Hot-air balloon festivals

Hot-air balloon festivals

domingo, 28 de fevereiro de 2010

@ Mobilização


@ Bookmark

100 Video Sites Every Educator Should Bookmark

It doesn’t matter if you’re a veteran teacher or a newbie just now taking college courses — finding new ways to get students engaged in the classroom is always a great thing. One way many teachers are reaching out is with the multitude of material found on the web, allowing them to turn everyday lessons into a multimedia experience. You can find a great amount of helpful material on these sites, including videos to augment your lessons, lectures to inspir estudents, documentaries to show them how things work, and loads of additional videos to help you become a better, smarter teacher.

acessar

Best Individual Edublog 2009

Free Technology for Teachers

sábado, 27 de fevereiro de 2010

@ Preparo físico

Alunos com bom preparo físico têm melhores notas

Alunos mais bem preparados fisicamente têm nota mais altas, afirma um estudo da Universidade da Califórnia publicado no periódico "The Journal of Pediatrics".

A pesquisa comparou o preparo físico e as medidas corporais com as notas em matemática e inglês de 1.989 alunos da 5ª, 7ª e 9ª séries entre 2002 e 2003.

Cerca de 32% dos estudantes estavam acima do peso e 28% eram obesos. Os pesquisadores observaram que as notas das provas caíam mais de um ponto para cada minuto a mais que os alunos levavam para completar uma corrida de 1,6 quilômetro.De acordo com William J. McCarthy, autor da pesquisa, os pais e as escolas que querem otimizar a performance acadêmica dos alunos devem prestar atenção ao seu preparo físico. "Para uma função ótima do cérebro, é bom estar aerobicamente em forma e ter um corpo saudável", afirma.

publicado no Jornal Folha de S.Paulo, 27/02/10


Low Aerobic Fitness and Obesity Are Associated with Lower Standardized Test Scores in Children
25 January 2010
Christian K. Roberts, Benjamin Freed, William J. McCarthy
The Journal of Pediatrics
DOI: 10.1016/j.jpeds.2009.11.039
Abstract

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

@ Inadequações

Jornal Folha de São Paulo, sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Escolas não se adaptam a aluno de 6 anos

No primeiro ano do ensino fundamental, colégios estaduais e municipais não têm estrutura ou projeto pedagógico adequado

Proposta era mesclar o início da alfabetização com atividades lúdicas, mas professores não foram preparados para isso

Sentada em uma carteira de adulto, Isabela, 6, não consegue colocar o pé no chão. Suas sandalinhas balançam dois palmos acima do solo. Também com os pés no ar, colegas de sala dela sentam com a mochila nas costas, para ficarem próximas à mesa. Outras estão em pé, para alcançar lápis e papel.

"Elas são pequenas para ficar cinco horas aqui. Estão sempre inquietas, incomodadas. Depois do lanche, coçam o olho de sono. Umas dormem apoiadas na mesa", observa Maria, professora da turma.

A cena, passada em uma escola municipal em Cidade Dutra (zona sul), exemplifica a má notícia da volta às aulas na rede pública de São Paulo, segundo docentes: não houve preparação para receber crianças de seis anos nas escolas de ensino fundamental, norma implementada neste ano na cidade.

Até o ano passado, o antigo primário recebia alunos a partir dos sete. Lei federal determinou a antecipação da entrada para que os estudantes pobrestivessem mais um ano de escolarização (crianças na faixa do fundamental devem, obrigatoriamente, estar na escola).

A ideia era que houvesse adaptação para receber as crianças mais novas, com carteiras adequadas, espaços como brinquedotecas e a criação de projeto pedagógico que mesclasse o início da alfabetização com atividades lúdicas.

Nada disso ocorreu na rede pública de São Paulo, segundo professores e diretores ouvidos pela Folha, presidentes das entidades que representam diretores dos colégios, educadores e um membro do Conselho Nacional de Educação. A lei, de 2006, havia dado cinco anos para implementação. Tanto o governo José Serra (PSDB) quanto a gestão do prefeito Gilberto Kassab(DEM) dizem que a adaptação do novo fundamental já começou, mas admitem que não foi finalizada.

