Hot-air balloon festivals

Hot-air balloon festivals

terça-feira, 31 de maio de 2011

@ Filhos

Filhos são do mundo

Por José Saramago

Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos. Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.

Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.

E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!

Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles. Santo anjo do Senhor…

É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas ‘crias’, que mesmo sendo ‘emprestadas’ são a maior parte de nós !!!

“A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver “

@ The MozART Group



The MozART Group

@ Quino

Quino, o cartunista argentino autor de Mafalda, desiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartoon o seu sentimento:















@ MacDonald's

Decanos da Saúde Pública brasileira interpelam Ministro da Saúde sobre a parceria com o McDonald's

Senhor Ministro Alexandre Rocha Santos Padilha, acabamos de tomar conhecimento do envolvimento do Ministério da Saúde em campanha publicitária da rede de lanchonetes da empresa McDonald’s no Brasil.

A nosso ver, este envolvimento não se coaduna com o histórico do Ministério da Saúde na promoção da segurança alimentar e nutricional da população brasileira e com a elogiável prioridade que sua gestão tem consignado para a promoção da alimentação saudável e para o controle das doenças crônicas não transmissíveis.

leia na íntegra

Carta ao Ministro de Estado da Saúde

SOS Mata Atlântica

Mapeamento da Mata Atlântica

Agência FAPESP – A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgaram em 26 de maio os dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica com a situação de 16 dos 17 estados em que o bioma está presente no período de 2008 a 2010.

Da área total do bioma, 1.315.460 km², foram avaliados 1.288.989 km², o que corresponde a 98%. Foram analisados os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

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Os dados e mapas podem ser acessados clicando aqui.

Os dados do estudo apontam desflorestamentos verificados no período de 31.195 hectares, ou 311,95 km². Desses, 30.944 hectares correspondem a desflorestamentos, 234 a supressão de vegetação de restinga e 17 a supressão de vegetação de mangue.

Entre os estados avaliados em situação mais crítica estão Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Paraná, que perderam, entre 2008 e 2010, 12.467, 7.725, 3.701 e 3.248 hectares, respectivamente. A esses números, somam-se desflorestamentos de 1.864 hectares no Rio Grande do Sul, 579 em São Paulo, 320 em Goiás, 247 no Rio de Janeiro, 237 no Espírito Santo e 117 hectares em Mato Grosso do Sul.

Tributação Transparente II

@ Tributação Transparente I

segunda-feira, 30 de maio de 2011

@ Frei Betto

Os gays e a Bíblia

Por Frei Betto

É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos.

[...]

Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei.

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@ Escola Verde



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Primeira escola verde do Brasil já “dá frutos” no Rio

Beneficiados pela iniciativa, alunos da rede pública afirmam que estão "num padrão acima" das escolas particulares

É na zona oeste da cidade do Rio que foi instalada a primeira escola verde do país. Resultado de uma parceria público-privada, está localizada no bairro de Santa Cruz, que possui um dos IDHs mais baixo da capital: 0,742. Quanto mais perto de 1, mais desenvolvida é a região - na Gávea, bairro nobre da zona sul carioca, o índice é 0,970.

Novidade que chama a atenção dos moradores, o Colégio Estadual Erich Walter Heine conta com painéis solares, reaproveitamento da água da chuva, iluminação natural e, claro, área para reciclagem. Embora aberta há apenas três meses, a escola já dá frutos: tem gente levando para casa o que aprendeu na sala de aula. “Meu pai montou um sistema de captação da água da chuva lá em casa”, conta o estudante Hebert Elias Sanches, de 17 anos. “Usamos para lavar a roupa, limpar o quintal e sanitários. A conta d’água está mais barata”, afirma.

Na escola, além de lições de sustentabilidade, o ensino é profissionalizante. Alunos de 14 a 17 anos recebem aulas técnicas de administração. Em meio a ensinamentos de logística e afins, também chama atenção dos estudantes o “telhado verde”, que pode ser visitado pela comunidade escolar. E, no futuro, também por moradores, já que a direção faz planos de abrir as portas do colégio nos finais de semana. Funciona assim: plantas espalhadas pela cobertura ajudam a reter a água da chuva, reduzir o calor e, de quebra, neutralizar as emissões de carbono.

Painéis solares aquecem a água do vestiário, mas a economia de energia também é garantida por lâmpadas LED e sensores de presença que desligam automaticamente luzes e aparelhos de ar-condicionado na ausência de pessoas no local.

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Primeira escola com certificado sustentável do Brasil é carioca

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domingo, 29 de maio de 2011

@ JOVAED 2011

JOVAED – Jornada Virtual ABED de Educação a Distância será realizada de 10 a 21 de Junho de 2011.

Tema: “O Aprendiz de EAD no Brasil – Quem é, do que Precisa?”

A JOVAED será gratuita e qualquer interessado pode participar virtualmente das atividades oferecidas. Os inscritos terão direito a Certificado de participação emitido ao final do evento pela ABED.

Inscrições

Programação

A JOVAED envolverá inúmeras atividades síncronas e assíncronas em múltiplas plataformas, como: listas de discussão, ambientes virtuais de aprendizagem, redes sociais, blogs e microblogs, wikis, imagens, vídeos, webconferências, games e mundos virtuais, dentre outras ferramentas web 2.0.

As atividades serão coordenadas por profissionais de destaque na prática e reflexão sobre EaD, no Brasil e no exterior.

Portanto, reserve na sua agenda o período de 10 a 21 de Junho de 2011 para participar das inúmeras atividades que serão realizadas durante a JOVAED – contamos com a sua presença e divulgação para sua rede!

@ Junto aos pais

Escolas resgatam o almoço em família

Colégios criam espaço e estimulam pais a fazer refeições com filhos durante a semana, algo cada vez mais raro

Objetivo é aproximar a família do ambiente escolar e fornecer aos "pais apressados" um tempo com seus filhos

Como quem não quer nada, João Pedro, 6, contou ao pai, o analista de sistemas Marco Antonio Chaves, 37, que alguns colegas almoçavam com os pais na escola.

Foi a deixa para a estreia de Marco Antonio no refeitório do colégio São Luís, na capital, na quinta-feira.

Diante de casais cada vez mais ocupados com o trabalho, colégios particulares de São Paulo e outros Estados têm oferecido a opção de os pais "fugirem" do escritório para almoçar com os filhos que fazem atividades extracurriculares durante a tarde.

Ao menos 20 colégios ouvidos pela Folha (na capital, interior e outros Estados) aderiram à iniciativa. Além de observar como o filho se alimenta, é uma tentativa de resgatar o almoço em família.

O encontro é aberto a pais de alunos de todas as idades, mas acaba funcionando mais com crianças de até dez anos, dizem as escolas.

Rede pública deveria fazer o mesmo, diz pedagoga

Especialistas apoiam almoço na escola como forma de interação

Colégios, no entanto, devem dar suporte aos alunos cujos pais não podem fazer o mesmo, afirmam educadores

Especialistas ouvidos pela Folha apoiam o almoço de pais nas escolas como uma forma de interação com seus filhos. As instituições de ensino devem, no entanto, segundo eles, dar suporte àqueles cujos pais não podem fazer o mesmo.

O almoço em família deveria ser replicado inclusive nas escolas públicas, na opinião de Maria Márcia Sigrist Malavasi, coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

"Lamentavelmente, é uma opção excelente que não está posta na escola pública", afirma a pedagoga.

Segundo a docente, o almoço é uma forma de interagir com os filhos e seus colegas, além dos professores.

"O que mais se fala é em participação dos pais na vida escolar, que não deve ser só ao buscar o boletim ou ir à festa junina", disse.

Deixar de oferecer a opção do almoço com os pais porque outras crianças podem se frustar não é correto, diz a especialista -assim não haveria festa do Dia das Mães, por exemplo.

"O ideal é encontrar alternativas, como os tios ou avós, ou mesmo o pai do coleguinha envolvê-lo."

"As crianças hoje em dia sabem quando os pais não podem ficar, eles entendem melhor", diz Ilse Sparovek, do Colégio Humboldt.

Proteger outras crianças cujo pai não pode almoçar na escola não é saudável, diz Lino Macedo, do Instituto de Psicologia da USP.

"As comparações são inevitáveis. "É uma bom motivo para uma roda de discussão, de que não é porque o pai não foi que ele não gosta de mim", diz Lino.

Segundo o professor, o horário de almoço é uma boa hora de conviver com o filho, em comparação ao início da noite. "À noite a criança já está sonolenta ou cansada para conversar."

