formação de professores, infra-estrutura ou de outros projetos pedagógicos. Assinado o PAR, nós então começamos a trabalhar com os municípios, o que pode ocorrer de três maneiras diferentes. Podemos trabalhar com assistência técnica, com repasse financeiro através de convênios ou com os dois. Estamos na fase de começar a monitorar os municípios prioritários na aplicação deste programa e na execução deste planejamento.

Este monitoramento já começou? Já existe algum diagnóstico?

O monitoramento já começou em agosto deste ano. Nós ainda não temos nem os resultados preliminares, mas as universidades já estão em campo fazendo este trabalho.

Como a senhora classificaria o ensino público da educação básica no país?

Ele está melhorando, falta ainda ser mais público. Nós precisamos torná-lo também a escola da classe média. A classe média precisa voltar para a escola pública, não só porque ela é direito de todos, mas porque, assim, ela se torna efetivamente democrática. Ela não pode ser um espaço reservado para a classe média como ela não pode ser um espaço reservado para a classe trabalhadora, dos mais pobres. Ela ainda precisa dessa convivência mais democrática. O Ideb, os índices de alfabetização, os índices de maior tempo de escolaridade do brasileiro, todos eles são animadores por mostrarem que, efetivamente, temos conseguido uma melhora tanto na qualidade quanto na quantidade.

Em quanto tempo o brasileiro pode ter acesso a uma educação em níveis de primeiro mundo?

Quando os países fizeram reformas consistentes e duradouras na educação, sempre levaram cerca de uma geração. Nós acreditamos que a partir de 2015 tenhamos resultados mais estáveis e que a partir de 2022 possamos atingir o padrão dos países europeus. Para isso, o trabalho não pode sofrer interrupção, ou seja, a cada mudança de governo começar tudo de novo. Por isso, os planos assinados com prefeitos e governadores são plurianuais. É preciso investir fortemente na educação básica como um todo e não apenas no ensino fundamental, como foi feito na década de 90. Temos investido na ampliação e qualificação da Educação Infantil e na reformulação mais profunda e mais radical do ensino médio. Temos trabalhado fortemente na formação dos professores, seja na formação inicial, seja na formação continuada, seja na carreira do professor, como no piso salarial de ingresso e também nos programas suplementares, merenda, livro didático e transporte escolar, que antes eram restritos ao ensino fundamental. Esses programas, merenda, livro didático e transporte escolar, hoje, atendem às crianças da Educação Infantil, ensinos fundamental e médio.

O baixo investimento por aluno é uma questão problemática para a melhoria da qualidade do ensino?

Sem dúvida. Na realidade, quando se olha o que se investe no Brasil hoje, as pessoas podem comparar com os países desenvolvidos e achar que, como o Brasil está investindo 4,7% do PIB, isto está bom. Não está. A dívida histórica do Brasil com a educação é muito grande. Nós temos 40 milhões de brasileiros como um público potencial de adultos para voltarem para a escola porque ainda não terminaram o ensino fundamental ou 10 milhões de adultos que ainda não sabem ler e escrever ou 4 milhões de jovens entre 15 e 17 anos que deveriam estar no ensino médio e freqüentam o ensino fundamental. Essa dívida educacional é muito grande, ela precisa de muito investimento, de soluções muito ousadas. Por isso o governo conseguiu a aprovação por unanimidade no Congresso Nacional do fim da incidência da Desvinculação das Receitas da União (DRU) sobre o orçamento da Educação, que vai liberar para o MEC, no mínimo, mais R$9 milhões por ano. E o governo tem aumentado sensivelmente o investimento em educação. O orçamento do MEC passa de R$24,25 milhões em 2003 para fechar, agora, com R$49 bilhões. O orçamento tem crescido sensivelmente, mas ele precisa crescer mais para que a gente possa resolver todas estas demandas geradas ao longo de, no mínimo, dois séculos de nossa priorização para a educação para poucos no Brasil.

A falta de controle social do gasto com a educação também é um problema?

Isso sempre será um problema. Se você tem um dinheiro e usa ele mal, é a mesma coisa que não ter. Você pode reparar na sua casa, na sua empresa ou na área pública. É importante que a gestão seja comprometida com o nosso objetivo principal, que é garantir a aprendizagem para todos, o que, no Brasil, significa mais de 52 milhões de alunos da educação básica. Para isso, o ministério trabalha com mais investimento em planejamento, em tempo, em gestão na qualificação de secretários municipais de educação, para que tenham um domínio sobre o financiamento público, sobre o que pode e o que não pode ser feito com recursos da educação. Os artigos 70 e 71 da LDB são muito claros em relação ao que é considerado manutenção e desenvolvimento do ensino. É importante também investir na formação dos gestores dos recursos da educação. Não adianta dizer "não vale a pena aumentar o recurso porque ele é mal utilizado". Isso não é uma regra. A má utilização é uma exceção. Queremos é que existam mais recursos e que eles sejam geridos de maneira mais eficiente e comprometida.

Que papel tem a qualificação dos professores na melhoria da qualidade do ensino?

Tem um papel chave. O professor é o profissional estratégico para as mudanças de educação darem certo e para isso ele tem que ter direito a formação inicial e continuada, sempre de qualidade. Não adianta cursinho de fim-de-semana, não adianta ter o título sem que este título efetivamente não transforme a prática cotidiana deste professor.

Em vários casos, o Ideb das capitais costuma ser menor que o de outras cidades de menor porte. Que mensagem isto traz para os administradores?

Nós criamos um grupo das grandes cidades exatamente por saber que a realidade delas é muito complexa e também é muito desafiadora, porque há maior diversidade de problemas. Existem grandes cidades que têm área rural, comunidades indígenas, que têm educação de jovens e adultos, ou que possuem todas estas diversidades reunidas. É mesmo um desafio lidar com os bolsões de pobreza, com a exclusão de setores que sempre foram excluídos do acesso a direitos básicos da população e isso reflete na educação. Trabalhamos em regime de colaboração com os gestores das grandes cidades para ajudá-los neste trabalho desafiador.

A universalização do ensino fundamental é uma realidade no país. Isso acontece por que a sociedade está consciente da importância da educação ou isso se deve, em parte, aos programas sociais?

Porque é um direito público, subjetivo e explícito da Constituição Federal. Não dá mais para conceber a criança fora da escola porque isso é uma desobediência constitucional e isto está cada vez mais claro tanto na sociedade quanto nos diferentes orgãos do governo. Para isso, temos políticas públicas como a bolsa-família, por exemplo, que é uma política para garantir a permanência dessas crianças nas escolas. E é importante lembrar que a Emenda Constitucional 59, aprovada no final de outubro, no Congresso Nacional, estabelece que a partir de 2016 a matrícula obrigatória no Brasil será para crianças entre 4 e 17 anos de idade. Nós teremos um avanço na questão da garantia de direitos muito grande e temos de nos planejar com os sistemas estaduais e municipais para fazer valer este novo direito.

O que é preciso fazer, desde já, para que, a partir desse prazo, seja possível universalizar a matrícula para esta faixa etária?

