Hot-air balloon festivals

Hot-air balloon festivals

quarta-feira, 30 de março de 2011

@ Educação Especial

Especialista critica política do MEC

O Globo - 30/03/2011

Para professora, alunos não compartilham a língua nas escolas convencionais

A diretora de Políticas Educacionais e coordenadora de Ensino de Libras na Universidade Federal de Santa Catarina, Patrícia Luiza Ferreira Rezende, disse, em e-mail ao GLOBO, que é contra a forma como o Ministério da Educação executa a política de educação especial no país. "Infelizmente, a Lei da Libras, o decreto e a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência não têm sido cumpridos a contento pelo MEC. A atual política de inclusão insiste em colocar crianças surdas junto com as ouvintes, sem haver um compartilhamento linguístico entre elas. Nesses espaços, as crianças surdas oriundas de famílias ouvintes não adquirem sua língua natural de forma espontânea, como as crianças ouvintes que compartilham a mesma língua da sua família interagindo e obtendo informações e, assim, construindo o conhecimento de mundo, que é aprofundado na escola. Como haver inclusão se não há aquisição linguística pela criança surda?"

leia na íntegra

@ Bullying II

Caso australiano traz à tona discussão sobre violência praticada entre crianças e adolescentes

Caso australiano traz à tona discussão sobre violência praticada entre crianças e adolescentes
O vídeo veiculado no You Tube que mostra a reação do adolescente australiano Casey Haynes, vítima de bullying, gerou comentários e trouxe à tona a discussão sobre a violência praticada entre crianças e adolescentes. As imagens mostram o adolescente de 16 anos recebendo socos do colega Richard Gale. Após sofrer os golpes sem apresentar nenhuma reação, Casey agarra seu agressor e atira-o com força ao chão.

leia na íntegra

Levantamento realizado em 2009 pela ONG Plan e pelo Centro de Empreendedorismo e Administração em Terceiro Setor da Fundação Instituto de Administração (Ceats/FIA) com 5.168 estudantes de todas as regiões brasileiras.

terça-feira, 29 de março de 2011

@ Donos da bola

Entre o total abandono e a didatização, pesquisadores avaliam o papel do educador na brincadeira na escola

Foi ao completar um quebra-cabeça que ensinava palavras a seus alunos que Tânia Fortuna encontrou uma peça fundamental para entender a questão do brincar na escola. Depois de montar o jogo, um garoto da turma perguntou: "Professora, agora nós vamos brincar?".

A cena ocorreu há mais de 20 anos, mas a pergunta daquele aluno ecoa ainda hoje nas escolas, onde especialistas apontam distorções sobre como lidar com uma expressão tão genuína da infância.

O brincar tem papel essencial no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e físico das crianças. Ligado à descoberta, ajuda em operações de concentração, observação, percepção e análise. O educador, assim como descobriu Fortuna no início da carreira, é a peça fundamental desse quebra-cabeça. "Mas ele precisa achar um ponto de equilíbrio entre o total abandono e a didatização dessas atividades na escola", diz a pesquisadora, que está concluindo na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) doutorado sobre docentes que sabem conjugar o verbo. Segundo Renata Meirelles, pesquisadora da cultura da infância, há um excesso de direcionamento dos professores nas atividades, com hora para começar e acabar.

Jurada do Programa pelo Direito de Ser Criança (que premia instituições de ensino que valorizam o brincar), ela aponta que há "uma confusão entre brincar e desenvolver uma atividade específica". E a brincadeira, defende, "não precisa vir carregada de conteúdos escolares".

"INFÂNCIA INDOOR"

Geração da chamada "infância indoor", confinada nas grandes cidades, meninos e meninas encontram na escola um dos poucos espaços reservados para brincar. Quando a brincadeira ganha espaço na escola, a discussão volta-se para quem é o "dono da bola". Em campo, o papel do educador é de árbitro, técnico ou jogador?

Adriana Friedmann, autora de "O Desenvolvimento da Criança através do Brincar" (ed. Moderna), diz que o educador deve saber escutar e observar durante a brincadeira. "Tem que assumir o papel de antropólogo."

Para Fortuna, o professor tem que "entrar na brincadeira". "É parceiro", afirma Flora Giannini, diretora do Espaço Brincar, instituição privada de educação infantil de São Paulo. "Ele assume com as crianças os riscos, as ousadias e os imprevistos", completa Renata Meirelles.

ESPAÇO COMO ALIADO

Na creche da USP, crianças correm, escalam e balançam numa área sombreada por grandes árvores. Outras desenham na terra -só param para observar uma borboleta que passa. "O espaço deve ser um aliado", diz Rodrigo Flauzino, coordenador pedagógico do lugar. Mas o relatório "Educação Infantil no Brasil" ( ver apresentação ), lançado pela Fundação Carlos Chagas em 2010, feito em instituições públicas e particulares de seis capitais brasileiras, detectou que espaços e atividades das creches e pré-escolas avaliadas são inadequados -de zero a dez, a média é de três pontos.

"Isso é reflexo de uma ignorância generalizada", afirma Maria Malta Campos, coordenadora da pesquisa.

A socióloga Gisela Wajskop, autora de "Brincar na Pré-Escola" (ed. Cortez), completa que os espaços escolares não são oásis do lúdico.