Publicado no jornal Folha de S.Paulo, 29/05/11.

@ Juventude

Eles seguem mudando o mundo

Os jovens voltaram às ruas, mas o jeito de protestar mudou. Sem partido,
sem líderes, lutam por causas e tomam decisões por consenso.

confira - pág. 7-10

@ Passáros do Cerrado

O triste futuro dos pássaros do cerrado

Aquecimento global obrigará espécies endêmicas a mudar de endereço até 2099 revela estudo da Zoologia

Pesquisa inédita do professor Miguel Ângelo Marini, chefe do Departamento de Zoologia da Universidade de Brasília, com colaboradores brasileiros e franceses, mostra que as mudanças climáticas empurrarão 38 espécies de pássaros do cerrado para o sudeste brasileiro até 2099. O trabalho de Marini e colaboradores partiu das previsões do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), grupo internacional de pesquisadores que estuda o aquecimento do planeta.

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Revista Darcy, Nº 6, Maio e Junho de 2011.

DARCY – a revista de jornalismo científico e cultural da UnB – tem tiragem de 25 mil exemplares. É publicada desde 2009 e tem como objetivo divulgar a produção científica e cultural da UnB. A revista é distribuída gratuitamente nos quatro campi da UnB e também é entregue aos professores de ensino médio das redes pública e particular do DF. Os interessados em receber a publicação devem entrar em contato pelo email revistadarcy@unb.br
ou telefonar para a Secretaria de Comunicação da UnB (3307 2909).

@ Nóis podi vivê caladin?

Por Cilene Rodrigues

Ph.D. em linguística e professora da University College London

Resposta ao título deste artigo é: podemos, mas seremos castigados. Quando o assunto é educação, nós, brasileiros, adoramos nos comparar com outros países. O que é normal, já que ocupamos o 73º lugar no ranking mundial para o índice de desenvolvimento humano. Então, para não perder o costume, aqui vai outra comparação: o debate em torno do livro Para uma vida melhor e a tentativa de legitimação do inglês afro-americano.

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"[...] Merecemos respeito naquilo que nos identifica como indivíduos e como parte de um grupo social: a maneira de nos expressar. Temos também o direito de aprender. Aprender outras línguas, outros dialetos. Aprender que a expressão “tá legal, eu aceito o argumento, mas não altere o samba tanto assim” não é de William Shakespeare, mas de Martinho da Vila. Mas para fazer valer nossos direitos é preciso romper com o estabelecido, subverter as regras, dar o grito, não importa em que variante linguística. A verdade é que nessa selva, onde predominam os interesses da classe dominante, toda mudez será castigada."

@ Indignação

Nota de repúdio às piadas de mau gosto do “humorista” Rafinha Bastos

A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) vem a público manifestar sua indignação pela maneira como o “humorista” Rafinha Bastos, da TV Bandeirantes, faz piadas com os temas estupro, aborto, doenças e deficiência física. Segundo a edição desse mês da Revista Rolling Stone, durante seus shows de stand up, em São Paulo, ele insulta as mulheres ao contar anedotas sobre violência contra as mulheres.“Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho. Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade. Homem que fez isso [estupro] não merece cadeia, merece um abraço”. Isso não é humor, é agressão gratuita, sem graça, dita como piada. É lamentável que uma pessoa - considerada pelo jornal The New York Times como a mais influente do mundo no twitter -, expresse posições tão irresponsáveis e preconceituosas. Estupro é crime hediondo e não requer, em nenhuma hipótese, abordagem jocosa e banalizada.

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@ Laicidade

ONU critica imposição de ensino religioso em escolas públicas

Além de desrespeito à laicidade do Estado brasileiro, relatora denuncia "intolerância e racismo"

Centenas de escolas públicas em pelo menos 11 Estados do Brasil não seguem os preceitos do caráter laico do Estado e impõem o ensino religioso, alerta a Organização das Nações Unidas. Em relatório a ser apresentado na semana que vem ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, a situação do Brasil é criticada.

O documento foi preparado pela relatora da ONU para o direito à cultura, Farida Shaheed, que também alerta que intolerância religiosa e racismo "persistem" na sociedade brasileira. A relatora apela por uma posição mais forte por parte do governo para frear ataques realizados por "seguidores de religiões pentecostais" contra praticantes de religiões afro-brasileiras no País. Uma das maiores preocupações é o com o ensino religioso, assunto que pôs Vaticano e governo em descompasso diplomático.

Os Estados citados por Farida, que visitou o País no final do ano passado, são Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A relatora diz ter recolhido pedidos para que o material usado em aulas de religião nas escolas públicas seja submetido a uma revisão por especialistas, como no caso de outros materiais de ensino. Além disso, "recursos de um Estado laico não devem ser usados para comprar livros religiosos para escolas", esclarece.

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@ Resistência III

sábado, 28 de maio de 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

@ Entrevista



Entrevista com o professor Ataliba Castilho sobre o livro "Por uma Vida Melhor"

@ Homofobia

Decisão da presidente divide educadores

Especialistas divergem se é papel da escola ser a transmissora desse tipo de orientação aos adolescentes

A decisão da presidente Dilma Rousseff de proibir a circulação dos vídeos e da cartilha contra a homofobia tem gerado controvérsia entre especialistas. Mais que o debate sobre o conteúdo dos vídeos, a questão recai sobre o fato de ser ou não papel do Estado atuar nesse assunto.

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Roteiro. São três os vídeos da série "Escola contra homofobia" vetados pela presidente. O primeiro, Probabilidade, conta a história de Leonardo, um adolescente que se muda de cidade e é obrigado a deixar a namorada. De repente, ele se vê atraído e com vontade de beijar o primo de seu melhor amigo. No início, Leonardo se assusta com a possibilidade de ser gay. No dia seguinte, durante a aula, uma colega também lhe atrai. Por fim, Leonardo se convence que não precisa decidir se gosta só de garoto ou de garota.

O segundo, Torpedo, conta a história de duas adolescentes flagradas pelos colegas de escola. Depois de conversarem sobre o assunto, decidem assumir o namoro e enfrentar os olhares de reprovação.

Por fim, Encontrando Bianca é o depoimento de um jovem que sofreu até ser aceito pelos colegas. Hoje, ele frequenta as aulas vestido com roupas femininas e diz que há professores que ainda o chamam de José Ricardo, seu nome de batismo. "Será que é tão complicado anotar outro nome ao lado do que está na chamada?", pergunta o narrador

@ Livro didático

Linguista atribui à ''ignorância'' críticas sobre livro didático

Nos últimos dias, a polêmica em torno do livro didático Por uma vida melhor, destinado à Educação de Jovens e Adultos (EJA), reacendeu o debate sobre o preconceito linguístico ainda presente no país. Em um capítulo sobre as diferenças entre a norma culta e a popular da língua portuguesa, a obra afirma que a expressão “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado” pode ser usada em determinadas situações.

Para analisar o tema, o Portal Aprendiz entrevistou o escritor, professor e linguista, Marcos Bagno. Autor de vários estudos acadêmicos sobre o ensino da língua portuguesa no Brasil, há anos Bagno se dedica a investigar a variação linguística e os preconceitos que decorrem dela. Seu livro, Preconceito linguístico: o que é, como se faz (Ed. Loyola), lançado em 1999, é considerado um dos principais registros sobre o assunto no Brasil.

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@ Festa Junina

10 dicas para organizar uma festa junina educativa

É possível fazer uma festa junina legal e ainda comprometida com a aprendizagem das crianças e dos adolescentes

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quinta-feira, 26 de maio de 2011

@ Diversidade Sexual

Escola é determinante para o fim da homofobia, diz pesquisador

Segundo Gustavo Venturi, quem mais estudou discrimina menos. Especialistas lamentam suspensão do kit contra homofobia nas escolas

Sozinha, a escola não será capaz de combater o preconceito contra gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis. Mas o ambiente escolar é o local mais promissor para por fim à homofobia. Essa é conclusão de um estudo realizado pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo Stiftung (RLS), em 150 municípios brasileiros em todas as regiões do País. Por isso, Gustavo Venturi, coordenador do estudo, defende que o debate sobre esse tipo de discriminação faça parte das aulas, inclusive na infância.