Nós já nos unimos com os representantes dos professores e secretários estaduais e municipais e o primeiro passo é um diagnóstico muito preciso da demanda de cada cidade, porque existem cidades que já universalizaram a pré-escola e cidades que ainda precisam construir muitas escolas infantis. Então, pedimos a eles que fossem elaborados diagnósticos de cidade por cidade, pois o que temos, até agora, é um panorama nacional. Ainda temos 25% de crianças de 4,5 anos fora da escola e esses 25% não são iguais em todo o país. O primeiro passo é um diagnóstico, o segundo é uma adequação da legislação. Estamos também planejando como será a relação e o investimento do Ministério nesses 5 anos que teremos, de 2010 a 2015, para que, em 2016, todos os estados e municípios já estejam com a matrícula obrigatória de 4 a 17 anos funcionando, sem atropelos.

As escolas de excelência poderiam se tornar um modelo de referência para as demais do país?

Este tipo de escola tem uma realidade muito diferenciada em relação a outras escolas estaduais e municipais. É importante que a gente aprenda com elas, mas é importante também que as pessoas se lembrem que, por exemplo, as condições de trabalho dos professores das escolas federais são muito melhores e diferentes das que existem nas redes estaduais e municipais. A outra questão, que é um diferenciador grande, é o fato de os colégios de aplicação estarem dentro das universidades e serem o espaço da aplicação das novas pesquisas e o que há de ponta em educação. É importante darmos visibilidade para essas experiências, proporcionar momentos de troca, mas sabemos que ainda é muito difícil que a forma de se organizar e de se estruturar das escolas federais seja estendida às outras 180 mil escolas brasileiras.

@ Piso Salarial

Câmara muda regra de correção de piso salarial de professor

Objetivo é evitar o que o Executivo considera como risco de “aumento contínuo” dos gastos com pagamentos aos docentes do ensino básico.

leia na íntegra

PL-3776/2008

@ Educação Infantil

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (D.O.U. 18/12/09 - Seção 1)

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

RESOLUÇÃO No. 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009

Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

Documento 1
Documento 2
Completo
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@ Doe um Livro



Doe um livro no natal
Autor do Projeto – Heber Dias de Sousa

Coordenadora: Laura Furquim Xavier



A campanha não aceita livros didáticos

@ Filho ou Aluno

Jornal Folha de São Paulo, quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ROSELY SAYÃO

Filho ou aluno

Caro leitor, essa é a nossa última conversa do ano. Por isso, gostaria de propor uma reflexão importante.

Temos dado importância exagerada à vida escolar das crianças. Os pais sofrem muita pressão para acompanhar "pari passu" o aprendizado dos filhos: as tarefas de casa, as notas que vêm no boletim e as reuniões com o pessoal da escola para avaliar o desenvolvimento dos filhos e o que eles chamam de dificuldades de aprendizagem. Temos, inclusive, campanhas com depoimentos de artistas famosos para incentivar os pais a ocuparem esses papéis estreitamente ligados aos estudos dos filhos.

Quando as avaliações do filho não são as esperadas, os pais se sentem na obrigação de procurar, por iniciativa própria ou por recomendação da escola, professores particulares, psicopedagogos ou especialistas diversos para checar algum eventual problema que atrapalhe o aprendizado ou explique o baixo aproveitamento.

Essa situação tem criado outra que considero bem delicada: cada vez mais as crianças ocupam o lugar de aluno dentro da família e, consequentemente, o lugar de filho tem se esvaziado. E esse papel é muito mais importante do que o de estudante para a formação das crianças.

É como filho, por exemplo, que a criança aprende o penoso processo da convivência, chamado de socialização. Sim, é difícil para a criança aprender a conter suas reações, inclusive corporais, que manifestam desagrado, frustração ou mesmo sofrimento ao perceber que ela não é o centro do universo, que existem outras pessoas ao seu redor que merecem respeito. E isso, caro leitor, se aprende em casa, sem ligação nenhuma com os estudos, e exige trabalho árduo da parte dos pais.

É também como filho que a criança aprende o princípio da obediência, como já disse. Isso significa aprender a distinguir situações e principalmente pessoas a quem precisa, necessariamente, atender. É também a educação familiar que ensina a criança a proteger os que são menores ou mais frágeis que ela.

É com os pais que os filhos devem aprender o que é certo e o que é errado na comunidade em que vivem, a compartilhar suas coisas com os outros, a respeitar regras e princípios do grupo. É responsabilidade dos pais a formação da consciência social e moral dos filhos.

Como o destino das crianças é o de crescer, os pais precisam, amorosamente, colocar aos filhos a imperiosa necessidade de restringir suas vontades, adiar prazeres e satisfações imediatas em função de objetivos importantes para o crescimento. Cabe aos pais a tarefa de introduzir aos filhos a realidade da vida.

Tudo isso já é trabalho árduo e exige dos pais um relacionamento com os filhos baseado na autoridade e na afetividade e, para tanto, é preciso muita disponibilidade. Ao acrescentarmos a responsabilidade com a vida escolar das crianças, oneramos em demasia a função deles. E isso gera deficits nas suas responsabilidades originais e mais importantes.

Por isso, um de meus votos para o próximo ano é o de que as crianças ocupem, no interior da família, o lugar de filhos, e não de estudantes. Os professores, certamente, dão conta do papel do aluno.

Boas festas a todos e muito obrigada pela companhia em mais este ano.

ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (ed. Publifolha)

roselysayao@uol.com.br
blogdaroselysayao.blog.uol.com.br

DICAS LITERATURA

Para quem tem filhos adolescentes que odeiam ir para a escola, a leitura de "O Clube do Filme", de David Gilmour, é uma ótima dica.

O Clube do Filme
Autor: David Gilmour
Editora: Intrínseca

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

@ Analfabetismo Funcional

Uma lenta caminhada para vencer o analfabetismo funcional

O analfabetismo funcional persiste entre os jovens brasileiros: 15% deles não têm habilidades de leitura e escrita compatíveis com sua escolaridade.

Leia na íntegra

INAF 2009

Versão integral do relatório em formato PDF para download - pode ser acessado clicando aqui.

fonte

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O INAF foi criado pelo Instituto Paulo Montenegro, organização sem fins lucrativos do Ibope, com o intuito de medir os níveis de alfabetismo funcional da população brasileira de 15 a 64 anos. Em entrevistas domiciliares, são aplicados questionários e testes práticos. As avaliações de matemática e português, com foco em leitura e escrita, são intercaladas. A cada ano é aplicada uma prova.

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@ Plano Estadual de Educação

Plano da Educação (MG) recebe 45 emendas

O PL 2.215/08, do governador, que aprova o Plano Decenal de Educação, recebeu 45 emendas, no encerramento da discussão em 1º turno, na Reunião Extraordinária de Plenário na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Foram apresentadas três emendas do deputado Padre João (PT), que receberam os nºs 2 a 4; nove do deputado André Quintão (PT), que receberam os nºs 5 a 13; nº 14, do deputado Wander Borges (PSB); 25 emendas do deputado Carlin Moura (PCdoB), que receberam os nºs 15 a 37; e sete da deputada Gláucia Brandão (PPS), que receberam os nºs 38 a 44.

leia na íntegra

PL. 2215 2008 - PROJETO DE LEI

APROVA O PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS. (PLANO DECENAL DE EDUCAÇÃO).
Autor: GOVERNADOR AÉCIO NEVES
Situação: AGUARDANDO DESIGNAÇÃO DE RELATOR EM COMISSÃO

@ Trabalho Decente

OIT mostra avanço dos indicadores de Trabalho Decente no Brasil entre 1992 e 2007