São marcados pela falta de contato com a natureza, sem áreas para desafios motores e com excesso de brinquedos, em vez de uma oferta de objetos diversos que estimulem o imaginário.Há casos em que o espaço de brincar se limita a uma salinha lotada de brinquedos. "Assim, a escola só induz crianças consumistas. Brincar é uma linguagem e não um comportamento."

Matéria publicada no jornal "Folha de S.Paulo", edição do dia 28/03/11.

@ Fim da brincadeira

Crianças inglesas unem high-tech e tradição no recreio

O recreio das crianças inglesas não é só a hora de encontrar os colegas da escola. É também quando jogos tradicionais e ícones da era digital se encontram entre uma brincadeira e outra.

É o que apontou o estudo "Children's Playground Games and Songs in the New Media Age" (brincadeiras e cantigas infantis na nova era da mídia), lançado neste mês (www.bl.uk/playtimes).

Desenvolvido pelas universidades de Londres, Sheffield e East London com a British Library, o projeto acompanhou, entre 2009 e 2011, o comportamento de alunos no recreio em duas escolas do ensino fundamental.

"Jogos e cantigas continuam passando de geração em geração. Descobrimos, no entanto, que a mídia e as novas tecnologias têm influência crescente", afirma Jackie Marsh, da Universidade de Sheffield.

A pesquisa apontou que as crianças acabam incorporando elementos da TV, da internet e dos videogames em suas brincadeiras.

Assim, personagens de desenhos animados viram protagonistas no pega-pega e os programas de auditório são reproduzidos nos jogos de faz de conta, por exemplo.

Segundo Marsh, o mais surpreendente é que a escola é "o único momento em que muitas crianças têm contato com brincadeiras e jogos tradicionais". Por pressão curricular, o brincar praticamente desaparece no ensino fundamental. Só há espaço para "disciplina e obediência", diz Gisela Wajskop.

Matéria publicada no jornal "Folha de S.Paulo", edição do dia 28/03/11.

@ Cidade Verde

Game criado por empresa de Bauru agora é gratuito

Jogo educativo Cidade Verde foi criado pelo Mother Gaia Studio O game educativo Cidade Verde, criado pelo Mother Gaia Studio, empresa de Bauru formada por ex-alunos da Unesp, está a disposição de forma gratuita a partir desta segunda-feira (28/03).

“Iremos distribuir para todas as escolas publicas e privadas do Brasil sem custo algum”, informa Túlio Sória, um dos proprietários da empresa. O game já vendeu três competições internacionais e concorre ao prêmio Green Best2011. Antes comercializado, agora estará disponível gratuitamente no portal ( clique aqui ) para escolas interessadas e eventuais jogadores em busca de entretenimento.

Qualquer pessoa ou instituição de todo o Brasil pode baixar o programa. O jogo

No Cidade Verde o jogador entra na pele de um prefeito que deve construir sua cidade respeitando o meio ambiente, atendendo às necessidades sociais e entendendo a economia.


fonte

segunda-feira, 28 de março de 2011

@ Comunicação

Abrir canal para o aluno se expressar é chave para qualidade de ensino Por meio da comunicação, modelos novos de processos educativos surgem em sala de aula. Com essa ideia, o secretário executivo da Rede de Experiências em Educação, Comunicação e Participação (CEP), Alexandre Sayad, desenvolve curtas-metragens com alunos do ensino médio da Escola Nossa Senhora das Graças, na zona sul de São Paulo (SP). O projeto reflete a abertura de um canal, no qual o estudante ganha voz ao mesmo tempo em que aprende. “Com a comunicação pode-se fazer com que a escola entre em compasso com a vida do jovem. Mas, no geral, tanto no ensino público como no privado, a utilização de mídia e educação ainda não está integrada de forma a trazer benefícios”, analisa. O projeto de um ano com 14 jovens em 2008 resultou no documentário “Hoje Novamente Ontem” (parte 1, parte 2 e parte 3). Os estudantes de 16 anos participaram de toda a construção do vídeo, desde a escolha do assunto nostalgia, passando pela produção de música e filmagens, até chegar à busca de patrocínio para rodar o curta. leia na íntegra

@ Temporários

Pesquisa mostra que 250 cidades de SP recorrem a professores temporários Levantamento com 311 secretarias municipais de Educação de São Paulo feito pela Fundação Lemann revela que 80% das cidades recorrem à contratação de professores temporários, 40% das localidades consultadas ainda não estabeleceram padrões curriculares na rede de ensino e cerca de 50% não elaboraram planos municipais com diretrizes de políticas educacionais de longo prazo. Na opinião de especialistas e autoridades, os números são "graves" e comprometem a qualidade da educação. Esses e outros dados serão discutidos a partir de hoje no seminário "3º Seminário Líderes em Gestão Escolar", promovido pela Fundação Lemann e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), em São Paulo. leia na íntegra

sábado, 26 de março de 2011

@ Sublimes

por eduardo macedo de oliveira


somos uma noite,
iluminados pelos mistérios,
envoltos pelos segredos e
suor da existência.

somos ciência,
possuidos pela fé,
voraz e insustentável.
descobrimos o vácuo
das incertezas,
tranformando-o em brisas
da lucidez e destruição.

somos pacientes,
curados pelo universo,
e sublimes,
movidos pela faísca
do criador.

somos algo,
nas profundezas do amor,
somos nada,
na embriaguez das conquistas.
e assim, continuaremos
a girar por respostas
e abraços.


mais poemas

@ José Pacheco

A aprendizagem do caos

Sobre ética e ontologia

Por José Pacheco

Li num jornal uma referência a um estudo realizado pela Unesco no Brasil, cujas conclusões sintetizo: os professores consideram que o fracasso na escola é responsabilidade dos alunos, da sua "falta de vontade"; os alunos dizem que encontram mais ajuda em casa do que na escola, quando defrontam um problema; 76,7% dos professores afirmam que os alunos não fazem as lições por preguiça; para os estudantes, o bom aluno é o que obedece à professora, copia as tarefas e tem disciplina.