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Veja o estudo "Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil"

Apresentação

quarta-feira, 25 de maio de 2011

@ Tempo de aprendizagem

Atividades burocráticas consomem 34% das aulas brasileiras

Segundo estudo do Banco Mundial, aproveitamento está aquém do da OCDE

No Brasil, em média, 34% do tempo de aula é utilizado em tarefas burocráticas, como a realização da chamada de presença ou a distribuição de deveres de casa. Ou seja, o aproveitamento da aula para ensino efetivo não ultrapassa os 66%. Segundo estudo do Banco Mundial, essa média fica bastante aquém da dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em que 85% do tempo é usado para o aprendizado

Acesse aqui o sumário executivo do estudo divulgado no site do Todos pela Educação.

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Metodologia

O estudo, coordenado por Barbara Bruns, economista principal do Banco Mundial para Educação na America Latina, utiliza uma nova metodologia para a observação de sala de aula chamada de "Stallings". "Esse método tem variáveis, como o uso do tempo, o uso de livros, do quadro-negro, de tecnologias da informação, se o professor está fazendo atividades de perguntas e respostas", explica Barbara.

Baixe aqui a apresentação de Barbara Bruns

E você? Quanto tempo de uma aula de 50 minutos você consegue destinar ao processo ensino-aprendizagem? Para você, quais são as principais dificuldades para ampliar esse tempo? A indisciplina dos alunos? Procedimentos burocráticos?

@ Crianças - e Adolescentes - Primeiro!

terça-feira, 24 de maio de 2011

@ Redações

Alunos do ensino fundamental não sabem o mínimo em português, diz estudo

Projeto de Rio Preto reúne acervo inédito com mais de 5 mil redações

Uma pesquisa do Instituto de Biociências e Ciências Exatas (Ibilce), Câmpus de São José do Rio Preto, constata que estudantes dos últimos cinco anos do ensino fundamental têm problemas de pontuação e ortografia incompatíveis com seu nível de escolaridade. A conclusão é de uma análise de redações de alunos de uma escola pública do município – um acervo inédito com mais de 5 mil textos de crianças de 5ª a 8ª séries (respectivamente, os atuais 6º e 9º anos).

“Verificamos grande incidência de erros inesperados para a idade escolar dos alunos”, diz a orientadora do projeto, a linguista Luciani Ester Tenani, professora do Ibilce. Entre os exemplos, ela cita ‘em bora’, ‘concertesa’, ‘veveram’ e ‘agente’. Segundo a pesquisadora, o nível de letramento desses jovens está abaixo do que determinam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Esses indicadores estabelecem o conhecimento mínimo que os concluintes de cada série escolar devem ter.

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Por que os estudantes erram?

Um estudo de mestrado de Marília Costa Reis com base nas redações recolhidas aponta algumas tendências linguísticas dessas grafias incorretas. Ela traçou as diretrizes ao observar “pistas” deixadas pelos autores dos textos.

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@ Pesquisa

DICAS PARA PESQUISAR NO GOOGLE

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Conheça outras dicas de pesquisa no Google

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Bê-a-bá da Internet

Ensinar com Internet

@ Língua Portuguesa

ABL discorda da posição do MEC

Agência FAPESP – A corrente discussão sobre a tolerância em relação a alguns desvios de linguagem é importante para os pesquisadores científicos, de que em geral as entidades universitárias e de fomento à pesquisa exigem que apresentem seus relatórios e projetos redigidos de acordo com a norma culta da língua portuguesa vigente.

A respeito desse tema, a Academia Brasileira de Letras divulgou a nota abaixo reproduzida.

"O Cultivo da Língua Portuguesa é preocupação central e histórica da Academia Brasileira de Letras e é com esta motivação que a Casa de Machado de Assis vem estranhar certas posições teóricas dos autores de livros que chegam às mãos de alunos dos cursos Fundamental e Médio com a chancela do Ministério da Educação, órgão que se vem empenhando em melhorar o nível do ensino escolar no Brasil.

Todas as feições sociais do nosso idioma constituem objeto de disciplinas científicas, mas bem diferente é a tarefa do professor de Língua Portuguesa, que espera encontrar no livro didático o respaldo dos usos da língua padrão que ministra a seus discípulos, variedade que eles deverão conhecer e praticar no exercício da efetiva ascensão social que a escola lhes proporciona. A posição teórica dos autores do livro didático que vem merecendo a justa crítica de professores e de todos os interessados no cultivo da língua padrão segue caminho diferente do que se aprende nos bons cursos de Teoria da Linguagem. O nosso primeiro e grande linguista brasileiro, Mattoso Câmara Jr., nos orienta para o bom caminho nesta lição já de tantos anos, mas ainda oportuna, a respeito da qual devem refletir os autores de obras didáticas sobre a língua materna: "Assim, a gramática normativa tem o seu lugar no ensino, e não se anula diante da gramática descritiva. Mas é em lugar à parte, imposto por injunções de ordem prática dentro da sociedade. É um erro profundamente perturbador misturar as duas disciplinas e, pior ainda, fazer linguística sincrônica com preocupações normativas" (Estrutura da Língua Portuguesa, 5). O manual que o Ministério levou às nossas escolas não o ajudará no empenho pela melhoria a que o Ministro tão justamente aspira."

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segunda-feira, 23 de maio de 2011

@ TICs

Tecnologias na escola

Como explorar o potencial das tecnologias de informação e comunicação na aprendizagem.

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@ Educação integral

Boas notícias

Esperanças em um projeto público de educação integral

Por José Pacheco (*)

A "educação integral" é tema recorrente desde a Antiguidade clássica: já Aristóteles dela falava. Na modernidade, Claparède e Freinet preconizaram uma educação integral ao longo de toda a vida. No Brasil, os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), criados na primeira gestão de Brizola, são a concretização (abortada) da ideia de escola pública de tempo integral proposta por Anísio Teixeira. E, há mais de trinta anos, Lauro de Oliveira Lima escrevia, em Mutações em educação segundo McLuhan (Vozes, 1979): "A expressão ´escola de comunidade` procura significar o desenquistamento isolacionista da escola tradicional. Escola, no futuro, será um centro comunitário. Não só a escola utilizará como instrumento ´escolar` o equipamento coletivo, como a comunidade utilizará o local da escola como centro de atividade. A escola não se reduzirá a um lugar fixo murado, tornando-se, verdadeiramente, uma atividade pública (...) nos escritórios, fábricas, granjas, agências, repartições...".

Se funcionarem em tempo integral, as escolas serão de educação integral, ou não serão escolas, dado que terão de contribuir para o desenvolvimento pessoal e social, no exercício de uma pedagogia do lugar. Muitas experiências de educação em tempo integral de que tenho conhecimento são tímidas, consistem em meros projetos de "contraturno". Reconheço mérito nessas experiências. Porém, seus efeitos são limitados. Com frequência, esses projetos são condicionados pela racionalidade e modelo escolar - é fomentada uma ocupação saudável dos tempos extraescolares, despendidos avultados recursos, obtendo-se retorno escasso. Na perspectiva reducionista como vem sendo interpretado em múltiplos lugares, o projeto de "escola de tempo integral" apenas visa "ocupar tempos livres" ou "assegurar atividades em contraturno" e poderá significar o reforço da desculpabilização curricular, contribuindo para a legitimação de práticas obsoletas. Em contrapartida, é-me dado o privilégio de acompanhar algumas práticas, que poderei designar de "educação integral, numa escola socialmente integrada e em tempo integral". Ainda que embrionárias, visam a sustentabilidade dos seus projetos. Partindo de desejos e necessidades sentidas pelos atores locais, esses projetos acontecem a todo o momento e em múltiplos espaços. Requerem descentralização, questionamento do modelo de relação hierárquica, negociação e contrato, iniciativas culturais, disponibilização de equipamentos coletivos, flexibilidade na organização, respeito pela diversidade.

É conhecida a minha relutância relativamente a iniciativas provindas dos centros dos sistemas educativos. Mas, quando tive oportunidade de participar de um evento organizado pelo MEC, confirmei o velho aforismo que nos diz que só um jegue velho não muda de opinião. Assisti a depoimentos de secretarias de educação e de universidades envolvidas no "Mais Educação".

Recolhi dados da avaliação, ouvi falar de currículo na educação integral e de estratégias para implantar a educação integral no Brasil. Falou-se de educação integral e não de meras "escolas em tempo integral". Acredito que a adjetivação não seja ornamento do discurso, porque também por lá se falou de Paulo Freire e de uma educação integral do sujeito, produtora de conhecimento - não apenas "para", mas "na" cidadania. Nunca fui puxa-saco, mas devo admitir algo, que não suspeitava pudesse acontecer: reacendeu-se em mim a esperança, por inimagináveis caminhos, encetados por uma equipe ministerial competente coordenada por uma Jaqueline que sabe aonde (e como) quer chegar.

