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domingo, 8 de maio de 2011

@ Ascensão social

Educação não é único fator para determinar ascensão social

A expansão da economia e o aumento do acesso à educação no Brasil não foram suficientes para diminuir a polarização entre pobres e ricos. A afirmação é do secretário executivo adjunto do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais, Pablo Gentilli, que norteou o debate “Política e gestão da educação na dimensão da justiça e da diversidade social e cultural”, realizado na última semana, durante o II Congresso Ibero-americano de Política e Administração da Educação, em São Paulo (SP).

Para o secretário, nos anos 90, os países na América Latina enfrentaram dificuldades relacionadas ao crescimento econômico, mas, nos últimos anos, esse quadro tem melhorado. Os sistemas educacionais também estão se desenvolvendo. “Houve impressionante avanço, principalmente com o aumento do acesso de pessoas de baixa renda e de mulheres às instituições de ensino”, afirmou.

Mesmo assim, pesquisas revelam que pessoas com mesma idade e nível educacional, morando no mesmo município, acabam recebendo salários diferentes. Gentilli explicou que, basicamente, duas questões influenciam a situação: diferenças de gênero e de cor da pele.

“Um homem branco com ensino médio completo, de 20 a 24 anos, ganha salário inicial, em média, de R$ 355. Já uma mulher negra, da mesma escolaridade e idade, recebe apenas R$ 178. Dados mostram que, se ela quiser se formar em medicina, encontrará dificuldade 80% maior que um homem branco”, apontou.

Além disso, o secretário lembrou que os negros e as mulheres têm maior probabilidade de ficarem desempregados e menos oportunidade de serem contratados.

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