Na televisão, escutei uma professora: "Tirei uma licenciatura, mas não encontrei emprego. Nem podia dar aulas. Voltei à faculdade, para poder ser professora. Encarei esta necessidade com conformismo...". E numa sala de professores: "Eu queria era ser advogado. Mas só consegui arranjar emprego como professor.".

Quando lamentamos a desvalorização do estatuto social da profissão, teremos discernimento para entender por que projetamos uma imagem social tão negativa? Quando pensamos na indignidade do salário do professor e na degradação da escola pública, estaremos a pensar em causas, ou em consequências?

Dizia um amigo que pensar educação é pensar em problemáticas éticas e ontológicas. Antes de mais, o professor tem de desenvolver, em si, a capacidade de se libertar dos trilhos que, ao longo da sua caminhada, enformaram e construíram as suas representações de escola e de educação. Pensar a escola é reorientar o homem no mundo. É reconfigurar o espaço e o tempo de aprender e ensinar, reelaborando a cultura pessoal e profissional: "Tenho 18 anos de serviço e continuo a tentar ser professora. Infelizmente, cercam-nos muitos dadores de aulas que nos barram o caminho ou o tornam difícil. Para cúmulo, aqueles a quem servimos não nos respeitam e os nossos governantes não nos defendem. Mas fica sabendo que, mesmo assim, cá vamos resistindo e reinventando a nossa realidade".

Acompanho esses caminhos feitos de resiliência. Quero lá saber dos restantes! Quando essa professora me avisou de que os professores não desistentes da sua escola eram somente quatro num total de noventa e cinco, respondi-lhe que os quatro resilientes eram maioria.

Maioria como? - replicou. E expliquei: sois maioria porque os outros não existem. Acompanho, ajudo e aprendo com os que querem melhorar-se, melhorando as escolas. Os outros, como costumo dizer, morreram aos 20 e somente serão enterrados aos 60.

Concordo com Beda: "há três caminhos para a infelicidade: não ensinar o que se sabe, não praticar o que se ensina, não perguntar o que se ignora". Quando quis experimentar a vida de professor universitário, quis saber o que os meus alunos (futuros professores) esperavam do curso. A resposta foi unânime: Queremos saber dar aulas e manter a disciplina. Ao que retorqui: Então, meus amigos, mudai já de curso e de profissão, que ainda estais a tempo de serdes pessoas felizes. Perguntas que traduzissem senso crítico, nem uma escutei. Já não faziam perguntas, porque estavam a escassos meses de exercer a profissão de professor.

A retórica dos políticos nos diz que o futuro do Brasil está na educação. Mas que educação? Onde mora? Em escolas que vejo desfazerem-se, vandalizadas? Em escolas habitadas por professores desmotivados e gestores desmoralizados? Em escolas de paredes úmidas, onde a mesmice pedagógica e o tédio imperam?

Lévi-Strauss entendia que sábio não é o que fornece as verdadeiras respostas; é o que formula as verdadeiras perguntas. Embora os professores com quem venho aprendendo me digam que é perigoso perguntar, eu os desafio a pensar e a agir.

(*) Educador e escritor, ex-diretor da Escola da Ponte, em Vila das Aves (Portugal)

josepacheco@editorasegmento.com.br

artigo publicado na edição 167 da Revista Educação.

@ Educação Infantil

Universalização da educação infantil: solução ou armadilha?

Por Gustavo Ioschpe

"Os ganhos para o país com a eliminação do analfabetismo serão muito maiores do que aqueles oriundos da universalização da pré-escola. Essa é a batalha que temos à nossa frente. Admitir distrações é quase um crime"

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@ Nature Publishing Index

The Nature Publishing Index ranks institutions according to the number ofprimary research articles they publish in Nature journals. Nature and its familyof Nature-branded sister journals is world-renowned as the pre-eminent platform for publication of the very best international research, and it is fitting that this portfolio of high quality journals serve as a benchmark for research success and achievement.