(*) José Pacheco é Educador e escritor, ex-diretor da Escola da Ponte, em Vila das Aves (Portugal)
josepacheco@editorasegmento.com.br

artigo publicado na Revista Educação, edição nº 169.

@ Fracasso de público

Dois anos após o anúncio de suas metas, o Plano Nacional de Formação de Professores dá sinais de que naufragou. Falta de sintonia entre entes federados é um dos problemas.

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@ Ensino Médio

O ensino médio e seus caminhos

Programas governamentais miram a integração entre a educação profissional e o ensino médio tradicional e a flexibilização do currículo, com a introdução de disciplinas optativas para que alunos possam construir seu percurso de aprendizado.

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domingo, 22 de maio de 2011

@ Mulheres Invisíveis



Documentário da SOF (Sempreviva Organização Feminista) mostra a inserção desigual das mulheres no mercado de trabalho e debate o papel do trabalho doméstico.

sábado, 21 de maio de 2011

@ Guia de Direitos

Site reúne informações e esclarecimentos sobre direitos dos cidadãos

Guia de Direitos visa “reunir e centralizar informações que potencializem e garantam os direitos da população”. Lá é possível saber mais sobre os direitos dos cidadãos em diferente áreas: educação, saúde, trabalho, renda, cultura, lazer, segurança, justiça e cidadania.

@ Vote na Web

Site acompanha a votação dos Projetos de Lei no Congresso Nacional

O site Vote na Web apresenta os projetos de lei que serão votados no Congresso Nacional. Você pode acompanhar os projetos de seu interesse, além de dar a sua opinião.

@ Livro didático

Posicionamento da Associação Brasileira de Lingüística -
ABRALIN sobre a polêmica do livro didático


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sexta-feira, 20 de maio de 2011

@ Norma Culta

À classe média arrogante e iletrada

confira post publicado no Blog da Cidadania

Escritores falam sobre o ensino da língua portuguesa no Brasil

assista o video do programa "Entre Aspas" sobre o assunto, clique aqui.

@ Homofobia





Veja vídeos do kit anti-homofobia do MEC

Material que pode chegar a 6 mil escolas é questionado por setores conservadores no Congresso

@ OBMEP 2011

As inscrições para a 7º Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas estão abertas até o dia 03 de junho e devem ser feitas pelas próprias escolas pelo site (clique aqui). Cada instituição deve indicar o número total de seus alunos inscritos em cada nível. Podem participar estudantes de escolas municipais, estaduais e federais de todo o país.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

@ Stephen Hawking

''O céu não existe, é um conto de fadas'', afirma Stephen Hawking

Em uma entrevista exclusiva ao jornal The Guardian, o cosmólogo compartilha seus pensamentos sobre a morte, a Teoria-M, o propósito humano e o destino da nossa existência.

A reportagem é de Ian Sample, publicada no sítio The Guardian, 15-05-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto e revisada pela IHU On-Line.

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Ciência, verdade e beleza: as respostas de Hawking

@ Ciep 1º de Maio



Por dentro da melhor escola municipal do Rio

Escola entre favelas consegue resultados de países ricos no Rio

Mesmo no meio de duas violentas favelas os alunos do do Ciep 1º de Maio, escola municipal na zona oeste do Rio, vêm obtendo em avaliações externas resultados similares à média de nações ricas.

Em todas as salas de aula, as paredes estão repletas de cartazes com lições, regras e textos de motivação. Nas turmas de alfabetização, cada aluno tem na mesa um adesivo com seu nome em letra de forma e cursiva. Livros ficam soltos pelas salas e mesas nos corredores.

Na semana passada, a prefeitura divulgou que a unidade é a melhor escola municipal do Rio, com nota 8,1. Na avaliação municipal, superou o patamar da Finlândia (7,5).

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@ Infância Livre

@ Concurso Internética 2011

@ Esquecer para saber

Por Rubem Alves

A menina me disse que eu teria de esquecer o que sabia para poder ver aquilo que eu não via... Que menina? Aquela sobre quem escrevi. Caminhávamos juntos, ela me mostrava e me explicava a sua escola, na Vila das Aves, em Portugal. Eu teria de esquecer para poder ver... Quem lhe ensinara isso, essa estranha pedagogia da desaprendizagem? Não podia ter sido Roland Barthes...

Barthes, ao sentir a velhice chegando, disse esta coisa surpreendente: que chegara a sua hora suprema, a hora do esquecimento, tempo de desaprender os saberes que havia aprendido. Posso imaginar o espanto que essa declaração deve ter provocado no erudito público acadêmico presente a sua aula.

Esquecer, desaprender: são o oposto daquilo que as escolas e professores pedem aos alunos. Os professores perguntam e os alunos, se tiverem memória boa, respondem e tiram boas notas... Esquecer é o contrário: perder, abrir mão, deixar ir. E, na lógica banal da razão do cotidiano, esquecimento é sempre empobrecimento. Barthes aponta na direção oposta. Teria ficado senil?

Quem responde é o poeta T. S. Eliot, num curtíssimo-cortante aforismo: "Num país de fugitivos, aquele que anda na direção contrária parece estar fugindo".

Barthes caminha na direção contrária. Ele nos conduz a um outro mundo. Suspeito que ele tenha aprendido do Taoismo. Pois é isso que está lá dito, no poema de número 48 do "Tao-Te-Ching": "Na busca do conhecimento a cada dia se soma algo. Na busca do Caminho da Vida a cada dia se diminui algo".

Esquecer é diminuir; desaprender é diminuir. Barthes não está sozinho em sua caminhada na direção contrária. Lichtenberg tinha uma ideia parecida: "Atualmente procura-se divulgar a sabedoria por toda a parte: quem sabe se daqui a poucos séculos não haverá universidades destinadas a restabelecer a antiga ignorância?".

Alberto Caeiro é de opinião semelhante. "O essencial é saber ver - Mas isso (triste de nós que trazemos a alma vestida!), Isso exige um estudo profundo, Uma aprendizagem de desaprender..." "Procuro despir-me do que aprendi, Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos, Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras, Desembrulhar-me e ser eu..."

Barthes se referiu ao esquecimento como "a força da força viva". Por quê? Ele mesmo responde, mostrando que o esquecimento é um processo pelo qual o corpo "raspa" de sua pele as sedimentações operadas pelo passado, mortas, da mesma forma como o navegador raspa a craca marisca que grudou no casco do seu barco. Raspada a craca, o barco rejuvenesce.

Encantam-me os eucaliptos velhos, suas cascas duras, rugosas, grossas, escuras, rachadas. Repentinamente elas se soltam: debaixo delas surge um eucalipto rejuvenescido, casca verde-creme, lisa, sobre ela a mão desliza com prazer. Nós, humanos, para renascer, temos de esquecer -abandonar a casca velha para que a nova apareça. As cascas vazias das cigarras presas aos troncos das árvores são um passado subterrâneo que teve de ser abandonado para que o ser voante nascesse. Esse é o caminho da educação...

Mas a menina me fez pensar outros pensamentos que eu nunca tinha pensado. Eu os guardo para depois...

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@ Língua Portuguesa

Barrigadas e nado cachorrinho

Por Dad Squarisi

O pai considera o filho pra lá de talentoso. Amante da água, o garotão promete. Mergulha sem medo. Boia. Bate pernas e braços (meio descompassado) na tentativa de atravessar a piscina. A respiração ofegante não ajuda, mas ele alcança a borda. O paizão, orgulhoso, decide investir no rapazinho. Contrata um instrutor.

Três meses depois, arranja um tempinho pra assistir aos treinos. Ops! Esperava mergulhos de ponta, respiração cadenciada, movimento ritmado de cabeça, braços e pernas, luta contra o cronômetro. O que vê? Nada mais que o repeteco do desempenho anterior. Questionado, o técnico responde:

— Calma. Corrigir traumatiza. Temos de respeitar o ritmo dele. Um dia ele passa pra patamar superior.

Enquanto isso, os futuros campeões se exercitam. Investem horas diárias em musculações, braçadas e superação de dificuldades. Feriados e fins de semana não significam descanso, mas chance de avançar. Eles sabem que a medalha olímpica não cai do céu nem salta do inferno.

É resultado da conjugação de três virtudes: empenho, empenho e empenho. Se sobrar um tempinho, mais empenho.

Na hora do pega pra capar, quem tem chance de se destacar? A escolha começa no clube. Os melhores receberão treinamento avançado. Primeiro no Brasil, depois no exterior.