Ainda persistem desafios como a diferença salarial entre homens e mulheres,entre trabalhadores brancos e negros, elevado número de jovens que não trabalhamnem estudam e a existência de trabalho forçado

leia na íntegra

Veja a íntegra do estudo (em PDF)

Fonte

Estudo da OIT revela que desemprego aumenta entre jovens de 15 a 24 anos

@ Fundeb 2010

União busca mecanismos para descumprir com a Lei do Fundeb em R$ 1,1 bilhão em 2010

Montante refere-se à complementação que a União deve fazer aos fundos estaduais que não atingirem o valor mínimo do custo por aluno/ano. Medida pode fragilizar novo fundo da educação básica no próximo ano

leia na íntegra

Boletim Campanha Nacional pelo Direito à Educação

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@ Censo Escolar 2009

Censo 2009: esforço dos Municípios garante aumento das matrículas em creche

O Censo Escolar da Educação Básica 2009, publicado no dia 30 de novembro, evidencia o esforço dos Municípios em cumprir suas responsabilidades. Comparadas ao Censo do ano passado, as matrículas na creche municipal tiveram um aumento de 9,7%. Enquanto em 2008 aproximadamente 1,1 milhão de crianças estavam matriculadas em creches municipais, em 2009 o total passou para 1,2 milhão, o equivalente a 109,7 mil alunos a mais.

Para a Confederação Nacional de Municípios (CNM), os resultados são positivos. Os dados do Censo mostram que, ainda que os Municípios enfrentem dificuldades em relação ao financiamento da creche, eles têm se esforçado cada vez mais para ampliar o atendimento nesta etapa de ensino.

Além disso, é importante ressaltar que mesmo com a queda no número de matrículas das outras etapas de ensino em 2009, a participação dos Municípios no atendimento da demanda da educação básica continua expressiva. Do total de 52,6 milhões de alunos matriculados, 46% - 24,3 milhões - são da rede municipal.

Veja aqui os dados consolidados do censo escolar 2009

Consulte aqui o Censo Escolar 2009 por Município

fonte

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

@ Novo Indicador de Qualidade

Secretaria de Educação do Distrito Federal (DF) institui o IDDF, o novo indicador de qualidade das escolas públicas do DF

Ele estabelecerá metas individuais a serem alcançadas por cada uma das escolas da rede pública do DF, definidas a partir de estudos sobre a situação de cada instituição educacional

Desde a última segunda-feira, 14/12, as escolas da rede pública do Distrito Federal têm um novo indicador de qualidade. Por meio da portaria nº 503, publicada no Diário Oficial, a Secretaria de Educação instituiu o IDDF – Índice de Desempenho Educacional do Distrito Federal. O IDDF vai medir a qualidade do ensino oferecido por cada escola da rede pública e estabelecer metas de melhoria a serem atingidas por cada instituição educacional.

leia na íntegra

Clique e leia artigo de Eunice de Oliveira Ferreira Santos (secretária interina de Educação) sobre o IDDF

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@ Publicidade Infantil

Manifesto pede o fim da publicidade infantil

Lideranças sociais e instituições da sociedade civil reuniram-se para lançar o Manifesto pelo Fim da Publicidade e da Comunicação Mercadológica Dirigida ao Público Infantil.Instituto Alana, Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Instituto Paulo Freire e Instituto WCF Brasil são algumas das organizações que assinam o manifesto.

Ler matéria na íntegra

Para ler a íntegra do manifesto e participar, clique aqui.

@ Privações dos Jovens

Metade dos jovens sofre privação no Brasil

Cerca de 50% dos brasileiros entre 15 e 29 anos sofrem pelo menos um tipo de privação em uma gama de quatro itens, segundo estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A pesquisa considerou os aspectos: saúde e risco ambiental; acesso a educação; acesso a recursos (rendimento e condições de moradia) e exclusão social.

íntegra

Para acessar o estudo "Inovar para incluir: jovens e desenvolvimento humano”, completo, clique aqui (em espanhol)

UNDP presents the 2009-2010 Mercosur Human Development Report

To access the Report on Human Development and all press materials (provided in Spanish), visit: Acessar o site

@ Abandono

Por dia, 18 professores abandonam sala de aula

Só este ano, 4.543 mestres deixaram a rede estadual de ensino (RJ).

Baixos salários e condições inadequadas de trabalho são dois dos principais motivos apontados pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) para a saída de 4.543 professores da rede estadual em 2009. O número, obtido a partir de pesquisa do sindicato, mostra que média de 18,7 professores deixou o Estado por dia útil neste ano. Há 12 anos, segundo o Sepe, essa média era de 15,1.

Leia na íntegra

@ Ensino Médio

Ipea: ensino médio é principal gargalo da educação

Anos após terem garantido a universalização do ensino fundamental, os governos federal, estaduais e municipais ainda não conseguiram avançar e assegurar o acesso da população brasileira ao ensino médio público, que se tornou o principal gargalo da educação no País, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Dos 51,16 milhões de alunos matriculados em todos os níveis de ensino, com exceção do universitário, 31,4 milhões estudavam no ensino fundamental e apenas 8,2 milhões no ensino médio. Os dados foram levantados com base em informações do Ministério da Educação. Cerca de 971 mil habitantes não possuem acesso direto ao ensino médio porque 46 municípios não possuem escolas deste tipo no País.

Em outra pesquisa, divulgada no início do mês, o Ipea já apontava que apenas a metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos frequenta o ensino médio na idade adequada e que 44% ainda não concluíram nem o ensino fundamental. O acesso ao ensino superior é ainda mais restrito, com frequência de apenas 13,6% dos jovens de 18 a 24 anos. Uma boa parcela dos que têm mais de 18 anos - cerca de 30% - conseguiu completar o ensino médio, mas sem buscar a continuidade de estudos no ensino superior.

íntegra

Estudo "Presença do Estado no Brasil: Federação, suas unidades e municipalidades" mapeou a participação dos governos em nove setores, havia, em 2007, 136.903 escolas de ensino fundamental municipais, estaduais e federais no País e apenas 17.874 de ensino médio.

Veja a apresentação sobre a pesquisa

Mais

Comunicado da Presidência nº 32 - PNAD 2008: Primeiras Análises - Educação, Gênero e Migração (ver pág. 15)

Comunicado da Presidência nº 36 - PNAD 2008: Primeiras Análises - Juventude e Desigualdade racial (ver pág . 3)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

@ Presença do Estado no Brasil


Ipea mapeia a presença do Estado nos municípios

Estudo inédito que detalha a estrutura física do Estado brasileiro foi apresentado nesta terça-feira (15/12), em São Paulo .

Quase 3 mil municípios do Brasil não possuem agências de bancos públicosfederais. Cerca de 80 cidades não possuem escolas municipais. O Sistema Único deSaúde (SUS), por meio de estabelecimentos ambulatoriais, está presente em todo o território nacional, com exceção de dois municípios; o emprego público representa 21% das ocupações formais do País.

Leia na íntegra

Acessar o Estudo

Veja a apresentação sobre a pesquisa

@ Pessoa com deficiência



V Semana de Valorização da Pessoa com deficiência

Confira a programação - 15 a 18 de dezembro de 2009
Mais informações clique aqui.