"As crianças reclamam que não têm parquinho, que têm de ficar cinco horas na sala de aula. As carteiras que atendem aos alunos da EJA [antigo supletivo] são as mesmas das dos de seis anos", diz João Alberto Rodrigues de Souza, do Sinesp (sindicato dos dirigentes da rede municipal)."Não houve capacitação dos professores. É para alfabetizar? É para focar na parte lúdica? Ninguém sabe", diz o presidente da Udemo (sindicato dos dirigentesda rede estadual), Luiz Gonzaga de Oliveira Pinto.

Professor de escola estadual na zona sul, Batista conta que precisa levantar as crianças no colo para elas alcançarem os bebedouros. Elas também têm dificuldades para usar o banheiro.

"Verificamos a falta de adaptação em São Paulo e em boa parte do país", diz o presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, Cesar Callegari. "Muitas redes apenas transferiram a antiga primeira série [alunos desete anos] para o primeiro ano".

A gestão Kassab diz que a adequação do mobiliário iniciou em 2007, não foi concluída, mas todas escolas serão atendidas. Já o governo estadual afirma que"à medida das diferentes demandas da diretorias de ensino serão encaminhados equipamentos para as escolas".

# ANÁLISE

É preciso respeitar o desenvolvimento próprio da criança

EMILIA CIPRIANO / CLAUDIO CASTRO SANCHES

A educação escolar no Brasil não tem considerado os tempos do desenvolvimento humano como fator fundamental para a construção de um projeto educativo dequalidade. Assistimos a uma visão fragmentada da educação, cristalizada em espaços e tempos, como se fossem processos diferentes, organizados pelo currículo/conteúdo, em detrimento do contexto de vida e do tempo do aprender.

A inclusão das crianças de seis anos no ensino fundamental tem como objetivo, segundo o MEC, melhorar as condições da equidade e de qualidade da educação básica, estruturar um novo ensino fundamental para que as crianças prossigam nos estudos alcançando maior nível de escolaridade. A implantação do ensino de nove anos implica a elaboração de uma proposta pedagógica que crie um espaço de interlocução entre a educação infantil e o ensino fundamental.

Na prática, esse diálogo não vem acontecendo. As crianças de seis anos adormeceram participando de um contexto pedagógico e amanheceram numa primeira série, sem que fossem tomadas as medidas necessárias para a construção de uma escola que respeite o direito da infância e os tempos próprios de seu desenvolvimento. A entrada das crianças aos seis anos na educação fundamental não pode representar negação e ruptura do contexto socioafetivo e de aprendizagem. É preciso assegurar a construção da cultura infantil.

Não se pode antecipar a escolaridade, transferindo para as crianças de seis anos os conteúdos e as atividades da antiga primeira série. Antes deveria ser um momento privilegiado para responder: o que se aprende na escola atual transforma a vida? Ela é espaço de interlocução dialógica, troca de experiências, histórias de vida, marca da educação infantil, ou mero espaço de aprendizagem individual, descontextualizado e desvinculado da vida?

EMILIA CIPRIANO, doutora em educação (PUC/ SP), e CLAUDIO CASTRO SANCHES, mestre em educação (PUC/SP), são consultores da Aprender a Ser Consultoria e Assessoria Educacional

@ Plenarinho

Plenarinho vai promover eleição simulada com crianças na internet

Concurso de redação vai definir cinco escolas participantes, que criarão personagens e plataforma eleitoral.

O Plenarinho, portal infantil da Câmara dos Deputados, vai promover uma campanha eleitoral simulada com personagens criados por alunos do ensino fundamental de todo o País. O objetivo é conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância da democracia e da participação popular nas eleições.

A eleição terá cinco candidatos, que serão criados pelas escolas e serão representados por meio de desenho.

Os professores interessados em participar devem enviar uma redação para o e-mail do Plenarinho ( plenarinho@camara.gov.br ) até o dia 15 de março, sobre o seguinte tema: “por que eu quero que minha turma participe do programa Eleitor Mirim 2010".

As redações deverão ser acompanhadas de nome, telefone e endereço do professor e do nome de sua escola e a turma em que leciona.