Cada vez mais competitivos, ganharão patrocínios e bons contratos. Disputarão torneios internacionais. Exibirão ouros no peito. E o garotão? Mudou de turma, mas continua nas barrigadas e no nado cachorrinho.

A analogia vale para o ensino da língua portuguesa. Livro didático que considera corretas construções como “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado” e “nós pega o peixe” abre caminho pra lanterninhas. Os da rabeira são os expulsos das oportunidades. Sem compaixão ou paternalismos, as boas universidades lhes fecharão as portas. Os concursos públicos parecerão miragem. A disputa por direção ou assessoria em empresa privada tropeça nos campeões. “Quem nasce pra tostão não chega a milhão”, conformam-se eles.

Ufa! Finalmente aprenderam a lição que a escola lhes ensinou.

Publicado no jornal Correio Braziliense, em 19/05/11.

@ SVR 2011



XIII Simpósio de Realidade Virtual e Aumentada
Maio 23-26/2011 - Uberlândia - Minas Gerais - Brasil

quarta-feira, 18 de maio de 2011

@ Manifestação

@ Prêmio

Abertas inscrições para Prêmio Alexandrino Garcia 2011

confira

A edição de 2011 do Prêmio Alexandrino Garcia – Categoria Educação já está com as inscrições abertas. O prazo para envio dos relatos vai até dia 30 de junho.

O Prêmio Alexandrino Garcia – Categoria Educação é uma iniciativa do Instituto Algar que visa a reconhecer e a divulgar experiências educativas exemplares no tema “Meio Ambiente”.

Quem pode participar
Podem participar professores, supervisores educacionais, coordenadores pedagógicos, vice-diretores, diretores ou qualquer outro educador que atue no âmbito escolar.

Como participar
O participante deve enviar um relato de uma experiência educativa no tema “Meio Ambiente”.

Clique aqui e leia o regulamento completo.

Veja também o vídeo de divulgação do Prêmio. Clique aqui.

terça-feira, 17 de maio de 2011

@ Depoimento



O desabafo de quem se constrange

A protagonista de um dos vídeos de sucesso do YouTube desta semana — até a tarde de ontem, foram mais de 120 mil acessos —, é uma militante nata. Amanda Gurgel, a professora de língua portuguesa que virou heroína nacional depois de reclamar das condições de trabalho do ensino público, já foi dirigente do Centro Acadêmico de Letras e do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e, logo nas primeiras assembleias do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do estado de que participou, assumiu a postura de oposição. No ano passado, filiou-se ao Partido Socialista do Trabalhadores Unificado (PSTU).

Amanda chamou a atenção do país depois de seu discurso em uma audiência pública na Assembleia Legislativa do estado. “Os deputados deveriam estar todos constrangidos com a educação no estado do Rio Grande do Norte e no Brasil. Não aguentamos mais a fala de vocês pedindo para ter calma. Entra governo, sai governo e nada muda. Precisamos que algo seja feito pelo estado e pelo Brasil. O que nós queremos agora é objetividade”, desabafou. Desde então, o nome dela figura no Twitter entre os 10 assuntos mais comentados.

Aos 29 anos, Amanda leva vida simples: sai de casa às 5h50 e só retorna às 23h; pega três ônibus para chegar ao trabalho, estuda à noite e tem pouco tempo e dinheiro para o lazer. Professora desde os 21 anos, ele teve a primeira decepção com a profissão escolhida ao assumir uma turma em uma escola municipal de Natal. “A minha maior frustração foi quando vi que os alunos que estavam no sexto ano não tinham a menor proficiência para estar nessa série, eram analfabetos. Você se vê diante de uma turma que está necessitando de uma determinada formação para a qual você não está capacitada. Não fiz pedagogia, não sei alfabetizar”, desabafou.

O sonho de ser professora nasceu no cursinho pré-vestibular, mas hoje se perdeu. “Eu não sei dizer o que aconteceu, mas o sonho não é mais o mesmo, definitivamente.” A desmotivação, segundo ela, vem dos baixos salários, da falta de condições de trabalho e do analfabetismo dos alunos. Os empecilhos lhe renderam um problema de saúde, que ela prefere não revelar, mas que a afastou da sala de aula. Amanda atua na biblioteca e no laboratório de informática de uma escola municipal e outra estadual. “Assim como eu, existem muitos professores com problemas de saúde em decorrência do nosso trabalho.”

@ Jornal

Jornal da UFU ( Universidade Federal de Uberlândia )

Edição Atual – Maio de 2011

leia na íntegra

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

@ Subutilizados

Livros didáticos de Ciências são subutilizados, aponta dissertação

Material ainda é usado de forma tradicional em escolas públicas

A maioria de um grupo de professores do 6º ao 9º anos de escolas públicas das cidades de Taubaté, Pindamonhangaba, Caçapava e Tremembé, no Estado de São Paulo, ainda utiliza o livro didático de Ciências de forma convencional, ou seja, centralizando o processo de aprendizagem apenas no texto, na imagem e nos exercícios contidos nele, sem fazer uso de atividades complementares ou questionários extras. Foram entrevistados 102 professores, que responderam a um questionário específico para se saber como os profissionais usam um dos principais recursos didáticos em sala de aula.

confira

@ Desenho e Redação

Concurso de Desenho e Redação da Controladoria-Geral da União - CGU

confira regulamento

mais informações

Criança Cidadã - Portalzinho da CGU

@ Finlândia

Ministra finlandesa fala do desafio de oferecer uma boa educação

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País gelado, educação aquecida

domingo, 15 de maio de 2011

@ Geração Y

A geração Y e as novas relações trabalhistas.

Com a chegada dos Ys ao mercado de trabalho, a tendência é de que as empresas mudem algumas estratégias para atender as necessidades e ao comportamento desta geração que nasceu no final dos anos 1970 e durante a década de 1980. Algumas transformações já são evidenciadas hoje e o trabalho por resultados é cada vez mais comum. Segundo o administrador e consultor de empresas Sidnei de Oliveira, os trabalhadores passarão a desempenhar as atividades rotineiras em suas casas e algumas profissões permitirão maior flexibilização no horário de trabalho. “As pessoas irão mesclar o trabalho com a vida pessoal e buscarão exercer um pouco mais da vida pessoal no ambiente profissional porque, de alguma maneira, este já está invadindo a vida pessoal por conta dos equipamentos tecnológicos. (...) Essa talvez seja a grande transformação que veremos nos próximos anos”, aponta.

Em entrevista à IHU On-Line, concedida por telefone, ele enfatiza que o conceito de trabalho também precisará mudar, tendo em vista o uso constante das tecnologias e o perfil dos novos trabalhadores. “A remuneração vai ter de ser diferente, não mais baseada em hora/trabalho e, sim, na recompensa pelo valor que se agrega ao trabalho, independe de quantas horas sejam dedicas para isso”. Como trabalho e vida pessoal estarão ainda mais entrelaçados, as pessoas também terão de aprender a gostar da atividade profissional e compreendê-la como uma diversão. “Quando o profissional descobre o trabalho como uma razão da sua existência, começa a se divertir com ele”.

Confira a entrevista.

Oliveira desenvolve soluções em programas educacionais e comportamentais para mais de 30 mil profissionais em empresas como Vale do Rio Doce, Petrobras, Gerdau, TAM. Formado em Marketing e Administração de Empresas, é autor de vários livros entre os quais citamos Geração Y - Ser potencial ou ser talento? - Faça por merecer; Geração Y - O nascimento de uma nova versão de líderes – 2010; e Chefe e Funcionário - A batalha Final – 1995. Atualmente é sócio-fundador da Kantu Educação Executiva, vice-presidente do Instituto Atlantis de prevenção ambiental, consultor-associado da Empreenda Consultoria e membro da administração da Creditem Cartões de Crédito.

sábado, 14 de maio de 2011

@ Concordância

Nota Pública: Livro para adultos não ensina erros

Livro distribuído pelo MEC defende errar concordância

Um livro didático para jovens e adultos distribuído pelo MEC a 4.236 escolas do país reacendeu a discussão sobre como registrar as diferenças entre o discurso oral e o escrito sem resvalar em preconceito, mas ensinando a norma culta da língua.

Um capítulo do livro "Por uma Vida Melhor", da ONG Ação Educativa, uma das mais respeitadas na área, diz que, na variedade linguística popular, pode-se dizer "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado".