@ Conselho Nacional de Educação

Parecer CNE/CEB nº 20/2009, aprovado em 11 de novembro de 2009 - Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

Parecer CNE/CEB nº 21/2009, aprovado em 11 de novembro de 2009 - Consulta sobre a necessidade de cumprimento do prazo estabelecido na Lei nº 11.738/2008, para a formulação ou adequação dos planos de carreira para o pessoal docente, nas condições em que especifica.

Portaria CNE/CP nº 10, contendo indicações para subsidiar a construção do Plano Nacional de Educação 2011 – 2020.

Mais

@ Infância e Comunicação

Cartilha Infância e Comunicação destaca 10 pontos a serem discutidos pela sociedade

íntegra

Para fazer o download da cartilha "Infância e Comunicação: Uma agenda para o Brasil", clique aqui.

@ Criança e Adolescente

8ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente termina com 67 propostas para Plano

A 8ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente chega ao seu último dia com 67 propostas. Elas servirão de base para a formulação do Plano Decenal de ações na área. As idéias iniciais foram concebidas a partir de pré-conferências estaduais e municipais e das sete Conferências Nacionais dos anos anteriores. No dia 9, os delegados dividiram-se em miniplenárias nas quais as principais ideias foram discutidas e sintetizadas. Finalizadas, as proposições foram encaminhadas para a Plenária de Votação das Diretrizes Nacionais de Políticas e Moções, realizada dia 10 de dezembro.

Além das propostas, os 1.800 delegados, entre eles 600 crianças e adolescentes formularam 23 moções (link para os textos das moções). Os textos reivindicam, entre outras exigências, a Inclusão de crianças (menores de 12 anos) nos trabalhos de Conferência Nacional; apoio à aprovação do Projeto de Lei da Câmara 122/06, que tem como objetivo tipificar atos discriminatórios baseados nas questões geracionais, diversidade religiosa, pessoas com deficiência, racismo, machismo e homofobia; e apoio dos órgãos competentes ao Projeto de Lei nº 5.938 de 2009 para destinação de 1% dos royalts do pré-sal aos Fundos Nacional, Estaduais e Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente.

O documento oficial para o Plano Decenal de Garantia dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes deverá ser lançado até meados de 2010. Isso se dará após as propostas voltarem aos municípios para uma consulta pública, até posterior plenária com todos os Conselhos Nacionais para aprovação das políticas.

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

@ Education at a Glance 2009

Education at a Glance 2009: OECD Indicators

Across OECD countries, governments are seeking policies to make education more effective while searching for additional resources to meet the increasing demand for education.
The 2009 edition of Education at a Glance: OECD Indicators enables countries to see themselves in the light of other countries’ performance. It provides a rich, comparable and up-to-date array of indicators on the performance of education systems and represents the consensus of professional thinking on how to measure the current state of education internationally.

The indicators look at who participates in education, what is spent on it, how education systems operate and the results achieved. The latter includes indicators on a wide range of outcomes, from comparisons of students’ performance in key subject areas to the impact of education on earnings and on adults’ chances of employment.

acessar

@ II Fórum Algar de Educação

No dia 24/novembro, o Instituto Algar realizou o II Fórum Algar de Educação , na Universidade Corporativa do Grupo Algar, em Uberlândia, Minas Gerais.

Contou com a presença da Profa. Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva (Secretária de Educação Básica / MEC), Profa. Guiomar Namo de Mello (SP) e secretários municipais de educação.

As apresentações dos palestrantes foram disponibilizadas no seguinte link.

domingo, 13 de dezembro de 2009

@ Wikipédia

"A Wikipédia é um excelente ponto de partida para uma pesquisa, mas não é o melhor ponto final"


Revista Veja, edição 2143, 16 de dezembro de 2009

Entrevista: Jimmy Wales

O rival da Britannica

O fundador da Wikipédia diz que o objetivo da maior enciclopédia do mundo é tornar-se uma fonte de informações de qualidade na internet

íntegra

sábado, 12 de dezembro de 2009

@ Uma triste realidade

Por Eduardo Macedo de Oliveira


No dia 12 de dezembro, ao final da tarde, estava aguardando meu filho na portaria do Campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Naquele dia, ele finalizava um ciclo de três anos relativo ao Programa Alternativo de Ingresso ao Ensino Superior (Paies).

Ali, presenciei centenas de jovens apreensivos, eufóricos e principalmente, aliviados. O ano de 2009, decididamente não será um ano de boas lembranças para os mesmos, pois mudanças repentinas e inesperadas nas regras dos processos seletivos espalhados pelo país, deixaram-nos perplexos e estupefatos, e como sempre, impotentes, tiveram de “pagar a conta”.

Durante os minutos de espera, puxei uma conversa com um jovem ao meu lado. Ele disse-me que era aluno da rede estadual de ensino. Perguntei-lhe se a prova tinha sido difícil, e ele acrescentou que durante a sua formação no ensino médio, a escola não tinha coberto e oferecido plenamente os conteúdos cobrados no exame pela UFU, e sendo assim, achava injusto concorrer com candidatos com melhores condições, como os matriculados em escolas privadas.

Em outras oportunidades, tratei deste assunto no jornal Correio. Minha reincidência no respectivo tema, deveu-se à minha solidariedade ao candidato e também, pela promessa de elaboração de um texto a ser novamente enviado ao jornal, tratando sobre o assunto.

Causa indignação o grau de sucateamento que chegou a rede pública de ensino. Além da total descaracterização das finalidades e identidade do ensino médio, uma parcela dos alunos tem de enfrentar um sistema de ensino inoperante, vulnerável e fragilizado. Aquela máxima, faz de conta que ensino, faz de conta que aprendo, cada dia torna-se um mote banal no interior das escolas públicas.

Com a universalização do ensino fundamental, a tragédia anunciada se reporta para o ensino médio. Somente 50% dos jovens de 15 a 17 anos encontram-se regularmente matriculados neste nível de ensino. Aqueles heróis que permanecem em suas salas de aula, ainda têm de conviver com o ensino insuficiente, onde reina a incapacidade de ofertá-los dignamente aos alunos.

Mas essa é uma das pontas do “iceberg educacional”. Existem outras. Pergunta-se, qual a razão de se cobrar a quantidade absurda de conteúdos nos processos seletivos? Gostaria que algum iluminado me explicasse os motivos. Se a escola pública não consegue acompanha-los, pergunta-se: até quando esta situação prevalecerá? Quem será capaz de resolvê-la? A Secretaria Estadual de Educação ou a UFU? Quem dará o primeiro passo? Melhorar o nível de ensino público ou rever os paradigmas para elaboração de uma avaliação? O que não dá mais para suportar é presenciar o desabafo de um jovem que procura o seu caminho, e refém das omissões, tem que se resignar diante da sua situação revelada durante um processo seletivo: a total impotência para enfrentá-lo!

Para consolá-lo disse-lhe sobre o programa PROUNI, que disponibiliza vagas com bolsas integrais ou parciais para alunos oriundos da escola pública.

Triste realidade do nosso país! Ao encontrar meu filho, ele mostrou-me uma questão de História que não pertencia ao programa do referido exame. Li a mesma, e minha indignação tornou-se mais evidente, pois o enunciado tratava de um evento ocorrido em 1640 na Inglaterra, e revela o grau de insensatez dos conteúdos previstos e exigidos nos referidos processos seletivos.