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Nature Publishing Index: Global Top 50

These rankings are based on the number of papers that were published in 2010 from the institutions listed below. These rankings only include primary research papers that were published as "Articles & Letters" in Nature and/or Nature monthly research journals

@ Coordenador pedagógico

Profissão: articulador escolar

O coordenador pedagógico se consolida cada vez mais como formador, orientador de um trabalho coletivo e elo entre as pessoas, o projeto escolar e os conteúdos programáticos

Reger a escola do século 21 não é uma tarefa para qualquer maestro. Numa época em que se rediscutem espaço, tempo, modo, sujeito e conteúdo da aprendizagem, a figura do coordenador pedagógico se destaca como articuladora e representante dessa nova forma de pensar a educação. O coordenador é hoje - ou poderia ser - o elo a unir projeto pedagógico da escola, conteúdo programático e as pessoas envolvidas no projeto - professores, gestores, pais e alunos. E, para ele, é impossível harmonizar esses três polos sem responder a grandes questões da educação atual: de quem é a responsabilidade pelo aprendizado dos alunos? Como trabalhar o conteúdo de um currículo fixo de maneira diferente em cada turma? Como quebrar a barreira das disciplinas? Como apoiar o professor e contribuir com a sua formação?

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quinta-feira, 24 de março de 2011

@ Jogo do PIB

Jogo do PIB: mais verba para a Educação

O novo Plano Nacional de Educação (PNE) pede que o Brasil aumente o investimento em Educação Básica pública de 5% para 7% do Produto Interno Bruto (PIB). Para isso, será preciso diminuir o investimento em outras áreas. Se a decisão estivesse na sua mão, quais desses gastos seriam riscados do orçamento?

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Balanço do Plano Nacional de Educação (PNE) 2001-2010

@ Bullying

Caso Casey Heynes: o bullying e a omissão da escola

O vídeo divulgado na internet gerou muita polêmica, mas quase ninguém se perguntou o que houve para a situação chegar a esse ponto. Confira a opinião dos especialistas

Uma cena de bullying gravada em vídeo se espalhou rapidamente pela internet nos últimos dias e ganhou destaque na imprensa mundial. As imagens, registradas em uma escola australiana, mostram o momento em que Casey Heynes - aluno de 15 anos constantemente agredido pelos colegas - se rebela e parte para cima de um de seus agressores. Com o sucesso na rede, Heynes passou de vítima a herói. Alguns dias depois, os dois garotos eram e ntrevistados em programas de televisão, apresentando sua versão dos fatos.

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terça-feira, 22 de março de 2011

@ Cidade Cantada

Canção deveria ser usada nas escolas para abordar conteúdo de modo criativo

Após três anos lecionando para alunos de ensino fundamental e médio, a professora de geografia Júlia Pinheiro de Andrade percebeu que poderia abordar a temática da cidade de maneira mais criativa: passou a utilizar canções em salas de aula. “Por meio da arte, trabalhamos diferentes percepções juntamente com conceitos. O aprendizado será eficaz quanto mais associarmos diferentes linguagens”, afirma.

De acordo com Júlia, com a canção é possível estudar não apenas a letra, mas o contexto em que foi escrita, apresentando aos alunos os primeiros elementos para, posteriormente, uma análise conceitual mais aprofundada do tema tratado.

A ideia surgiu quando percebeu que os alunos tinham dificuldades para compreender a lógica das transformações do espaço urbano, pois diz respeito a representações abstratas da cidade.

“Quando se vive na sociedade urbana, onde há conflitos e inúmeras questões, é importante entender como a cidade se constrói, como diferentes sujeitos podem se apropriar desse espaço. A escola deve dar conta de pensar a cidade de modo crítico e criativo”, explica.

Júlia passou então a abordar a correspondência entre a canção como forma estética, a experiência urbana e as transformações do espaço da cidade. No entanto, isso poderia ocorrer não apenas nas aulas de geografia, mas em outras disciplinas também. “Então, desenvolver as diferentes formas de inteligência dos alunos: a musical e a sensorial, por exemplo”.

A relação que Júlia estabeleceu entre canção e ensino deu origem à sua dissertação de mestrado, defendida na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP), trazendo a importância de trabalhar as diferentes linguagens da cultura no aprendizado.

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@ Britannica

Estudantes do ensino fundamental podem acessar Britannica Escola Online

Estudantes do ensino fundamental, matriculados em escolas públicas de todo o país, podem acessar o conteúdo da Britannica Escola Online em português. A ferramenta de ensino está disponível pelo Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

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@ Bolsas de formação

Ministério da Educação

PORTARIA Nº 289, DE 21 DE MARÇO DE 2011

Dispõe sobre a concessão de bolsas de formação para professores da rede pública matriculados em cursos de Mestrado Profissional.

Art. 1º Criar a Bolsa de Formação Continuada destinada a professores da Rede Pública da Educação Básica, regularmente matriculados em cursos de Mestrado Profissional ofertados pelas instituições de ensino superior, devidamente aprovados pela CAPES na modalidade de educação a distância via Universidade Aberta do Brasil (UAB).

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mais informações

segunda-feira, 21 de março de 2011

@ Rios Voadores

Rios voadores: água levada por cima de nossas cabeças

Entrevista: Gerard Moss (*)

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"Estamos iniciando uma ação em escolas, nas cidades por sobre as quais os rios voadores passam: Londrina, Ribeirão Preto, Uberlândia, Brasília, Cuiabá e Chapecó. Começamos no dia 26 de abril em Ribeirão Preto. Vamos fazer com que as crianças estimem a quantidade de água atmosférica vinda da Amazônia. Num primeiro momento, vamos capacitar cerca de 180 professores e pretendemos atingir algo em torno de 30 mil crianças."