Em sua página 15, o texto afirma, conforme revelou o site IG: "Você pode estar se perguntando: 'Mas eu posso falar os livro?'. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico".

confira

Notas dos autores de Língua Portuguesa da Coleção Viver, Aprender

Secad-MEC esclarece

Variação linguística

Um livro didático de Português que ensina a falar errado… Que explicações vão dar sobre isso?

Escritora da ABL também critica o teor da obra

MEC NÃO VAI RECOLHER LIVRO QUE ACEITA ERRO DE PORTUGUÊS

@ Roberta Flack



Roberta Flack - Killing Me Softly With His Song

Composição : Charles Fox e Norman Gimbel

Live at Atlantic Records' 40th Anniversary Concert (1988).

@ Curta-Metragem



Eleito o Melhor Curta de Animação do Festival de Annecy 2008 e Melhor Roteiro no AnimaMundi 2008, CASA DE PEQUENOS CUBOS é a estória de um solitário idoso que para fugir de uma inundação, vai adicionando andares sobre sua antiga casa que está submersa. Também submerso, está suas memórias e os momentos felizes que passou ao lado da família. Com uma roupa de mergulho, ele revisita o passado, empreendendo uma viagem sentimental e penosa ao seu passado.

CASA DE PEQUENOS CUBOS
Kunio Kato | Japão
TÉCNICA: Computador 2D / Desenho em Lápis
Trailer | Site Oficial

Dossiê Oscar 2009: Melhor Curta-Metragem de Animação

@ Dois livros

Duas indicações de livros

Métodos de Pesquisa para a Internet, organizado por Suely Fragoso, Raquel Recuero e Adriana Amaral.

e-Book Educação e Tecnologias: Reflexão, Inovação e Práticas, organizado pela Profa Dra Daniela Melaré Vieira Barros, da Universidade Aberta de Portugal.

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@ Laptop

Introdução do laptop educacional em sala de aula: indícios de mudanças na organização e gestão da aula

Dissertação de Mestrado (PUC-SP), 2008.

Autora: Mariza Mendes

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@ Sabiá



Sabiá

Chico Buarque
Composição : Tom Jobim e Chico Buarque

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De um palmeira
Que já não há
Colher a flor
Que já não dá
E algum amor Talvez possa espantar
As noites que eu não queira
E anunciar o dia

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
E é pra ficar
Sei que o amor existe
Não sou mais triste
E a nova vida já vai chegar
E a solidão vai se acabar
E a solidão vai se acabar

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@ Colégios de Aplicação

Educação Básica nas universidades

Crise nos CAp revela intenção do governo de desfederalizar instituições

ANDES-SN defende que instituições continuem vinculadas às universidades, cumprindo o papel de formar novos professores, além de desenvolver a pesquisa e a extensão

confira

@ doAção



Professores da Eseba doam sangue no Hemocentro

Os professores da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia doaram sangue na manhã desta sexta-feira (13) no Hemocentro de Uberlândia.

A doação faz parte da ação “Doando sangue pela educação”. A Eseba segue com as aulas paralisadas até a próxima quarta-feira (18).

Os docentes decidiram paralisar as aulas em manifesto contra a medida tomada pelo Ministério da Educação (MEC) que inviabilizou a contratação de professores substitutos, o que impede as aulas de duas turmas primárias com 44 alunos no total, e as aulas de francês, inglês e educação física para alunos do Ensino Fundamental.

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sexta-feira, 13 de maio de 2011

@ Festival Micro-ondas

O SESC/MG Uberlândia e a Secretaria Municipal de Educação de Uberlândia / CEMEPE / NTE tornam público a realização conjunta do MICRO-ONDAS - Festival ESCOLAR DE VíDEO. O Festival tem o objetivo de estimular a criação artística, incentivando a produção de vídeos nas escolas, além de promover um intercâmbio de informações e experiências entre os alunos participantes. Confira.

@ Ensino Médio

Protótipos curriculares de Ensino Médio e Ensino Médio Integrado: resumo executivo

Na busca por um modelo educacional para o ensino médio que possa convergir a aquisição de conhecimento e o desenvolvimento de habilidade, o qual deve articular a educação geral e a educação profissional e ser constantemente atualizado em função das transformações científicas, econômicas e sociais, a UNESCO, o longo dos últimos anos, realizou diversos estudos sobre o ensino médio na América Latina. Um dos mais recentes estudos no Brasil, documentado no livro “Ensino médio e educação profissional: desafios da integração”, analisou algumas iniciativas de implantação do ensino médio integrado à educação profissional no Brasil.

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Mais

Audiência pública debate currículo de ensino médio

Debate sobre Currículo de Ensino Médio

@ Alicerces da democracia

ENTREVISTA - DAVID EAVES

Especialista canadense defende que ferramentas tecnológicas são fundamentais para a transparência dos dados públicos e, consequentemente, proporcionam uma análise e um controle melhor dos cidadãos sobre seus respectivos governos.

“A tecnologia é essencial para o desenvolvimento de um país plural e democrático”. Isso é o que defende o pesquisador canadense David Eaves, um dos principais expoentes do Open Data, movimento que defende a transparência nos dados públicos. Para ele, as democracias modernas, em especial aquelas mais jovens, como a do Brasil, só amadurecerão quando a tecnologia se tornar uma ferramenta ativa para a divulgação e democratização das informações governamentais e de interesse público.

confira a entrevista

@ doAção

quarta-feira, 11 de maio de 2011

@ Não é nada disso

Bullying não é nada disso

Por Rosely Sayão (*)

Há muita gente que não aguenta mais ouvir falar de bullying. O assunto é tema de reportagens nos jornais diários de todos os tipos, nas revistas semanais, nas prateleiras das livrarias, nas bancas de revistas, na internet etc.

Já conseguimos esvaziar o sentido dessa palavra e seu conceito de tanto que a usamos e de tanto fazer associações indevidas com o termo.

Basta um pequeno drama ou uma grande tragédia acontecer, envolvendo jovens, que não demora a aparecer a palavra mágica. Agora, ela serve para quase tudo.

Além de banalizar o conceito, o que mais conseguimos com o abuso que temos feito dele? Alarmar os pais com filhos de todas as idades.

Agora, a preocupação número um deles é evitar que o filho sofra o tal bullying. O filho de quatro anos chega em casa com marca de mordida de um colega? Os pais já pensam em bullying. A filha reclama de uma colega dizendo que sempre tem de ceder seu brinquedo, ou o filho diz que tem medo de apanhar de um colega de classe? Os pais pensam a mesma coisa.

Alguns deram, por exemplo, de reclamar que a escola que o filho frequenta tem, no mesmo espaço, estudantes de todas as idades e dos vários ciclos escolares.

Então agora vamos passar a considerar perniciosa a convivência entre os mais jovens porque há diferença de idade entre eles? Decididamente, isso não é uma boa coisa.

As crianças e os jovens aprendem muito, muito mesmo, com o convívio com seus pares mais novos e mais velhos. Ter acesso a alguns segredos da vida adulta pelas palavras de outra criança ou de um adolescente, por exemplo, é muito mais sadio e interessante do que por um adulto. Um exemplo? A sexualidade.

Outro dia ouvi um diálogo maravilhoso entre uma criança de uns dez anos e um adolescente de quase 16. O assunto era namoro. Em um grupo, os mais velhos comentavam suas façanhas beijoqueiras com garotas. A criança ""pelo que entendi, ele era irmão de um dos mais velhos"" passou a participar da conversa querendo saber detalhes do que ele chamou de beijo de língua e ameaçou começar a também contar suas vantagens.

Logo a turma adolescente reagiu, e um deles falou que ele era muito criança para entrar no assunto. E um outro disse, sem mais nem menos: "Agora você está na idade de ouvir essas coisas e não de fazer, está entendido?". O menor calou-se e ficou prestando a maior atenção à conversa dos maiores, sem intervir.

Imaginei a cena se tivesse acontecido com o garoto de dez anos e adultos. Não seria nada difícil que eles dessem atenção ao menino, que quisessem saber e fornecer detalhes a respeito das intimidades que podem acontecer num encontro entre duas pessoas. Muito melhor assim do jeito que foi, não é verdade?

Com a maior simplicidade, o garoto foi colocado em seu lugar de criança e nem se importou com isso, mas, mesmo assim, pôde participar como observador da conversa dos mais velhos.

Conflitos, pequenas brigas, disputas constantes acontecem entre crianças e jovens? Claro. Sempre aconteceram e sempre acontecerão.

Mas esses fatos, na proporção em que costumam acontecer, não podem ser nomeados como bullying. Fazer isso é banalizar o tema, que é sério. Aliás, isso tudo acontece sem ultrapassar os limites das relações civilizadas se há adultos por perto. Essa é nossa questão de sempre, por falar nisso.

