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domingo, 26 de fevereiro de 2012

@ Educação profissional

As Razões da Educação Profissional: Olhar da Demanda

A pesquisa avalia os vários percalços existentes desde a decisão de fazer, ou não, cursos de educação profissional até a sua aceitação, ou não, no mercado de trabalho, passando pela possibilidade de desistência do curso no meio. O estudo lança luz sobre as razões da educação profissional do ponto de vista de pessoas e empresas envolvidas. O que explica a baixa adesão nestes cursos? Falta de oferta (curso, vaga, etc) ou falta de demanda (interesse, renda, etc) nos cursos? Ou ainda naqueles que entraram no curso, quantos não concluíram e por que abandonaram? E para os concluintes dos cursos, quantos trabalham efetivamente na área dos cursos. Quais são as causas do binômio sucesso/insucesso associadas ao casamento entre cursos e trabalho?

A resposta a estas perguntas relativas aos determinantes da demanda por educação profissional permite direcionar o desenho de políticas públicas e ações privadas na área como a oferta de bolsas de estudo profissionalizantes ao estilo Pro Uni, ligações com o programa Bolsa Família, ou em iniciativas locais de governos estaduais e municipais.

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Falta de interesse

Merval Pereira - Merval Pereira
O Globo - 25/02/2012


Antes de um Gosplan de educação profissional - política de economia planejada da antiga União Soviética - , é preciso ouvir a demanda do trabalho e do capital. É assim que o economista Marcelo Neri, do Centro de Pesquisas Sociais da Fundação Getulio Vargas, no Rio, define os resultados de uma pesquisa baseada no processamento e análise do suplemento especial da Pnad feita para o Senai, sobre as razões da falta de demanda por cursos profissionalizantes. Ao mesmo tempo em que a pesquisa revela a busca crescente pelos cursos profissionalizantes na Classe C emergente, mostra também números impressionantes: nada menos que 83% das razões apresentadas pelos pesquisados sem educação profissional se referem à falta de demanda, e não de oferta. Isto é, os cursos oferecidos não encontram correspondência no mercado nem no interesse dos alunos, e uma coisa tem a ver com a outra. Em particular, 69% daqueles sem educação profissional apontam falta de interesse nos cursos oferecidos, e não falta de cursos. A perda de interesse, por sinal, também é a razão apresentada por 55% dos que abandonaram no meio tais cursos. A falta de interesse das empresas em contratar, por sua vez, explica 31% da não recolocação no mercado dos egressos destes cursos. Segundo o economista Marcelo Neri, a falta de interesse reflete a inadequação dos cursos às necessidades das pessoas. No caso da educação profissional, o que preocupa, aponta Neri, é que a falta de interesse também é a principal razão (40,7% do total) para a população de 15 a 17 anos que deveria estar no ensino médio regular não frequentá-lo.

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