@ Educação em Direitos Humanos




II Seminário de Educação em Direitos Humanos
12 de dezembro de 2009
Universidade Federal de Uberlândia

@ Educação x Defesa

Brasil gasta mais com defesa do que com educação.

80% do orçamento das Forças Armadas custeia folha de pagamento, diz pesquisa

Ministério da Defesa tem o 3º maior orçamento da União.

leia na íntegra

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

@ Nove Anos

Jornal Folha de São Paulo, 11/12/09:

Conselho libera aluno de 5 no 1º ano em 2010

Criança precisará ter cursado 2 anos de pré-escola; a partir de 2011, valerá a exigência de completar 6 anos até 31 de março

Objetivo é evitar que alunos sejam obrigados a repetir algum ano da educação infantil porque não têm a idade mínima para o 1º ano

Crianças de cinco anos de idade que já tiverem cursado dois anos de pré-escola poderão entrar no ensino fundamental de nove anos em 2010. A decisão foi tomada ontem pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) e vale exclusivamente para o ano que vem.

Para entrar em vigor, a medida ainda necessita ser homologada pelo ministro Fernando Haddad (Educação), o que deve ocorrer nas próximas semanas.

O objetivo do conselho foi evitar que se repitam casos de crianças que estão sendo obrigadas pelas escolas a repetirem algum ano na educação infantil porque não tinham seis anos completos para ingressar no ensino fundamental."Não queremos mais deixar acontecer essa situação patética de ter que explicar para uma criança que todos os seus colegas vão para o primeiro ano, menos ela", disse o conselheiro César Callegari.

O problema está acontecendo porque, na maior parte do país, a idade mínima para o ensino fundamental é de seis anos, como determinou o CNE em 2005; em outros lugares, porém, estão sendo aceitas crianças de cinco anos.

2011

A posição do conselho para 2011 em diante foi mantida no texto aprovado ontem: depois de 2010, só poderão ser matriculadas no fundamental crianças que completarem seis anos até o dia 31 de março.

Já na pré-escola, só poderão entrar crianças com quatro anos completos também até essa data.Esse é também o teor de um projeto de lei que o MEC (Ministério da Educação) pretende enviar ao Congresso até o fim deste ano.

Para o presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Carlos Eduardo Sanches, a resolução proposta pelo CNE está correta, mas o problema só será resolvido quando as regras forem colocadas na lei.

"Só as resoluções do CNE não são suficientes para os questionamentos judiciais que estão acontecendo", afirma Sanches.

Isso ocorre porque alguns juízes entendem que Estados e municípios têm autonomia para definir a idade de entrada na escola em suas redes.

Com isso, governos estaduais e prefeituras estão sendo obrigados pela Justiça a matricular crianças mais novas. Isso aconteceu principalmente nos Estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul.

Capacidade de abstração

João Batista Araújo e Oliveira, especialista em alfabetização e presidente do Instituto Alfa e Beto, defende que a idade mínima para a entrada no ensino fundamental seja de seis anos."Aos seis, a maioria das crianças já está pronta do ponto de vista neurológico para os desafios de uma tarefa que exige abstração, como alfabetizar", afirma. Nessa idade, os alunos também têm uma capacidade de concentração maior, explica.


CNE define projeto que estipula ensino fundamental de 9 anos

Conselho determinou que crianças com 6 anos completos até 31 de março devem ser inscritas na 1ª série

BRASÍLIA - O Conselho Nacional de Educação definiu nesta quinta-feira, 10, o projeto de resolução sobre o ensino fundamental de nove anos . O texto - que deverá nortear um projeto de lei que o Ministério da Educação prepara sobre o assunto - determina que crianças com seis anos completos até dia 31 de março no ano em que ocorrer a matrícula devam ser inscritas no primeiro ano do ensino fundamental. Aquelas que completarem seis anos após essa data, devem ser matriculadas na pré-escola.

A resolução, no entanto, traz regras de transição, para crianças que já estão na escola. Aquelas que completam 6 anos depois de 31 de março, devem, em caráter excepcional, continuar o curso. Aquelas com cinco anos de idade, independentemente do mês de aniversário, que estiveram matriculadas e frequentaram por mais de dois anos a pré-escola poderão, em 2010, prosseguir no ensino fundamental. A resolução agora segue para ser homologada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

fonte


Portaria CNE/CP nº 10, contendo indicações para subsidiar a construção do Plano Nacional de Educação 2011 – 2020.

@ Orientador Educacional

Reflexão sobre o papel do educador

A Orientação Educacional é entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático, estando integrada em todo o currículo escolar e enxergando o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional.

Com esta definição, a professora e orientadora educacional Miriam Paúra alerta para a importância deste profissional no âmbito escolar, que consegue complementar o trabalho desenvolvido pelo professor e por outros membros da instituição.

"O papel do orientador educacional tinha um caráter eminentemente psicológico. Era uma ajuda ao estudante. Geralmente, era enfatizado o aluno-problema dentro da sala de aula, do colégio, que precisava de um atendimento específico daquele profissional. Assim, durante muitas décadas, este orientador era visto como um elemento complementar à escola, em especial para atender a estes estudantes", comenta.

Miriam Paúra explica que a Orientação Educacional é importante para auxiliar os alunos a descobrir suas competências e a ter uma reflexão mais significativa do cotidiano atual. Desta forma, segundo a professora, conseguiriam entender o contexto em que vivem com maior facilidade.

"Nós, orientadores educacionais, não estamos preocupados com o que o estudante apresenta de errado, mas em oferecer todas as condições dentro do colégio para que ele possa cada vez mais conscientemente formar-se como sujeito da sua própria história. Ratifico que o papel dos orientadores é exatamente auxiliar a construção da subjetividade, da formação desse aluno. E não ditar as normas, o que está certo ou o que está errado, mas fazer uma análise reflexiva dos papéis do estudante, escola e comunidade", afirma a orientadora educacional.

Qual é o papel do orientador educacional?

Miriam Paúra - O papel do orientador educacional, em tempos passados, tinha um caráter eminentemente psicológico. Era uma ajuda ao estudante. Geralmente, era enfatizado o aluno-problema dentro da sala de aula, do colégio, que precisava de um atendimento específico daquele profissional. Assim, durante muitas décadas, este orientador era visto como um elemento complementar à escola, em especial para atender a estes estudantes. Principalmente a partir da década de 80, foi crescendo o caráter pedagógico do orientador. E, hoje, é um educador dentro do colégio e auxilia os alunos e toda a instituição escolar e a comunidade, para que ambos consigam os seus objetivos e atuem melhor para uma educação de qualidade. A preocupação é com todos os jovens, para que se possa, trabalhando a sua subjetividade, construir a sua formação e fazer cidadãos mais livres, conscientes e autônomos da sua responsabilidade.

De que maneira esta função tem ajudado os educadores no sentido de melhorar o aprendizado dos estudantes?

Acredito que essa área poderá ajudar cada vez mais aos alunos, principalmente na descoberta das suas competências e em uma reflexão mais significativa do cotidiano atual, para eles poderem entender o contexto em que vivemos e qual a sua participação neste momento. Nós, orientadores educacionais, não estamos preocupados com o que o estudante apresenta de errado, mas em oferecer todas as condições dentro do colégio para que ele possa cada vez mais conscientemente formar-se como sujeito da sua própria história. Dizia Paulo Freire que ensinar a ler, escrever e contar, um dos papéis da escola, não era difícil. Complicado era formar o sujeito. Nesta máxima, ratifico que o papel dos orientadores é exatamente auxiliar a construção da subjetividade, da formação desse aluno. E não ditar as normas, o que está certo ou o que está errado, mas fazer uma análise reflexiva dos papéis do estudante, escola e comunidade.