O verdadeiro bullying só acontece em situações em que os mais novos se encontram por conta própria, sem a companhia e a tutela de adultos, sem ainda ter condições para tal.

Caro leitor: se você tem filhos, não os prive da companhia de colegas diferentes no comportamento, na idade etc.

Esses relacionamentos, mesmo conflituosos, são verdadeiras lições de vida para eles que, assim, aprendem a criar mecanismos de defesa, a avaliar riscos e, principalmente, a reconhecer as situações em que precisam pedir ajuda.

(*) Rosely Sayão é psicóloga e autora de"Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)

Texto publicado no jornal Folha de S.Paulo, Equilíbrio, 10/05/11.

@ Novidades tecnológicas

Feira de tecnologia promete revolucionar as salas de aula

Feira no Anhembi mostra novidades tecnologicas que prometem mudar o ensino nas escolas.

Assista a matéria

@ Um equívoco

Por Vladimir Safatle

O Ministério da Educação está prestes a cometer um grave equívoco. Na semana passada, o Conselho Nacional de Educação aprovou diretrizes "flexibilizando" o ensino médio. Tais diretrizes dão às escolas públicas e privadas autonomia para compor a grade curricular de seus alunos a partir de quatro obscuros eixos temáticos: trabalho, tecnologia, ciência e cultura.

Tal possibilidade de composição visa, entre outras coisas, favorecer o agrupamento de disciplinas, que se organizarão a partir de projetos comuns capazes de levar em conta os interesses específicos das comunidades nas quais as escolas estão inseridas.

As novas diretrizes ainda sugerem que a lei que aumenta em 20% o número de horas-aula leve em conta atividades fora da sala de aula.

O argumento para a primeira modificação é a adequação às particularidades. Uma escola em área industrial poderia, assim, dar mais ênfase a disciplinas como física e química. Certamente, para fornecer mão de obra mais adequada para as industrias locais.

Uma outra, estabelecida em área turística, talvez pudesse ensinar uma versão "Club Med" de geografia.

Vejam que interessante. Em um momento no qual se insiste na necessidade de formações capazes de abrir nossos alunos para realidades globais, resolve-se formá-los para trabalhar melhor na fábrica de tecidos da esquina. Como se eles passassem o resto de suas vidas no mesmo lugar.

Há de se perguntar se não necessitaríamos, na verdade, da definição de um currículo básico unificado a ser ministrado em todas as escolas e cuja aplicação adequada seria objeto de avaliação feita por uma inspetoria nacional.

Não creio haver alguém que discorde da importância de ensinar, de maneira aprofundada, as causas da Segunda Guerra, equações de segundo grau, o sistema literário brasileiro e as leis de Newton, em São Paulo ou em Roraima.

Podemos não estar de acordo sobre todos os conteúdos, mas se o Ministério da Educação ouvisse diretamente os professores, certamente ele seria capaz de criar um currículo básico que não colocaria nossos alunos à mercê dos caprichos do dia.

Tais caprichos ficam claros em ideias como "agrupamento de disciplinas". Trata-se de organizar os conteúdos através dos interesses mais imediatos, normalmente aqueles ligados a notícias que aparecem na imprensa.

Assim, se a notícia do mês é o terrorismo islâmico, então agrupa-se disciplinas de história, geografia etc. para "criar projetos" capazes de dar conta da curiosidade geral.

Se nada aparecer sobre "ditadura militar", então seus conteúdos serão secundarizados. O mínimo que se pode dizer é: triste o país que forma seus adolescentes ao sabor dos ventos.

VLADIMIR SAFATLE escreve às terças-feiras no jornal Folha de S.Paulo.

Publicado em 10/05/11.

terça-feira, 10 de maio de 2011

@ Mais Educação

MEC amplia Mais Educação, mas programa ainda encontra obstáculos

O Ministério da Educação (MEC) ampliou em 50% o número de escolas públicas que oferecem educação integral no país, pelo programa Mais Educação. Neste ano, 15.018 escolas devem receber verba pelo programa, 5.256 a mais que em 2010. Apesar do aumento, especialistas avaliam que a educação integral ainda apresenta desafios.

O principal objetivo do Mais Educação é ampliar a jornada escolar para oferecer mais atividades de aprendizado aos estudantes da educação básica. Desde a criação do programa, o número de alunos atendidos cresceu, passando de 386 mil, em 2008, para 2,2 milhões, em 2010. A previsão para este ano é de atingir três milhões. A estimativa de recursos aplicados é de R$ 574 milhões.

leia na íntegra

Veja aqui a relação de municípios e escolas que participam do programa.

O programa

As atividades fomentadas pelo Mais Educação foram organizadas em macrocampos: acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza, e educação econômica.

Para participar, as escolas elaboram um plano de atendimento e recebem recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE-Escola) para desenvolver atividades com os estudantes. O dinheiro é depositado na conta do colégio, em cota única, para aquisição de materiais, custeio de atividades e pagamento de transporte e alimentação dos monitores.

Em média, cada escola recebe R$ 37 mil, para aplicar nos dez meses letivos. O valor do repasse depende do número de alunos cadastrados.

@ RESOLUÇÃO Nº 20, DE 6 DE MAIO DE 2011

Dispõe sobre a destinação de recursos financeiros,
nos moldes e sob a égide da
Resolução nº 17, de 19 de abril de 2011, a
escolas públicas municipais, estaduais e do
Distrito Federal, com vistas a assegurar a
realização de atividades de Educação Integral
de forma a compor a jornada escolar de, no mínimo, sete horas diárias.

Art. 1º Destinar, nos moldes e sob a égide da Resolução nº
17, de 19 de abril de 2011, recursos financeiros de custeio e capital,
por intermédio de suas Unidades Executoras Próprias (UEx), às escolas
públicas das redes municipais, estaduais e do Distrito Federal,
que possuam alunos matriculados no ensino fundamental e médio
registrados no censo escolar do ano anterior ao do atendimento,
selecionadas pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade do Ministério da Educação (SECAD/MEC) de acordo
com os critérios estabelecidos para a execução do Programa Mais
Educação em 2011 e ratificadas pelas prefeituras municipais e secretarias
distrital e estaduais de educação, com vistas a assegurar a
realização de atividades de Educação Integral de forma a compor
jornada escolar de, no mínimo, sete horas diárias.

leia na íntegra

@ Paraolimpíadas Escolares

Prazos de Inscrição:

1.Termo de Adesão (anexo I) até 03/06
2.Ficha de Inscrição prévia (anexo II) até 27/06
3.Inscrição nominal on line (Anexo III) até 25/07

mais informações

IPC lança novo plano estratégico para os próximos quatro anos

O Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) publicou, nesta quinta-feira, 05, um novo plano estratégico de quatro anos. O objetivo é impulsionar os Jogos Paraolímpicos para um nível mais alto, tendo em vista o aumento do número de pessoas que participam do Esporte Paraolímpico em todo o mundo.

leia na íntegra

Os seis principais pontos do plano são:

1. Garantir êxito nos Jogos Paraolímpicos para todos os participantes

2. Promover oportunidades de participação e crescimento no Esporte Paraolímpico

3. Aumentar a compreensão da marca paraolímpica

4. Garantir o financiamento adequado e identificar oportunidades de receita

5. Reforçar as estruturas eficientes para garantir o cumprimento de promessas

6. Alavancar parcerias a fim de ampliar o alcance do Esporte Paraolímpico

Plano Estratégico 2011-2014 (download)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

@ Ensino Médio

Protótipos curriculares de Ensino Médio e Ensino Médio Integrado: resumo executivo

Na busca por um modelo educacional para o ensino médio que possa convergir a aquisição de conhecimento e o desenvolvimento de habilidade, o qual deve articular a educação geral e a educação profissional e ser constantemente atualizado em função das transformações científicas, econômicas e sociais, a UNESCO, o longo dos últimos anos, realizou diversos estudos sobre o ensino médio na América Latina. Um dos mais recentes estudos no Brasil, documentado no livro “Ensino médio e educação profissional: desafios da integração”, analisou algumas iniciativas de implantação do ensino médio integrado à educação profissional no Brasil.