(*) Gerard Moss é o idealizador do projeto Rios Voadores , que mapeia o papel da Amazônia na produção de vapor d"água que alimenta outras regiões do País. Suíço e filho de pilotos de
rali, ele já voou ao redor do mundo em um monomotor da Embraer. Ao Estado, falou
sobre a iniciativa, patrocinada pela Petrobrás, que agora vai chegar às escolas
por meio de cartilhas, material didático e capacitação de professores.

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domingo, 20 de março de 2011

@ Reprovação

Reprovação: aprendizado ou retrocesso?

Recomendação do MEC para que as escolas não retenham os alunos dos três primeiros anos do ensino fundamental passa a valer em 2011. Medida causa polêmica, mas o DF adota modelo parecido desde 2005

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Receio de não passar de ano

Parecer CNE/CEB Nº 8/2010

quarta-feira, 16 de março de 2011

@ Piso Salarial

STF pode pôr fim à confusão na lei do piso docente

A indefinição sobre o cumprimento da Lei Nacional do Piso dos Professores pode ter um ponto final amanhã, três anos depois de ela ter sido aprovada por unanimidade no Congresso e assinada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará ação direta de inconstitucionalidade (Adin) dos governadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará e Mato Grosso do Sul, que foram contra e apresentaram questionamentos à legislação - Lei nº 11.738, de 2008. O processo tem causado confusão na aplicação das regras desde o início.

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terça-feira, 15 de março de 2011

@ Juventude

Avanço nos marcos legais deve nortear 2ª Conferência Nacional da Juventude

A 2ª Conferência Nacional da Juventude, prevista para acontecer no final deste ano, deve trazer como tema central dos debates o avanço nos marcos legais. A denominada PEC da Juventude foi aprovada ano passado como Emenda Constitucionalnº 65. No entanto, os projetos de leis do Plano Nacional de Juventude e do Estatuto da Juventude estão parados no CongressoNacional.

“Além da PEC, não tivemos nenhum outro marco legal que pudesse traduzir esse jovem que foi colocado na Constituição”, segundo o presidente do ConselhoNacional da Juventude (Conjuve), Gabriel Medina. Eleito no final do ano passado, o militante representa o Fórum Nacional deMovimentos e Organizações Juvenis (Fonajuves), no conselho.

Outros temas também deverão ganhar força na 2ª Conferência, que busca ser umespaço plural de discussões. O evento pretende trazer debates ligados a ampliação da escolaridade e redução de defasagem idade/série; reformulação doensino médio; apropriação da banda larga pela juventude; mortalidade de jovens e outros.

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* Portaria constitui comissão organizadora da 2ª Conferência de Juventude

O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), comemorou nesta quarta-feira (23), a publicação da Portaria nº 27 da Secretaria-Geral da Presidência da República. O documento constitui a comissão organizadora da 2ª Conferência Nacional de Juventude o que, na prática, é o primeiro passo para a realização do maior evento de participação democrática da juventude brasileira.

domingo, 13 de março de 2011

@ PNE 2011-2020

Plano Nacional de Educação

Comissão Especial poderá enfraquecer o PNE, segundo Campanha

POSICIONAMENTO PÚBLICO

Alerta a um possível equívoco no processo de tramitação do Projeto de Lei para o novo Plano Nacional de Educação (PL n° 8.035/2010)

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, articulação da sociedade civil brasileira que atua pela efetivação e ampliação dos direitos educacionais no país, vem a público manifestar preocupação com o processo de trâmite do Projeto de Lei de novo Plano Nacional de Educação (PL n° 8.035/2010) no Congresso Nacional. Concomitantemente, manifesta total contrariedade com as iniciativas de retirar da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados a atribuição precípua de conduzir o debate sobre o tema.

leia na íntegra

PNE poderá ser votado por comissão especial; medida restringe debate, diz movimento social

quarta-feira, 9 de março de 2011

@ Ensino Médio

QUE ENSINO MÉDIO QUEREMOS?

O formato do Ensino Médio não motiva os alunos. Seminário do Instituto Unibanco e do Todos pela Educação ressalta o problema da evasão escolar nesta época da formação escolar.

E você, acredita que o Ensino Médio sirva aos interesses dos jovens? O que deveria ser feito pra torná-lo mais interessante?

Guia para a realização de Grupos de Diálogo

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mais

Veja a apresentação de Wanda Engel aqui.
Veja a apresentação de Elaine Pazzelo aqui.
Veja a apresentação de Ricardo Paes de Barros aqui.
Veja a apresentação de Eduardo Rios aqui.

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@ Tecnologia da Informação

Plug Minas e Instituto Unibanco inauguram Núcleo Amigo do Professor

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@ Gênero

Escolas reforçam estereótipo do papel da mulher na sociedade

“Não tinha clareza de como colaborei para manter diferenças entre os sexos dentro da sala de aula, que eu mesma condeno e quero superar”. A confissão é de uma professora do ensino fundamental de uma escola municipal de Marília, cidade do interior de São Paulo. Os 100 anos do Dia Internacional da Mulher, comemorado na terça-feira (8/3), convidam a refletir sobre o assunto.

Na ocasião, a professora participava de um projeto de extensão do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero (Lieg) da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Durante 2010, ocorreu o módulo 1, intitulado “Gênero na Escola: aprimorando conceitos e discutindo práticas”. O projeto reuniu dados sobre a presença de práticas sexistas no ensino infantil e fundamental.