Dê alguns exemplos desta função.

Vou dar um exemplo mais específico. Vivemos um momento extremamente marcado pela violência, pelas drogas, e uma série de ferramentas que nos apresentam para a questão do jovem, que está muito mais separado do que integrado ao contexto. Então, cabe ao orientador este julgamento, permitir ao aluno o conhecimento desta realidade, fazê-lo ver que todo este contexto tem a ver com o momento em que vivemos, como a globalização, as novas tecnologias, de um país neoliberal, de uma sociedade pós-moderna. Dizia um autor que estamos vivendo em uma sociedade do espetáculo, tudo é grande, a fama é sempre maior. O papel do orientador se dá basicamente em três momentos. Primeiramente, discutir este conhecimento do sujeito, quem é o indivíduo, o aluno, o colega. Essa individualidade na coletividade. O segundo é promover uma reflexão dos seus objetivos, valores. Como por exemplo, a violência. Será que se todo mundo usa drogas, eu terei que usar para pertencer àquele grupo? O que preciso fazer para mostrar que sou diferente? Não é uma apresentação doutrinária de valores previamente concebidos como certo ou errado, e sim uma reflexão consciente do contexto atual. Na televisão, vem sendo mostrada a questão da ética, do dinheiro sendo utilizado, acredito que de forma indevida, por uma série de pessoas que deveriam dar o exemplo. Como trabalhar com uma realidade como essa, em que há uma inversão de valores? Um terceiro momento são as perspectivas. Os orientadores têm de discutir com os estudantes qual é a visão de mundo que eles têm. É preciso discutir a problemática. Isto não se refere ao aluno. O que diz respeito à escola, o orientador deve atuar sobremaneira no projeto político pedagógico, que não vem pronto da direção para ser desenvolvido por jovens e professores. É de extrema importância a presença da orientação educacional nas instituições. Outro exemplo que posso dar é que, há pouco tempo, uma revista apresentou as dez melhores escolas do Rio de Janeiro no ranking do vestibular. Todas elas têm orientação educacional. Costumo cunhar uma frase de que colégio de qualidade possui orientação educacional, que sempre ajuda alunos, pais, professores e direção a reviver, revigorar. É preciso ficar atento para transpor os muros da escola. Se há espaços ociosos nas instituições nos fins de semana, por exemplo, eles poderiam ser abertos para a comunidade participar, com atividades de lazer ou culturais.


Há algum tempo, era comum a atuação dos chamados explicadores, que orientavam os alunos que tinham dificuldades em determinada matéria. Existe algum tipo de relação com esta função?

Não existe. Os explicadores eram ligados mais à área do conhecimento, o professor que tirava as dúvidas dos estudantes. Isso ainda existe hoje. Eles estão presentes, principalmente, para ajudar os alunos a ingressar nos vestibulares. Até em séries abaixo, mas que precisam passar por provas. Os orientadores educacionais não são explicadores, são promotores desta reflexão maior deste contexto atual.

Quais são as principais dificuldades enfrentadas pelos orientadores para exercerem a função?

São três grandes dificuldades. A primeira está ligada à formação. Até maio de 2006, a orientação era feita em cursos de graduação ou pós-graduação, pela lei vigente, em Pedagogia. No dia 15 de maio do mesmo ano, houve uma nova organização da graduação de Pedagogia, na qual a ênfase maior se dá para a formação de professores para as séries fundamentais, educação de adultos, inclusiva e para as empresas. Ampliou-se o leque de atuação, mas continua, entretanto, para orientadores, supervisores e administradores, de acordo com esta mesma resolução, pelo artigo XIV, que a formação se dará em cursos de graduação. O parágrafo 1° diz que poderá ser em pós-graduação. Orientador educacional é uma profissão regulamentada por lei desde 1968. Portanto, tem que seguir as normas instituídas pela documentação legal daquele ano e também de 1973, que regulamentou a profissão. Na sua maioria, temos hoje a orientação educacional oferecida em cursos de pós-graduação lato-sensu, perfeitamente de acordo com a norma vigente. O segundo problema é a falta de entrosamento e entendimento do papel do orientador na escola. Ora há alguma autoridade que diz que precisa de professor em sala de aula e que não precisa ter orientador, ora tenho a dimensão de achar, no caso de escolas públicas, de prover mais um cargo. No caso de colégios particulares, de remunerar um outro profissional para esta atividade, que supre esta função, o que também é lamentável. O terceiro problema é a falta de integração dos orientadores. Durante a nossa história, temos tantas dificuldades que foi ficando em aberto este momento de integração. E vamos levando nossas tarefas mais numa dimensão complementar do que integradora. A todos os orientadores, tenho uma boa nova. Há dois anos, os estados do Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, em especial, criaram a Federação Nacional de Profissionais em Orientação Educacional (Fenapoe), que está caminhando a passos largos e ano que vem, se tudo der certo, teremos um grande congresso, mobilizando todos os orientadores e as autoridades para dar aos profissionais o prestígio e destaque que merecem. Posso assinalar dois dados significativos. Estamos fazendo os entrosamentos e contatos necessários para a criação dos conselhos nacional e estadual. Não estamos medindo esforços para a criação destes núcleos.

As escolas têm reconhecido este esforço e incentivado a formação de orientadores para atuar em sala de aula?

De um modo geral, não. É um profissional que está sendo muito solicitado? Eu diria que não. Mas posso afirmar que as escolas que possuem seus orientadores não abrem mão deles por nada, principalmente as particulares. Geralmente, é uma equipe de profissionais, por causa do número de estudantes. Tenho percebido nas viagens que tenho feito que este panorama está mudando.
Como os estudantes têm percebido a atuação dos orientadores?Eles têm percebido muito bem, de uma maneira muito interessante. Sou professora do curso de Pedagogia da Uerj que, no início, não é voltado para a orientação educacional, mas evidentemente, como profissional da área, sensibilizo meus alunos para esta importância, fazendo-os se envolver para, quem sabe, depois voltar e fazer uma pós-graduação em orientação educacional.

O poder público tem alguma política de incentivo a esta função no país?

Não há nenhum incentivo. Acredito que o Poder Público precisava de maiores esclarecimentos. Quero ter parcerias com as secretarias de estado e municipais, para mostrar do que somos capazes e colaborar para alcançar uma educação de qualidade. Muitas vezes me pedem uma orientação sobre a caracterização do profissional desta área. Ele é um professor, não é técnico, não é função administrativa. Indico e sinalizo onde está isso nas leis. Tenho problemas, dei vários pareceres, principalmente para as escolas particulares, que colocam este orientador como técnico-administrativo. Com isso, a questão da remuneração é menor e a aposentadoria, maior. Mais tempo de serviço e o salário é menor. Portanto, os vencimentos, a formação e o tempo de serviço são iguais aos de um professor. Estou inteiramente à disposição para quem tenha alguma dúvida ou interesse para demonstrar onde está escrito nas leis anteriores isto que eu disse.

O fato de orientadores educacionais ingressarem no sistema pedagógico tradicional significa que somente o trabalho docente não tem dado conta da função de educar?