O resultado das cinco melhores redações será divulgado em 19 de março. Em seguida, o Plenarinho entrará em contato com os respectivos professores para dar mais informações sobre o programa.

leia na íntegra

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

@ Painel de Informações

Painel de Informações Municipais - Uberlândia - 2009

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elaboração: CEPES/IE/UFU, Uberlândia - MG

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

@ Formação Continuada

As Inscrições para o Programa de Formação Continuada com Profissionais do Ensino Básico já estão disponiveis na página da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis (PROEX) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Clique aqui para efetuar a sua inscrição


PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA COM PROFISSIONAIS DO ENSINO BÁSICO EM EXERCÍCIO NAS REDES EDUCACIONAIS PÚBLICAS

COORDENAÇÃO GERAL do PROGRAMA:
Profª Dra Sônia Maria Santos e Profª Maria Adelina Cantalogo Silva

OBJETIVO:
Contribuir, debater e buscar formas reais de melhorar a Qualidade do Ensino Público, propondo atividades de extensão e pesquisa, na perspectiva da Formação Continuada dos Profissionais que atuam na Educação Básica Pública.

PÚBLICO ALVO:
Profissionais da educação que atuam na rede pública de ensino; graduandos da UFU; profissionais da educação que atuam na rede privada de ensino; outros.

CARGA HORÁRIA - 120 horas

Seminário Coletivo do Programa – 20 horas
Seminário de Abertura e Encerramento – 8 horas
Atividades à Distância – 40 horas
Atividades Específicas dos Cursos 52 horas

EIXO 1 – LINGUAGENS E CULTURAS

Este eixo desenvolve há quatro anos um trabalho que visa conhecer e ampliar as diferentes linguagens - verbal, oral, corporal, musical, teatral, matemática, poética, visual, literária - e diferentes culturas – populares/científica - e também um pouco da indústria cultural. Com essas linguagens e culturas buscamos alternativas, quer dizer, procuramos, pesquisamos e criamos possibilidades práticas, reflexivas e interdisciplinares em ações educativas, priorizando a escola, mas também olhando a educação que permeia a sociedade.

CURSOS ESPECÍFICOS DO EIXO UM

CURSO 1: DANÇA
CURSO 2: HISTÓRIA
CURSO 3: LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
CURSO 4: PEDAGOGOS
CURSO 5: LITERATURA - ANOS INICIAIS
CURSO 6: LINGUAGENS, CULTURAS E INTERDISCIPLINARIDADE

EIXO 2 – GÊNERO, RAÇA E ETNIA
(ENFOQUE NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI FEDERAL 10639/2003)

Este eixo visa desenvolver cursos de formação continuada para os profissionais da educação básica da rede estadual e municipal de ensino da cidade de Uberlândia e região. Neste sentido, vem desenvolvendo ações envolvendo a temática de gênero, raça e etnia com enfoque nos dispositivos da lei federal 10.639/03 que obriga a Educação para as relações étnico raciais e o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nos estabelecimentos de ensino de educação básica públicos e privados.

NÍVEL I= INICIANTES
NÍVEL II = AVANÇADO

EIXO 3 – MEIO AMBIENTE E SAÚDE

Este eixo propõe discutir os problemas ambientais locais, regionais e mundiais, usando uma metodologia de ações teórico-práticas, que contribua efetivamente com a formação de "habitus" educativos para a preservação e conservação do meio em que vivemos, a partir de uma visão globalizada do tema, perpassando pelas diversas áreas do conhecimento e dentro das perspectivas da Agenda 21.

NÍVEL I= INICIANTES
NÍVEL II = AVANÇADO

EIXO 4 – DIVERSIDADE, EQUIDADE E INCLUSÃO

Este eixo propõe a oferecer cursos que contemplem discussões no âmbito educacional pelo crivo da diversidade (humana/cultural), equidade (oportunidades) e inclusão (alunos com necessidades educacionais especiais/ digital). E também explorar recursos de ferramentas digitais que facilitem o trabalho no cotidiano escolar.

CURSOS OFERECIDOS PELO EIXO QUATRO

CURSO 1: MÍDIAS E MATEMÁTICA 6º AO 9º ANO
CURSO 2: LETRAMENTO ACADÊMICO-CULTURAL PARA A EJA
CURSO 3: GESTÃO ESCOLAR E OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
CUROS 4: FERRAMENTAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

@ Slow Down

''Somos pressionados a oferecer uma infância perfeita aos nossos filhos'', constata filósofo