“As diferenças entre homem e mulher são culturais e não biológicas. O processo de construir essa diferenciação começa, principalmente, na escola, aos seis anos”, constata a coordenadora do Lieg, Lídia Possas. “Quando a criança passa pelas primeiras séries, ainda não distingue. O menino brinca com pulseira e a menina com bola”.

“Os professores falam de cores e brinquedos de meninos e meninas, separam as crianças em filas por gênero, bem como em atividades diferenciadas. Não envolvem ambos os sexos para um trabalho coletivo. Muitas vezes estimulam mais os meninos a falarem”, exemplifica a professora dedicada à pesquisa sobre a temática feminina no país há vinte anos, Tânia Brabo.

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Cultura e Gênero

segunda-feira, 7 de março de 2011

@ Escola da Ponte

O lado obscuro da ponte

Ex-diretor da Ponte, escola de Portugal conhecida por usar um método inovador que inspirou colégios brasileiros, admite ter batido em aluno

Célebre por subverter os paradigmas do ensino tradicional, a Escola da Ponte, criada em Portugal em 1976, ganhou notoriedade ao propor um projeto pedagógico diferente, em que não há séries nem professores divididos por disciplina.

Por trás de um método inovador, exaltado em "A Escola com que Sempre Sonhei sem Imaginar que Pudesse Existir" (Papirus, 2001), de Rubem Alves, houve uma instituição onde a violência era rotineira e foi importante -o estopim- para a implantação do método.

A revelação é feita por José Pacheco, um dos mentores do projeto e que esteve à frente da escola por mais de 30 anos. Ele admite ter batido em um aluno em 1976 e diz que o livro do brasileiro lhe "criou um problema".

Pacheco deve lançar, em meados do ano que vem, um livro sobre o lado obscuro da escola. Confira, a seguir, trechos da entrevista.

Folha - Depois do livro de Rubem Alves, a Escola da Ponte inspirou projetos de educação no Brasil...
José Pacheco - O Rubem Alves me criou um problema quando publicou o livro. Ele é um homem maravilhoso e um amigo, mas, sem querer, criou um mito, mostrando só o lado belo das crianças solidárias. A Escola da Ponte tem um outro lado. O lado feio. O lado da fragilidade humana e que é preciso revelar. Eu hoje no Brasil me preocupo em desfazer o mito sem chocar as pessoas, mas mostrando o lado da miséria humana que também fez a Ponte.

E que lado é esse?
É doloroso falar nisso. Há grandes lutas no projeto. No início, houve grande violência, tanto simbólica quanto explícita. Há 35 anos, havia uma prática comum na escola: professor batia em aluno e aluno batia em professor. Há o conflito entre pessoas diferentes enquanto não aprendemos a aceitar o outro.

A violência no início do projeto surgiu pela ruptura da noção antiga de autoridade?
Em 1976, havia na Ponte a chamada Turma do Lixo, constituída em sua maioria por jovens de 13 a 15 anos que não sabiam ler nem escrever. Esses jovens não eram violentos. Eram violentados.Além da violência simbólica, eles tinham uma experiência de vida tremenda. Chegavam cobertos de piolho, cheirando mal, bêbados, com fome, com falta de ternura e de vínculo amoroso.A violência não nasce com a pessoa. A violência aprende-se. Eles tinham aprendido essa violência, de modo que reagiam quando um professor os obrigava a fazer algo. Eles batiam nos professores.

E os professores?
Num primeiro dia de aulas, agora vou fazer uma revelação, bati num aluno que me bateu. Ele era mais alto que eu, tinha 14 anos -o Ricardo, que hoje tem 50 anos e é um homem maravilhoso.Eu fiquei envergonhado daquilo que tive que fazer, mas a partir daí ninguém mais bateu naquela escola. Nem aluno nem professor.Aquilo que estava instituído a partir do momento em que eu reagi, era o medo. Nunca eles imaginaram que um professor pudesse reagir.

Como a violência deixou de ser rotina na Ponte?
Desse medo inicial ao que Ponte se tornou hoje, há um processo feito com pessoas que compreenderam que não poderíamos continuar com a violência explícita nem com a simbólica, com um paradigma de ensino que faliu.Encontramos caminhos com alunos, pais e professores. Desse tempo em que precisei reagir até hoje, quando nem com o olhar nós ameaçamos, há todo um processo que deve ser desmitificado.

Rubem Alves diz que mitificação foi intencional

O projeto pedagógico "Fazer a Ponte" foi criado na década de 70 na instituição pública de ensino Escola da Ponte, em Vila das Aves, distrito do Porto, em Portugal.

Lá, crianças e jovens de idades diferentes aprendem em pequenos grupos com um interesse comum. Orientados por um professor, pesquisam sobre um tema e, depois, avaliam o conteúdo.

Se o aprendizado for considerado adequado, o grupo se dissolve, e formam-se outros para estudar outro tema.Ao se deparar com esse sistema de aprendizado, o escritor e colunista da Folha Rubem Alves quis transmitir o deslumbramento que sentiu.

"Eu estava tão encantado ao me defrontar com uma escola daquela que a minha tendência era deixar as coisas bonitas", disse.

O escritor admite que há mitificação em seu livro, "A Escola que Sempre Sonhei, sem Imaginar que Pudesse Existir", mas diz que, de certa forma, ela foi intencional.