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domingo, 8 de maio de 2011

@ Álvaro de Campos

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

in:

TABACARIA (15-1-1928)
Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

@ A música que veio do lixo



Jovem da periferia de SP transforma madeira velha em violinos

Em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo , David Rocha, 20, transforma em arte a madeira velha que recolhe de ruas e terrenos; nascem assim seus violinos

As gavetas de um velho guarda-roupas de araucária se uniram ao pedaço de uma mesa de imbuia. Juntas, sob a forma de um violino, agora tocam Beethoven e Bach.

Assim, os móveis descartados em um terreno baldio se transformam em música no extremo leste de São Paulo.

Desde 2009, quando começou a frequentar aulas de luteria --construção de instrumentos musicais--, David Rocha, 20, busca no lixo a madeira para montar seus próprios instrumentos.

"Cada madeira que eu encontrava, mostrava para o professor, para saber se servia", conta David. Ele cursa o último ano do ensino médio e hoje é monitor da oficina de luteria durante a tarde. Pelo trabalho, ele recebe uma bolsa de R$ 450 da Fundação Tide Setúbal, que promove o curso no Galpão de Cultura e Cidadania de São Miguel Paulista.

@ Ascensão social

Educação não é único fator para determinar ascensão social

A expansão da economia e o aumento do acesso à educação no Brasil não foram suficientes para diminuir a polarização entre pobres e ricos. A afirmação é do secretário executivo adjunto do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais, Pablo Gentilli, que norteou o debate “Política e gestão da educação na dimensão da justiça e da diversidade social e cultural”, realizado na última semana, durante o II Congresso Ibero-americano de Política e Administração da Educação, em São Paulo (SP).

Para o secretário, nos anos 90, os países na América Latina enfrentaram dificuldades relacionadas ao crescimento econômico, mas, nos últimos anos, esse quadro tem melhorado. Os sistemas educacionais também estão se desenvolvendo. “Houve impressionante avanço, principalmente com o aumento do acesso de pessoas de baixa renda e de mulheres às instituições de ensino”, afirmou.

Mesmo assim, pesquisas revelam que pessoas com mesma idade e nível educacional, morando no mesmo município, acabam recebendo salários diferentes. Gentilli explicou que, basicamente, duas questões influenciam a situação: diferenças de gênero e de cor da pele.

“Um homem branco com ensino médio completo, de 20 a 24 anos, ganha salário inicial, em média, de R$ 355. Já uma mulher negra, da mesma escolaridade e idade, recebe apenas R$ 178. Dados mostram que, se ela quiser se formar em medicina, encontrará dificuldade 80% maior que um homem branco”, apontou.

Além disso, o secretário lembrou que os negros e as mulheres têm maior probabilidade de ficarem desempregados e menos oportunidade de serem contratados.

@ Ação Mundial 2011


Semana da Ação Mundial aborda educação sob perspectiva antidiscriminatória

Refletir inclusão numa educação pública e de qualidade pela perspectiva de gênero, raça e deficiência é um dos objetivos.

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Cartaz Semana da Ação Mundial

Folder Semana da Ação Mundial Frente e Verso

@ Gênero e Educação

Feminização da carreira docente é reflexo de educação sexista

“A educação sexista define que as mulheres são boas para determinadas atividades, e não são boas para outras”. A afirmação é da pesquisadora da ONG Ação Educativa e coordenadora do estudo “Gênero e Educação no Brasil”, Denise Carreira, durante audiência pública sobre preconceitos e discriminações na educação brasileira, realizada na quarta-feira (4/5), na Câmara dos Deputados, segundo informações do Portal R7.

Na ocasião, foi apresentada versão parcial do estudo desenvolvido pela Ação Educativa, que mapeou o papel da mulher na educação do país. Segundo a pesquisa, 97% dos educadores infantis são mulheres. O estudo aponta que ainda predomina a ideia que profissões como professoras e assistentes sociais são mais adequadas às mulheres por vocação.

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A “Campanha Educação Não sexista e Anti-Discriminatória”, coordenada pelo Comitê da América Latina e Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), produziu uma pesquisa sobre as relações entre gênero e educação no Brasil e em outros 13 países da América Latina.

Gênero e Educação no Brasil” analisa a situação das meninas e mulheres sob vários pontos de vista, entre eles, educação para a sexualidade, abuso sexual no âmbito escolar, gravidez na adolescência, trabalho infantil, analfabetismo, estado laico e influência da religiosidade nas decisões de políticas de educação etc.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

@ Mediadores

Professor encarregado de conversar evita fechamento de escola

Em 2009, a escola estadual Alberto Torres, na zona oeste de São Paulo, quase fechou por falta de demanda. O prédio vandalizado, as frequentes brigas entre alunos e a falta de aulas afastaram estudantes e educadores. Em 2010, havia apenas 180 alunos matriculados e um único professor efetivo. Em junho, foi contratada uma professora para a recém criada função de mediadora de conflitos. Desde então, as matrículas subiram para 500, os professores efetivos para oito e a equipe conta que a melhoria no clima é maior do que os números mostram.

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Aos poucos, os professores começaram a entender que posturas de enfrentamento deles incitavam brigas e passaram a resolver problemas sozinhos, sem “mandar” ninguém para a mediação. “Conflitos sempre vão existir, mas o importante é lidar com eles com diálogo e, se ninguém ensinar, as crianças não sabem fazer isso”, avalia Nailza (Nailza Fernandes dos Santos Veiga, mediadora).

Para evitar que professores deixassem a docência para migrar para a mediação, o governo proíbe que efetivos (concursados) se inscrevam. Também não são permitidos os temporários contratados depois de 2007, quando uma lei passou a exigir que eles se afastassem depois de um ano de trabalho para não criar vínculo empregatício. Sobraram os temporários que já estavam na rede estadual de ensino antes da nova legislação e estão imunes a ela. Também é exigida alguma experiência em projetos sociais ou uma recomendação do diretor dizendo que é um professor que promove o diálogo.

@ Tratamento

Menino de 5 anos paga o próprio tratamento de câncer vendendo desenhos

Aidan Reed, 5, adora desenhar monstros. Verdes, azuis, negros, assustadores, bobos. Desde setembro, o pequeno também enfrenta um monstro na vida real, o câncer. Aidan sofre de leucemia e, para bancar os custos do tratamento, os pais planejavam vender a casa da família, em Clearwater, no Kansas (EUA).

Mas, antes que isso acontecesse, a tia de Aidan, Ostein Mandi, teve a ideia de colocar à venda, na internet, os desenhos do menino, por US$ 12 (R$ 19,25) cada um. Desde então, mais de três mil monstrinhos já foram vendidos. Pessoas de vários países, inclusive o Brasil, seguem comprando os desenhos, apesar de o valor arrecadado já ser suficiente para o tratamento.

A família tem plano de saúde, mas nem todos os custos da doença são cobertos por ele. Além disso, o pai de Aidan, Wiley Reed, afastou-se do trabalho (licença não remunerada) para cuidar do filho. Hoje, a única renda do casal vem dos desenhos. Eles mantêm o blog aidforaidan.wordpress.com (clique aqui)

fonte

@ Escola da Ponte

É preciso esquecer tudo

Por Rubem Alves

Convido vocês a me acompanhar na retomada do tema da Escola da Ponte. A razão? É que essa escola tem sido tão falada que, considerando-se a importância pedagógica e política da educação, pensei que seria apropriado dedicar-me um pouco mais àquilo que ela tem de revolucionário e inovador, porque é possível que tenhamos muito a aprender...

Era o ano 2000. Comecei a receber e-mails de Portugal. Quem os enviava era um professor que eu não conhecia, Ademar Ferreira dos Santos. É que ele conhecia uma brasileira que lhe emprestara um livrinho meu. Livrinho mesmo, pequenas estórias sobre crianças, professores e escolas: "Estórias de Quem Gosta de Ensinar". Ele gostou do dito livrinho, o que quer dizer que tínhamos pensamentos parecidos. De longe, ficamos amigos. Convidou-me a ir a Portugal. Fui e fiz algumas falas para professores e estudantes.

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"Para o senhor entender a nossa escola, terá que se esquecer de tudo o que sabe sobre escolas"

quinta-feira, 5 de maio de 2011

@ Ensino Médio

CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO DEVERÁ SER FLEXIBILIZADO

CNE APROVA MUDANÇAS NO ENSINO MÉDIO

Escolas públicas e particulares poderão optar entre manter grade curricular atual e adotar modelo dividido em áreas de atuação - ciência, tecnologia, cultura e trabalho -, com ênfase nas disciplinas da área escolhida; ministro precisa aprovar diretrizes

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou ontem, por unanimidade, as novas diretrizes do ensino médio, que devem trazer mudanças nas escolas públicas e privadas.

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