No dia em que o filósofo escocês Carl Honoré, 41 anos, foi chamado na escola do filho Benjamin, hoje com 10 anos, e ouviu da professora de artes que o menino desenhava muito bem, ele se encheu de orgulho e sonhou alto. Saiu de lá e foi fazer uma pesquisa na internet sobre escolas de educação artística. Já imaginava: "Estarei criando o próximo Picasso?" Mas, ao indagar o menino sobre o curso, levou um balde de água fria. "Não quero ir para uma aula na qual o professor vai me dizer o que fazer. Só quero desenhar", disse Benjamin, com firmeza. "Por que os adultos têm que tomar conta de tudo?" Honoré percebeu quanto estava sendo um pai ansioso querendo dominar a felicidade simples do filho e transformá-la em realização. Ele entendeu também que não estava sozinho. Foi quando deu início às pesquisas do livro "Sob Pressão" (Ed. Record), recém-lançado no Brasil. "A ideia era retomar minha autoconfiança como pai e ajudar outros da mesma maneira", diz Honoré, que também é pai de Susannah, 7 anos. Uma das principais vozes do movimento slow (por uma vida mais tranquila), o filósofo foi criado no Canadá e hoje mora em Londres. Ele domina o português porque morou no Brasil em 1988 e 1990 para trabalhar com meninos em situação de risco.

A reportagem e a entrevista é de Suzane G. Frutuoso e publicada pela revista IstoÉ, 07-10-2009.

Leia a entrevista na íntegra


SLOW DOWN

Getting More out of Harvard by Doing Less
It’s your life, even at Harvard. Enjoy it.

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Tudo o que é bom se faz lentamente

Mark Sommer é jornalista e colunista norte-americano, dirige o programa de rádio internacional A World of Possibilities

Em uma cultura global, dominada pela impaciência da juventude e alimentada por cadeias de fornecimentos rápidos, tudo precisa ser feito de imediato. Mas, justo quando parece que a perversa velocidade contagiou todo o planeta, brotam movimentos para pisar no freio e saborear lentamente os prazeres simples da vida, precisamente naquelas culturas mais vinculadas à aceleração, enquanto antigas civilizações orientais como as da China e Índia, amplamente presas na pobreza e no atraso tecnológico, se colocam em marcha e varrem séculos de lenta vida aldeã com um frenético desenvolvimento industrial.

leia na íntegra

@ Ensino Médio

É preciso mais que um ensino médio

Artigo de Jorge Werthein (*)


(*) Jorge Werthein, doutor em Educação pela Stanford University, vice-presidente da Sangari Brasil, foi representante da Unesco no Brasil. Artigo publicado em "O Estado de SP":

Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, recentemente divulgados, acendem o sinal amarelo para essa etapa da formação escolar no Brasil. Quase metade dos 2,6 milhões de estudantes que fizeram a prova em 2009 obteve notas inferiores aos 500 pontos estabelecidos como média pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo exame.

[...]

Mas como chegar lá? Alguns estudos e pesquisas oferecem sugestões bastante razoáveis. Nos EUA acaba de sair um livro intitulado Organizing Schools for Improvement: Lessons from Chicago (algo como Preparando Escolas para o Aperfeiçoamento: Lições de Chicago, em tradução livre).

Lançamento da Universidade de Chicago (ver abaixo), a obra aponta cinco ingredientes principais para o êxito da educação em escolas urbanas: liderança forte (diretores com estratégia, focados no ensino e abertos à participação de outros membros da comunidade escolar); relações abertas com os pais e a comunidade em geral; capacitação de professores, que precisam acreditar na mudança e nela envolver-se; ambiente seguro, acolhedor e estimulante para o aprendizado; e orientações e materiais didáticos de qualidade.

leia na íntegra


Organizing Schools for Improvement: Lessons from Chicago (livro)

Symposium on Organizing Schools for Improvement: Lessons from Chicago (120 minutes)

@ Salário-educação

D.O.U. (23/02/10)

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FNDE)

PORTARIA No- 55, DE 18 DE FEVEREIRO 2010 (*)

(*) Republicada por ter saído, no DOU n° 33, de 19-2-2010, Seção 2, pág. 19, indevidamente e com incorreção no original.

Art.1º Divulgar a estimativa anual de repasses e os respectivos coeficientes de distribuição das quotas estadual e municipaldo salário-educação, a vigorar no exercício de 2010.