"Há certas situações em que não é para ser objetivo, porque é o encantamento que faz as transformações."

Depois de quase 30 anos lutando contra os parâmetros do governo português para as escolas públicas, a Escola da Ponte conseguiu, em 2005, um contrato de autonomia com o Ministério da Educação. Nele, é reconhecida como uma escola pública distinta da tradicional.

Perguntada sobre o a revelação de José Pacheco, a atual direção diz que a melhor pessoa para falar sobre a época é mesmo o ex-diretor.

"Como qualquer projeto, é uma construção coletiva. É feito de pessoas com expectativas, convicções, opiniões e, consequentemente, de acordos e desacordos.

Matérias publicadas no jornal Folha de S.Paulo, edição do dia 07/03/03.

@ Ensino Religioso II

As escolas públicas devem ter ensino religioso?

SIM

O encontro com o outro

por FRANCISCO BORBA RIBEIRO NETO (*)

A Constituição (artigo 210) e a Lei de Diretrizes e Bases (artigo 33) estabelecem a obrigatoriedade do ensino religioso facultativo na escola pública, respeitando a independência do Estado em relação às religiões (artigo 19 da Constituição).

Esse ensino poderá ter caráter confessional, desde que aberto à diversidade religiosa, como propõe o acordo entre o Brasil e a Santa Sé, ou deve ser obrigatoriamente não confessional, como propõe a Procuradoria-Geral da República?

Ao longo da história, as religiões têm sido o lugar de encontro entre as éticas privada e pública, em que o sentido da vida deixa de ser questão individual para se tornar uma construção social.O ensino religioso é um direito do jovem porque favorece a reflexão sobre o sentido da realidade e também a comparação entre sua tradição cultural, suas experiências pessoais e as propostas que encontra na sociedade.

A ausência do ensino religioso na escola não aumenta a liberdade dos jovens, mas a reduz, tornando-os mais suscetíveis a uma doutrinação camuflada -praticada por Estados totalitários e pela cultura da sociedade de massa.

Numa sociedade plural, o ensino religioso deve ser um espaço de encontro que não anula as identidades, mas que ajude a responder ao desejo de sentido das pessoas.Não deve representar a imposição de uma crença, mas a possibilidade de as várias crenças se encontrarem e se compararem, para que cada um possa -com liberdade- optar por aquilo que lhe parece mais verdadeiro.

O desafio da pluralidade não pode ser resolvido por meio de um suposto ensino neutro e não confessional, pois essa neutralidade não existe. Ateísmo e agnosticismo não são alternativos à religião, mas, sim, respostas determinadas à questão religiosa.Um ensino religioso não confessional determinado pelo Estado equivale à dominação de uma posição laicista sobre as demais.Enquanto em nossa sociedade as religiões se reconhecem como "confissões" e aceitam o direito de existência das outras, esse laicismo se considera acima das religiões, capaz de uma neutralidade que na verdade não existe.

Para respeitar a liberdade do aluno, o ensino religioso deve ser uma reflexão coletiva sobre o senso religioso de cada um e suas implicações sobre os sentidos da vida e da realidade. Como em qualquer disciplina, seu professor, para ter uma postura aberta e não doutrinária, deve reconhecer e explicitar seus pressupostos -o que, nesse caso, corresponde ao testemunho de suas convicções.

O desafio por trás dessa polêmica é o da amizade entre educador e educando como um vínculo que pode superar as barreiras ideológicas e os preconceitos, levando a um encontro com o outro e consigo mesmo. Se essa é uma utopia irrealizável, não só o ensino religioso, mas qualquer ensino, será sempre doutrinação e dominação. E a própria educação, como proposta humanista, será vã.

(*) FRANCISCO BORBA RIBEIRO NETO é coordenador de projetos do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP e um dos organizadores dos livros "Um Diálogo Latino-Americano: Bioética & Documento de Aparecida" (Difusão, 2009) e "Economia e Vida na Encíclica Caritas in Veritate" (Companhia Ilimitada, 2010).

Publicado no jornal Folha de S.Paulo, edição do dia 05/03/11.

@ Ensino Religioso I

As escolas públicas devem ter ensino religioso?

NÃO

Escola laica, liberdade e igualdade

por ROSELI FISCHMANN (*)

O lugar do ensino religioso não é na escola pública, mas na família e nas comunidades religiosas, para quem assim o quiser.Por ser ligado ao direito à liberdade de consciência, de crença e de culto, o ensino religioso depende de ser buscado, não de ser oferecido sob a égide do Estado, por ser matéria íntima, de escolha, segundo a consciência de cada pessoa.

Daí o caráter facultativo para o aluno que a Constituição estabelece para o ensino religioso nas escolas públicas, buscando preservar tanto o direito à liberdade de crença quanto a laicidade inerente à escola pública. Razões de ordem ética, jurídica, histórica e pedagógica amparam essa posição.

Crianças pequenas, de seis anos, iniciando o ensino fundamental, têm suas consciências tenras plasmadas pela escola. Quais as repercussões de conteúdos religiosos conflitantes ao que recebe no lar, em sua compreensão do mundo?

Aprender a não fazer ao outro o que não quer que lhe façam indica formação para autonomia, valorizando a alteridade -cerne da educação. Na escola, o respeito aos outros não pode ser amparado em divindade, mesmo para quem creia.

