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sexta-feira, 16 de julho de 2010

@ Avaliações

Aluno deve participar de elaboração das avaliações

Os alunos devem ajudar a direção da escola e os professores a elaborarem os critérios das avaliações, além de analisarem seu próprio aprendizado. O processo poderia promover uma análise mais justa sobre o rendimento do aluno. O parecer foi feito na 8ª Congresso Internacional de Avaliação na Educação — realizado entre 12 e 14 de julho, em São Paulo (SP) —, pelo professor da universidade espanhola de Santiago de Compostela, Miguel Ángel Zabalza Beraza (contato).

“A participação do aluno no processo de avaliação faz dele protagonista. Ele passa a sentir a escola como sua e vai respeitá-la mais”, disse Zabalza. O professor ressaltou, ainda, que os pais e familiares também deveriam participar da elaboração dos critérios de avaliações. “A avaliação não é uma classificação, mas um processo de diálogo e melhora. As crianças têm direito a escolaridade e a ter sucesso nessa vida escolar”.

Zabalza dividiu as atividades escolares em dois grupos, um ligado à criação e à opinião, que é considerado mais rico, outro relacionado às atividades de memorização. “Nas provas valorizamos as atividades mais pobres, de decorar e dar uma resposta sobre algo que não entendeu. Nós desvalorizamos a aprendizagem e a reflexão”.

Ele também avaliou que a cultura neoliberal prejudica o processo de avaliação e de sucesso escolar. “Nós concorremos entre escolas e alunos e as crianças aprendem que para ganhar e ter sucesso vale tudo. Em casa nós nunca perguntamos para as crianças ‘você gostou de aprender?’ ou ‘você ajudou seus amigos nas atividades?’. Nós só perguntamos em quantas matérias elas reprovaram”.

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Miguel A. Zabalza"Novo ensino", seus métodos e conteúdos

O pedagogo e psicólogo espanhol Miguel Ángel Zabalza Beraza formou-se nos anos 70 pela Universidade Complutense de Madri, onde trabalhou como professor. Desde o início dos anos 80, permanece ligado à Faculdade de Ciências da Educação da Universidade de Santiago de Compostela, na qual exerceu diversas funções administrativas. Especialista em didática e organização escolar, é presidente da Associação Iberoamericana de Didática Universitária.

O Ministério da Educação do Chile contratou Zabalza como consultor para a reforma curricular dos cursos de formação de professores, fruto de suas pesquisas sobre o que chama de "boas práticas docentes". Elas incluem, por exemplo, o uso sistemático de diários, tanto no processo de formação profissional quanto no de pesquisa qualificada das práticas cotidianas. "A progressiva heterogeneidade dos estudantes obriga a repensar a questão dos métodos docentes e também dos conteúdos", afirma em entrevista ao sítio de internet da Universidade de Santiago de Compostela.

Na avaliação de Zabalza, os professores universitários se converteram em "gestores dos processos de aprendizagem" de seus alunos. Para isso, além das competências tradicionais, precisarão dominar "o uso de recursos técnicos, a aplicação de novas metodologias didáticas que facilitem aprendizagem mais profunda e integradora", e ainda "saber organizar os processos de forma que os estudantes adquiram competências".

Seu diagnóstico do ensino universitário espanhol encontra pontos coincidentes com o cenário brasileiro. "Um dos problemas dos professores é que estamos envolvidos em muitas coisas. Estamos divididos entre a docência, a pesquisa, a gestão, atividades de extensão cultural e de assessoria ou atuação profissional direta. E, junto com essa proliferação de âmbitos, a atividade docente exige cada vez mais atenção e tempo. O 'novo ensino' consome muito mais tempo do que a aula tradicional. Ocupa mais espaço na agenda dos professores. Não sei se conseguiremos manter tantas existências."

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