Leia na íntegra I
Leia na íntegra II

@ Reprovação

MEC quer evitar que estudante de seis anos seja reprovado

79 mil crianças de 6 anos são reprovadas

Até 2005, antigo primário começava aos 7 anos; prefeituras alegam que crianças chegam à escola sem passar por creche ou pré

Crianças de seis anos têm sido reprovadas no país, depois que essa faixa etária passou a integrar o ensino fundamental.

Em 2008, 79,3 mil alunos do novo primeiro ano da educação fundamental não passaram de ano, conforme dados inéditos do MEC, obtidos pela Folha. O número representa 3,5% das matrículas dessa série.

Autor(es): ANTÔNIO GOIS e FÁBIO TAKAHASHI

Folha de S. Paulo - 23/02/2010

leia na íntegra

ANÁLISE (ibidem)

Por Lygia de Sousa Viégas

Números escondem vidas

Os dados recentes da educação brasileira atualizam uma discussão que povoa o mundo escolar: a reprovação no primeiro ano do ensino fundamental. O número agora apresentado, se analisado apenas sob o ponto de vista estatístico, parece pouco: a cada cem crianças, quatro são reprovadas. No entanto, devemos lembrar que os números escondem muitas vidas, pedindo reflexão.

Os caminhos são vários. Sem pretender esgotar o assunto, sinalizo dois extremos. De um lado, o mais óbvio, e que revela um traço da cultura escolar em nossa sociedade: a suposição de que "é normal que alguns alunos fiquem para trás", cuja consequência no dia a dia é reforçar preconceitos em torno de alunos, que são, por vezes de maneira precoce, tratados como "aqueles que não têm condição de aprender".

Com isso, a reprovação é vista como responsabilidade apenas desses alunos, que "não têm competência intelectual". Tratados como incapazes, eles aprendem na escola que lá não é lugar para eles. No futuro, muitos dirão "abandonei a escola", sem se dar conta de que foi a escola que os abandonou. A estrutura (que acompanha a história da educação brasileira há décadas quase de forma intocada) foi um dos motes para a implantação do ensino fundamental de nove anos, que veio acompanhada da promessa de alfabetizar todas as crianças antes dos sete anos, direito que faltava aos mais pobres e que, se supunha, os fazia reprovar logo ao entrar na escola.

No outro extremo, um "novo" aspecto deve compor a leitura desse índice, apontado por alguns como pequeno: diversos Estados e municípios implantaram políticas que proíbem a reprovação, produzindo como efeito que um número significativo de crianças passa de ano sem de fato aprender.

Basta olhar com atenção para notar que menos da metade dos municípios brasileiros registrou reprovações no primeiro ano. Assim, os alunos concluem o ensino fundamental e melhoram a estatística brasileira.

Pelos números, parece um bom resultado, mas o fato é que, mesmo dentro das escolas, eles permanecem excluídos e abandonados ao próprio azar.

Esses dois extremos da situação apontam para um aspecto comum: o descompromisso político com a melhoria da escola, sobretudo quando voltada para a população mais pobre. Saibamos: em termos de educação, os números não revelam a realidade! O fato é que ainda temos muito que avançar.

LYGIA DE SOUSA VIÉGAS é mestre e doutora em psicologia escolar pelo Instituto de Psicologia da USP. Atualmente, coordena o curso de Psicologia da Faculdade São Bento da Bahia.

@ Livropédia

Jornal Folha de São Paulo, terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

LEITURA OBRIGATÓRIA

CINCO LIVROS GANHAM VÍDEO ANIMADO NA INTERNET

"Dom Casmurro", "Auto da Barca do Inferno", "Iracema", "A Cidade e as Serras" e"O Cortiço", que estão na lista de leitura obrigatória adotada em conjunto pelosvestibulares da USP e da Unicamp, ganharam vídeos animados que estão disponíveis, para download gratuito, no site LivroClip. Completam a lista das obras obrigatórias nos dois vestibulares os livros"Memórias de um Sargento de Milícias", "Vidas Secas", "Capitães da Areia" e"Antologia Poética".

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

@ Os Sonhos dos jovens

Confira aqui a pesquisa feita pelo Datafolha sobre a intenção de voto dos jovens. As análises mostram que o sonho das meninas, entre 16 e 17 anos, é ter um diploma universitário.

mais: Qual é seu maior sonho?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

@ Pesquisas em Educação

10º Encontro de Pesquisa em Educação da ANPED – Centro-Oeste

05 a 08 de Julho de 2010 - Uberlândia - MG

leia na íntegra

@ Seminário

XV Seminário Regional sobre a Formação do Educador - FACED/UFU

14 a 17 de Março de 2010 - Uberlândia - MG

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@ Certificação ENEM

Portaria normativa nº 4, de 11 de Fevereiro de 2010.