Porque amparar-se no inefável para garantir a não violência é menosprezar a capacidade humana de respeito mútuo e a própria fé, que não depende de constrangimento e submissão. A escola pública deve explicitar o que é humano (como a ciência) como mutável, porque falível e passível de debate e discussão, sempre sujeito a aperfeiçoamento. Como a Constituição.

A possibilidade de uma PEC que retire o parágrafo primeiro do artigo 210 da Constituição é uma urgência histórica, em prol das próprias religiões. Porque, ao tentar regulamentar o não regulamentável, qual seja, o acordo entre religiões sobre o que ensinar, como conteúdo único, a Lei de Diretrizes e Bases da educação criou mais dificuldades que soluções para o que já era problemático na Constituição.

Mesmo internamente a Constituição parece inconsistente, já que o seu artigo 19 estabelece que é vedado ao Estado "estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança" e "criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si".

Promover um ensino religioso que seja ligado a denominação religiosa específica no âmbito da escola pública (como propôs o acordo da Santa Sé com o Brasil) é promover distinção entre brasileiros.

Mesmo que fosse possível cumprir a promessa de que "todas as religiões serão oferecidas", seriam desrespeitados em seus direitos os agnósticos e ateus.

Supor que seja possível tratar as religiões de forma "neutra", na escola pública, é menosprezar consequências de perseguições e raízes de guerras religiosas que a humanidade travou. Propor ensino religioso como história das religiões pode ser adequado só para jovens e não crianças, e não terá sentido se o professor conduzir o ensino privilegiando sua crença ou descrença.A escola pública precisa ser entendida como lugar de desconstrução das discriminações que perpassam nossa cultura, de forma silenciosa ou denegada, que desrespeitam religiões e, sobretudo, seus adeptos, todos igualmente brasileiros e brasileiras.

Argumentar que a maioria "democraticamente" tem o direito de impor no espaço público sua crença e que na escola "só fará bem ter (uma certa) religião" reduz a democracia à tirania, pois nega o direito de as minorias serem integralmente respeitadas, a ponto de (como ensina Bobbio e dita a regra do jogo democrático) um dia se tornarem maioria.

(*) ROSELI FISCHMANN é coordenadora do programa de pós-graduação em educação da Universidade Metodista de São Paulo e pesquisadora do CNPq para o tema do ensino religioso. Foi membro da Comissão Especial de Ensino Religioso do Governo do Estado de São Paulo (1995-1996).

Publicado no jornal Folha de São Paulo, edição do dia 05/03/11.

domingo, 6 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

@ Financiamento ao Estudante

Professor poderá pagar universidade com aulas

Redução do débito será de 1% por mês; maioria dos educadores da rede básica

O ministro da Educação, Fernando Haddad, assinou portaria ( PORTARIA NORMATIVA Nº 4, DE 2 DE MARÇO DE 2011 ) que regulamenta a oferta de empréstimos do Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) para universitários dos cursos de licenciatura. Quem já é professor da rede pública ou vier a ser poderá quitar a dívida sem desembolsar dinheiro, com redução de 1% do débito para cada mês trabalhado. Universitários que lecionarem na rede pública poderão contar inclusive o tempo de trabalho durante o curso.

leia na íntegra

Inep institui a Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente

PORTARIA NORMATIVA Nº 3, DE 2 DE MARÇO DE 2011

Art. 1º Instituir, no âmbito do Instituto Nacional de Estudose Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, a Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente, a qual se constitui de uma avaliação para subsidiar a admissão de docentes para a educação básica no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

quinta-feira, 3 de março de 2011

@ Ensino religioso

Oração subordinada

Objeto de disputas, o ensino religioso tem sido praticado mais como eco das crenças de quem ensina do que como olhar sobre um objeto variado e multifacetado. Decisão do Superior Tribunal Federal sobre o ensino confessional poderá criar novo marco legal.

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Laicidade - Educadores e responsabilidade política

@ Ciência

Attico Chassot - Ciência como produção cultural

Ao refletir sobre a educação científica no Brasil, químico e educador gaúcho defende que o ensino leve em conta a história e a filosofia da ciência - e que seja "indisciplinar"

No próximo dia 13 de março, Attico Chassot completará 50 anos de docência. Em seus primeiros anos como professor, deu aulas de matemática, ciências naturais e química para alunos das etapas que correspondiam aos ensinos fundamental e médio de hoje. A partir de 1966 passou a dar aulas no ensino universitário, tendo se aposentado como professor titular do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no princípio dos anos 90.

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REVISTA EDUCAÇÃO - EDIÇÃO 166

@ Educomunicação

Educomunicação pode combater evasão no ensino médio

Incentivar estudantes a produzirem informações pode tornar as aulas mais interessantes e combater a evasão. Essa é a avaliação do especialista em educomunicação, Ismar de Oliveira Soares, que neste mês lança o livro “Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação”.

Para ele, “a educomunicação é um conjunto de ações que visam criar ecossistemas comunicativos voltados para a prática da cidadania”.

Além do livro, Soares participou do lançamento do curso de licenciatura em Educomunicação da Universidade de São Paulo (USP), na última segunda-feira (28/2).

leia na íntegra

Comunicação e Educação (USP)