Hot-air balloon festivals

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domingo, 21 de agosto de 2011

@ Casa do Zezinho

"Ninguém pergunta aos alunos o que eles querem."

Entrar na Casa do Zezinho é, antes de mais nada, experimentar um espaço vivo. Cada canto, sala, escada, ateliê ou pátio guarda uma história dos mais de 10 mil “zezinhos” que por ali passaram. Um verdadeiro labirinto, me arrisco no início da entrevista com a fundadora do lugar. “Não, um verdadeiro puxadinho”, corrige ela, revelando que aprendeu a técnica na favela.

Precursora da chamada “pedagogia do arco-íris”, Tia Dag defende que o segredo para qualquer educador é saber escutar o que o aluno tem a dizer. “No Brasil todos sabem o que querem os professores, os diretores de escola, gestores, mas ninguém pergunta aos alunos o que eles querem.” Na Casa do Zezinho, segundo ela, os educadores são convidados a usar os cinco sentidos, mas principalmente a audição. “É preciso escutar esses meninos para depois tentar uma mediação.”

Além desses elementos, a pedagogia do arco-íris tem como ponto central o desenvolvimento da autonomia de pensamento e de ação a partir de quatro pilares da educação: Ser (Espiritualidade), Conhecer (Ciências), Saber (Filosofia) e Fazer (Arte). “Educar para o mundo, para a realidade não é uma tarefa fácil, envolve uma porção de coisas que a escola não tem dado conta”, admite.

Apesar da constatação, a Casa do Zezinho mantém uma relação bem próxima com a escola e as famílias dos “zezinhos”. O acompanhamento inclui visitas e reuniões, além do monitoramento do desempenho dos alunos em sala de aula. Para Tia Dag, esse diálogo é fundamental para entender e acolher as dificuldades que eles enfrentam.

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