Dispõe sobre a certificação no nível de conclusão do ensino médio ou declaração de proficiência com base no Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

@ Cuidado ao falar

Por Rosely Sayão (*)

"Os ouvidos não têm pálpebras, por isso não podemos nos proteger dos barulhos que não queremos ouvir." Essa frase, dita por uma professora de música em uma reunião de pais, me fez pensar muito na vida das crianças na atualidade.

Você já observou uma delas assistindo a um filme? Quando surge uma cena que ela não quer ver, fecha os olhos. Até adultos fazem isso. As pálpebras são uma espécie de proteção do sentido da visão: acionadas intencionalmente, nos protegem de visões que nos causam asco, medo ou repulsa, por exemplo. Desde cedo, a criança aprende a usar esse recurso.

Já do que se fala em seu entorno as crianças não podem se proteger. Hoje, os adultos não têm tomado muito cuidado quando conversam entre si perto de crianças e isso acontece por vários motivos. Um dos principais é que a presença da criança no mundo adulto foi quase naturalizada. De modo geral, não consideramos mais nocivo que ela participe de acontecimentos próprios da vida adulta. Para não sonegar informações que ela solicita ou que acreditamos que ela deva ter, lhe dizemos quase tudo.

O segundo motivo é que nós, adultos, estamos muito centrados em nossas próprias vidas.

Quando queremos desabafar, tecer comentários diversos, contar segredos, tecer julgamentos de pessoas próximas ou com as quais mantemos relações impessoais, fazemos isso sem antes observar se há crianças por perto que estariam expostas ao que dizemos.

E, além de a criança absorver tudo sem ter maturidade suficiente para dar um sentido apropriado ao que ouve, ela fica sempre pronta a expressar o que ouviu, a qualquer hora e na frente de qualquer um, já que não é capaz de guardar segredos -o que coloca seus pais em situações constrangedoras.

Uma mãe me contou que, ao entrar no elevador com a filha de cinco anos, encontrou-se com uma vizinha. De pronto, a menina disse em alto e bom som: "Mãe, é dessa mulher que você não gosta?" Nem é preciso dizer o clima que se instalou entre as duas, que convivem no mesmo prédio.

Em uma escola de educação infantil, a professora acabara de contar uma história que falava em pesadelos e sonhos. Uma criança disse que a mãe sempre tinha pesadelos porque gemia à noite e, na sequência, outras crianças comentaram o mesmo a respeito dos pais.

Nossa preocupação deve ser com o que a criança ouve e passa a fazer parte de sua formação ou deformação, em alguns casos moral, tanto quanto com aquilo a que ela dá um sentido que interfere radicalmente em sua vida psíquica e emocional.

Um garoto de nove anos entrou em estado de apatia porque ouviu seus pais tratarem de sua transferência de escola. A mãe disse que talvez fosse melhor uma escola mais fácil porque ele não era tão inteligente quanto o irmão mais velho.

Já que não conseguimos controlar tudo o que a criança ouve, podemos ao menos poupá-la dos ruídos indesejáveis a ela. Para tanto, precisamos ser mais cuidadosos na presença dos mais novos.

ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (ed. Publifolha)

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Publicado no jornal Folha de S.Paulo, Equilíbrio, 18/02/10


DICAS LITERATURA

O livro "Palavrinha ou Palavrão?" é ótimo para os pais lerem para seus filhos.

Palavrinha ou Palavrão?
Autores: Karin Rego e Daniel Kondo
Editora: Companhia das Letrinhas

@ Copa, Raízes e Diversidade

Em junho de 2010 começa a Copa do Mundo na África do Sul. Aproveite o maior evento de futebol do planeta para tratar não apenas do esporte, uma das grandes paixões brasileiras, mas também das nossas raízes culturais africanas e do respeito à diversidade.

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@ Memória de Leitura

Projeto acadêmico sobre a história da leitura e do livro no Brasil, o Memória de Leitura disponibiliza bibliografia, dados e fontes primárias sobre o tema. O site foi desenvolvido com o Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.