O trabalho docente de uma escola, mais ou menos, segue à risca os seus objetivos. Há professores de todas as disciplinas da grade curricular. Isto eles precisam dar conta. Mas o aluno que está sentado na cadeira é gente e possui uma série de problemas que vêm junto com os seus livros, e precisam de alguém no colégio para ajudar a desenvolver estas tarefas. Temos visto nos jornais uma série de violências advindas dos estudantes nas escolas, agressões aos professores. É preciso ser discutido. Mas não cabe uma discussão para saber se o jovem está errado, se vai ser suspenso ou expulso. Quem discute isso? A minha grande preocupação é que a educação de uma maneira geral seja de responsabilidade das novelas. O que passa na televisão tem muito mais repercussão do que na escola. Essa competição é até desleal. Da mesma forma que diverte, ela não necessariamente tem o intuito de ensinar. Cabe a nós, principalmente os orientadores, esta enorme discussão. Tenho uma vontade enorme de resolver, da novela passada, o caso de um estudante que batia nos professores. Ele se tornou um mito. Era preciso colocar um serviço de orientação para resolver o problema. O conceito tradicional de família também mudou. Não existe mais o pai que sai para trabalhar e a mãe que fica em casa. Muitas vezes, a família coloca uma responsabilidade no colégio que, além de ensinar e aprender, teria que formar e educar. Não é assim. Ninguém substitui o papel da família. Posso trabalhar a conscientização, mas substituir, não dá.

Uma das principais preocupações atuais de pais e educadores diz respeito à violência no ambiente escolar. Como os orientadores podem ajudar a combater esta prática?

O combate à violência se dá por três maneiras. Primeiro, discutindo o que é violência. Para os alunos de lugares de regiões mais perigosas, a violência é mais do que normal. Discutir o que significa. A segunda: a quem cabe o resultado, o que vai ganhar com isso, praticando-a? Está naquela guerra para vencer ou morrer? Com este tipo de violência, vai vencer o quê? Qual vantagem poderá ter se for bem-sucedido? Nestas regiões mais perigosas, a faixa etária média dos jovens é de 25 ou 26 anos. Este jovem vai viver até essa idade apenas? A terceira maneira é a ação, mesmo que pequena, para minimizar esta questão. Muitos alunos me dizem que ela é mais forte. Evitar andar em locais problemáticos e outros métodos são algumas saídas. Mas não é só este tipo de violência que assola. Há também a falta de respeito, agressões verbais. Para discutir com os estudantes, passaria filmes, leitura de livros, traria para a escola determinadas pessoas para contar suas histórias, com depoimentos positivos. Sempre digo: a vida não é só razão e conhecimento. Ela é também emoção e sentimento. Em várias situações, o lado emotivo está totalmente envolvido. O trato com este tema é fácil na repercussão posterior. Dado um determinado ato de violência, há uma medida punitiva desta ação, como por exemplo, ‘se dirigir não beba, se beber não dirija’.

Falando da área educacional de uma maneira geral, como a senhora tem analisado os esforços do poder público para melhorar a educação em nosso país?

Acredito que o Poder Público, tanto a secretaria estadual quanto a municipal, tem procurado diferentes meios através de suas políticas para fazer com que estes alunos tenham melhores condições nos colégios, os critérios de avaliação, trazendo a tecnologia para dentro das escolas. Só acredito que há um problema muito sério na questão dos órgãos públicos, sejam estaduais, municipais ou federais. O nosso país sofre um zigue-zague educacional. A cada governo, vêm novas medidas, critérios e objetivos. É preciso que se dê continuidade às políticas que deram certo para que possamos melhorar. Senão, a cada troca de governante, novas medidas vêm modificando. Não tenho como precisar, mas nos últimos dez anos tivemos um número muito grande de secretários estaduais de Educação. É necessário que haja uma solução de continuidade dos projetos significativamente bons e resolver os outros, pois sempre estaremos começando da estaca zero.

Mais um ano está terminando e a questão da valorização do professor continua incomodando os representantes da área acadêmica. Por que o país tem tanta dificuldade, na sua opinião, de reconhecer o trabalho docente?

Os professores sofrem um mal de uma categoria que não é a mais importante. Verifico quando há um profissional de outras áreas, principalmente de Saúde e Direito, que também são docentes, ele é capaz de colocar no seu receituário que é professor doutor. Isto é muito importante. Para a área de Ciências Humanas, não há este dado significativo. Acredito que deveríamos ser mais respeitados. Temos uma realidade dura, a relação professor e aluno cada vez mais difícil. O reconhecimento auxilia bastante. Os salários são baixos e fazem com que os docentes tenham dupla ou tripla jornada de trabalho. Como este profissional vai comprar livros, fazer cursos? As autoridades deveriam voltar seus olhos para esta categoria.

Fonte

@ Conflitos nas Escolas

O desafio de mediar conflitos nas escolas

Alessandra Moura Bizoni

Um conflito no ambiente escolar pode funcionar como uma granada e detonar uma verdadeira guerra entre estudantes, professores, funcionários e a comunidade escolar. Mas os conflitos também podem ser sementes de frutos saborosos, que impulsionam mudanças na aprendizagem. Tudo depende do modo de compreender e gerenciar tais processos.

Muitas vezes associados a situações violentas, os conflitos adquirem conotação negativa no ambiente escolar. Podem vir de fora ou brotar dentro das unidades de ensino. Porém, é possível cultivar um clima de paz e de cidadania em meio à hostilidade? É possível transformar os conflitos em momentos de aprendizagem?

Diversos atores do cenário escolar procuraram respostas para esta questão no debate realizado no último dia 27, no Museu da República, durante o lançamento do livro "Conflitos na escola: modos de transformar", realizado durante a Primavera dos Livros.

Mediada pelo diretor-executivo do Centro de Criação de Imagem Popular (Cecip) e autor do livro, Claudius Ceccon, a mesa foi composta pela coordenadora pedagógica do Cecip e autora do livro, Madza Ednir; pela coordenadora de projetos do Cecip, Monica Mumme; pela diretora do Colégio Estadual República da Argentina, Regina de Carvalho; e pela secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro, Cláudia Costin.

Diretora do Colégio Estadual República da Argentina, que durante o dia é a Escola Municipal República da Argentina, Regina de Carvalho contou que a maior parte dos 752 alunos atendidos pela escola provém da comunidade do Morro dos Macacos. Durante o dia, a instituição oferece ensino fundamental e, no terceiro turno, o ensino médio.

"Vivemos conflitos que nos são impostos. Não geramos os conflitos externos. Eles nos são colocados e precisamos resolvê-los. Já nossos conflitos internos são os conflitos de classe, raciais, típicos da sociedade", explicou a diretora.

Um dos impactos da violência no ambiente escolar, explicou Regina de Carvalho, ocorre no processo de ensino-aprendizagem. "Muitas vezes, temos que liberar os alunos mais cedo. Nossa aula acaba 22h20, 22h15. Mas nós nunca conseguimos liberá-los às 22h20. É sempre mais cedo. E aí o processo ensino-aprendizagem fica prejudicado", completou a educadora. Um dos segredos para a gestão nestas áreas ser bem sucedida, acrescentou Regina de Carvalho, é estabelecer parcerias e vínculos com a comunidade.