@ Contadores de Histórias

O portal "Roda de Histórias" reúne conteúdo produzido por contadores de histórias. São textos, áudio e vídeos que estão na internet desde 2005 e foram produzidos para o Simpósio Internacional de Histórias

@ Xadrez Livre

O projeto Ambiente Xadrez Livre é uma parceria da Secretaria de Educação a Distância do MEC, Universidade Federal do Paraná e o Centro de Excelência em Xadrez. São três ferramentas: ambiente de jogo, módulo de aprendizagem e gerenciador de torneios, que visam permitir o acesso, por estudantes do Ensino Fundamental e Médio, dos benefícios do jogo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

@ Redes de Aprendizagem

LAS REDES DE APRENDIZAJE COMO ESTRATEGIA DE MEJORA Y CAMBIO EDUCATIVO

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fonte

mais revistas:

REICE
RIEE
RLEI

@ Mensagem

Fantástica mensagem aos pais e professores!

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@ Censo Educação Superior

D.O.U. (17/02/10, Seção 1 - 4ª feira):


INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA

PORTARIAS DE 12 DE FEVEREIRO DE 2010

Art. 1º Ficam estabelecidas para as etapas e atividades do processo de realização do Censo da Educação Superior 2009, a ser realizado via Internet em todo o território nacional, as seguintes datas e respectivos responsáveis:

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

@ Meio ambiente



Guia ajuda os professores a falar sobre meio ambiente na sala de aula

Professor, que tal incluir informações sobre meio ambiente nas suas aulas em 2010. Já que o ano está só começando, o Portal do Meio Ambiente dá uma forcinha.

Este material foi produzido pelo Ministério da Educação e, talvez, alguns professores joinvilenses já tenham se deparado com ele em congressos e eventos sobre educação ambiental.

Como o assunto é, na maioria das vezes, introduzido na sala de aula pelo esforço pessoal dos educadores, especialistas resolveram criar um guia, um modelo, um “primeiro passo”.

São 40 páginas de fácil leitura e com boas ideias que podem ser levadas para a sala de aula independentemente da idade dos alunos, do tipo de escola ou do modelo pedagógico.

Baixe o arquivo e bom ano letivo!

@ Reforma Educacional

Reforma Educacional de Nova York, Possibilidades para o Brasil

Este livro, de Norman Gall, diretor executivo, e Patricia Mota Guedes, coordenadora de projetos do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial é um dos frutos de nossa parceria com a Fundação Itaú Social no programa Excelência em Gestão Educacional. Colaboraram na obra Catalina Pagés, Jane Wreford e Maria Carolina Nogueira Dias. (íntegra em PDF).

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@ Guía de planificación

Las Tecnologías de la información y la comunicación en la formación docente: Guía de planificación

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"Cada una de las funciones en el desarrollo cultural del niño aparece
dos veces: primero, en el nivel social, y luego, en el nivel individual;
primero, entre las personas (interpsicológico), y luego en el interior del
niño (intrapsicológico). Esto se aplica tanto para la atención voluntaria
como para la memoria lógica y la formación de conceptos. Todas las
funciones superiores se originan como verdaderas relaciones entre los
individuos. " (Vygotsky, 1978)


Vygotsky, L.S. (1978): Mind in Society. Harvard University Press. Cambridge, MA.Winn, W. (1993): A constructivism critique of the assumptions of instructional design,en Duffy, T., Lowyck, J., y Honassen, D. (eds). Designing Environments for the Constructive Learning. Berlin: Springer-Verlag.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

@ Profissão: docente

REVISTA EDUCAÇÃO - EDIÇÃO 154

Profissão: docente

Reitor da Universidade de Lisboa defende um novo olhar para o ofício de professor, assentado em quatro eixos: formação, cultura profissional, avaliação e intervenção pública

Paulo de Camargo

No difícil e urgente tema da formação de professores, poucos autores são tão citados como o português António Nóvoa. Reitor da Universidade de Lisboa, Nóvoa ressente-se de ter reduzido o tempo para escrever e pesquisar. Mesmo assim, vem propondo novas perspectivas para a compreensão do problema, que tem dimensões planetárias.