"À noite temos conflitos, mas não temos violência. Os funcionários que trabalham à noite na escola são contratados porque falta pessoal. E eles moram no Morro dos Macacos. A grande chave do funcionamento da escola é ter pessoas da comunidade trabalhando dentro da instituição. Com isso, minimizamos os conflitos", completou a gestora.

Já a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin (twitter), anunciou que o programa Escolas do Amanhã, cuja integralização vai ocorrer em 2010, tem como perspectiva de trabalho a mediação de conflitos e propostas para melhorar a qualidade de ensino em comunidades localizadas em áreas conflagradas da cidade.

Além de anunciar a estrutura do programa e as principais metas do Escolas do Amanhã, Cláudia Costin frisou que a parceria com a sociedade civil vai ser uma marca de sua gestão. "É importante definir claro em uma parceria qual é o papel do Estado e qual é o papel da sociedade civil. Temos um decreto que estabelece qual é o papel do poder público e qual é o papel da ONG. Começamos abrindo a possibilidade de trabalho voluntário e recebemos mais de quatro mil inscrições. Hoje, 850 escolas recebem voluntários. E as instituições decidem se querem ou não trabalhar com voluntários", revelou a secretária de Educação.

Nesse sentido, Costin adiantou que as negociações com o Cecip estão adiantadas e que pretende distribuir o livro "Conflitos na escola: modos de transformar" para as escolas municipais. "Negociamos com o Cecip a forma como eles vão nos ajudar a instaurar um processo de Justiça Restaurativa nas Escolas do Amanhã e, certamente, o livro será adquirido para as bibliotecas. Também queremos firmar uma parceria com o Cecip e com o projeto Centro Cultural da Criança, desenvolvido no Morro dos Macacos. A escola não pode se fechar para a sociedade. Ela é pública, não é estatal", finalizou Cláudia Costin.


Escolas do Amanhã

Evasão elevada e baixo rendimento escolar fazem parte da realidade das escolas localizadas em áreas de risco. Segundo a SME, enquanto o índice médio de evasão na rede é de 2,6%, nas unidades localizadas em áreas violentas, esse índice passa para 5,1%. Já o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) médio da rede é de 4,5 nas séries iniciais e de 4,1 nas séries finais do ensino fundamental. Nas áreas de risco, o desempenho cai para 4,3 nas séries iniciais e para 3,7 nas séries finais.

Uma das alternativas para enfrentar os impactos da violência no ambiente escolar é o programa Escolas do Amanhã, lançado no início do ano. Nestas unidades, os alunos recebem educação em tempo integral e, no contra-turno, participam de reforço escolar e de atividades esportivas e culturais.

O programa adota o conceito de "Bairro Educador", cujo objetivo é transformar a comunidade em extensão do espaço escolar, valorizando os talentos e a cultura locais e integrando a escola com todo o seu entorno. Ao todo, serão beneficiadas 150 escolas, localizadas em 63 bairros da cidade.

As Escolas do Amanhã contarão com programa de Ciências — com manipulação de materiais e equipamentos modernos —, internet em banda larga, bibliotecas e cineclube. O projeto Escolas do Amanhã também estabelece parcerias entre as Secretarias de Educação, Saúde e Cultura. Professores das Escolas do Amanhã têm salário diferenciado e os que atingirem a meta de aprendizagem vão receber bônus de um salário e meio (para as demais unidades do município, o bônus será de um salário).


Experiência no Morro dos Macacos

O Centro Cultural da Criança, inaugurado em dezembro de 2006, é um espaço alternativo para as crianças do Morro dos Macacos. Construído pelo Cecip em parceria com o Centro Comunitário Lídia dos Santos, dispõe de uma biblioteca, uma brinquedoteca, uma videoteca, além de espaços de informática, artes, música, e expressão corporal.

No espaço, crianças com idades entre 4 e 10 anos, no contra-turno, brincam e têm acesso a bens culturais normalmente fora do seu alcance. Esta experiência foi relatada no livro "CCCRIA - Centro Cultural da Criança, O Castelo das Crianças Cidadãs", lançado no último dia 28, também durante a Primavera de Livros. Segundo Claudius Ceccon, diretor executivo do Cecip, o projeto tem condições de se transformar em uma política pública.

"Nesse livro, contamos nossa experiência exitosa, que pode se transformar em política pública. O trabalho do Morro dos Macacos pode ser reproduzida em outras comunidades. As crianças freqüentam o Centro no contra-turno e têm acesso a bens culturais que não estariam a sua disposição de outra maneira. As crianças aprendem a se auto-gerir. Estamos conversando com a Secretaria Municipal de Educação e analisaremos as propostas com carinho", explicou Claudius Ceccon, assinalando a perspectiva de trabalho conjunto com a SME.



Metodologias diferenciadas

Embora não tenha uma receita pronta, o livro "Conflitos na escola: modos de transformar" traz experiências bem sucedidas e conceitos e metodologias para gestores e educadores refletirem sobre as manifestações de violência e as perspectivas de uma cultura de diálogo, de paz.

A obra foi escrita por uma equipe de brasileiros do Cecip, composta por Claudia Ceccon, Claudius Ceccon e Madza Ednir; e por outra de holandeses, do Centro Internacional do Aperfeiçoamento de Escolas (APS): Boudewjin van Velzen e Dolf Hauvast.

Depois de o livro estar estruturado, houve uma oficina com professores e gestores das redes públicas do Rio de Janeiro e de São Paulo, que resultou em colaborações, enriquecendo a publicação.

Segundo Madza Ednir, coordenadora pedagógica do Cecip e uma das autoras do livro, a publicação faz parte de um trabalho voltado para a mediação de conflitos. Em 2006, houve a publicação do livro "Os Mestres da Mudança". Contudo, a nova publicação apresenta sugestões e procedimentos objetivos para transformar conflitos em oportunidades de mudança e de aprendizagem.

"Trabalhando em vários lugares do Brasil, notamos que os diretores tinham muitas orientações gerais do tipo ‘sejam participativos’, ‘construam junto com as comunidades’, mas não se especificava como tornar essas grandes idéias práticas. Então, decidimos junto com nossos colegas holandeses criar uma série dedicada especificamente às lideranças educacionais: gestores, lideranças comunitárias e jovens que assumem lideranças dentro das escolas", completou Madza Ednir.


Justiça Restaurativa

Segundo a coordenadora pedagógica do Cecip, a violência surge quando o diálogo é rompido em um conflito. "Conflitos fazem parte do processo de diálogo. O importante é que, ao entrarmos em conflito porque somos diferentes do outro, porque o outro tem necessidades diferentes das nossas, não interrompamos o diálogo. Precisamos continuar escutando o outro, percebendo suas necessidades e diferenças para chegarmos a acordos que permitam acomodar as diferenças de um e de outro. Assim, o conflito não se transforma em violência", enfatizou a especialista.

Por isso, um dos princípios utilizados na mediação de conflitos é a "Justiça Restaurativa". Segundo Madza Ednir, a Justiça Restaurativa parte da idéia de conflito como uma oportunidade de transformação. "A Justiça Restaurativa procura basicamente reparar e restaurar relações que foram rompidas quando o conflito se transformou em violência. E aí, o diálogo interrompido por meio dos procedimentos da Justiça Restaurativa é retomado. Os processos restaurativos abordam as causas da ruptura do diálogo, que são as causas da violência", observou a educadora.

Justiça e Educação

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