Agora, por exemplo, dedica-se ao que chama de "construir lógicas de comparação" entre os sistemas educativos em diferentes países do mundo, inclusive aqueles que não adotaram as métricas de avaliação mais difundidas, como o Pisa (sigla em inglês que designa o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).

Ao mesmo tempo, Nóvoa vem produzindo artigos e ensaios que originaram o livro Os professores - Imagens do futuro e do presente, recém-lançado em Portugal, e que espera publicar em breve também no Brasil. E já sonha com o próximo. "Nos tempos que correm, de tanto ruído e agitação, gostaria muito de escrever um livro sobre a pedagogia do silêncio", conta na entrevista concedida, via e-mail, ao repórter Paulo de Camargo.

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

@ Laptop

BNDES define regras para financiamento de laptop educacional

Nas poucas escolas onde a iniciativa já foi testada, garante o governo, o laptop é um sucesso. "Em Porto Alegre, já tivemos até a revolta dos 'alunos sem laptop', que querem ter o mesmo equipamento de seus colegas", comenta Aquino, ao se referir a um piloto em andamento na capital gaúcha. Os testes têm ajudado o governo a tomar decisões práticas sobre o melhor equipamento a ser utilizado.

Recentemente, por exemplo, os instrutores da iniciativa perceberam que não valia a pena investir em mouses tradicionais, que funcionam com esferas, mas sim nos modelos ópticos. A razão é simples: a criançada vinha abrindo os mouses para jogar bolinha de gude.

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@ Lousa digital

Jornal Correio, p. A4, 12/02/10

Lousa digital chega para alunos da Gladsen Guerra

Escola foi premiada em concurso internacional de projetos educacionais em 2009

A tecnologia da lousa digital acaba de chegar à primeira escola da rede municipal de ensino em Uberlândia. Na manhã de ontem, o equipamento foi entregue oficialmente à Escola Municipal Doutor Gladsen Guerra de Rezende, no bairro Canaã, zona oeste da cidade, como premiação do 3º Concurso Internacional Visual Class 2009.

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@ Meios digitais

Uso de meios digitais na educação pode melhorar aprendizagem
Agência USP

A inclusão de recursos digitais em salas de aula ajuda a aumentar a comunicação entre estudantes e professores. Projetos desenvolvidos por meio de blogs e aulas interativas incentivam a maior participação dos alunos nas atividades escolares e proporcionam benefícios na aprendizagem. “Os alunos praticamente já nascem sabendo usar computadores e nada mais natural e importante do que os professores passarem a usar os recursos digitais para melhorar o aproveitamento da disciplina”, afirma a professora Lina Maria Braga Mendes.

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Dissertação de Mestrado

Experiências de fronteira: os meios digitais em sala de aula

Autor: Mendes, Lina Maria Braga

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

@ ABP

ComCiência - REVISTA ELETRÔNICA DE JORNALISMO CIENTÍFICO

No. 115 - 10/02/2010

Dossiê: Aprendizagem baseada em problemas (ABP)

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@ Chamamento público

Ministério da Educação

GABINETE DO MINISTRO
EDITAL No- 2, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2010 ( D.O.U. 10/02/10, Seção 3)

CHAMAMENTO PÚBLICO PARA PRÉ-QUALIFICAÇÃO DE TECNOLOGIAS QUE PROMOVAM A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ORGANIZADOS EM FORMA DE MULTISSERIAÇÃO


1. OBJETO
1.1. A presente Chamada Pública tem por objeto avaliar e
pré-qualificar tecnologias educacionais com potencial de utilização no
desenvolvimento e apoio aos processos educacionais, desenvolvidos
nos anos iniciais do ensino fundamental, organizados em forma de
multisseriação, localizados em área rural, com o intuito de promover
a qualidade da educação.


2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
2.1. São objetivos específicos desta Chamada Pública:
a) pré-qualificar tecnologias educacionais, como referencial
de qualidade para utilização nos anos iniciais do ensino fundamental,
organizados em forma de multisseriação, localizados em área rural;
b) difundir padrões de qualidade de tecnologias educacionais
que orientem a organização do trabalho nos anos iniciais do ensino
fundamental, organizados em forma de multisseriação, localizados em
área rural;
c) mobilizar especialistas, pesquisadores, instituições de ensino
e pesquisa e organizações sociais para a apresentação de tecnologias
educacionais que contribuam para a elevação da qualidade
da educação nos anos iniciais do ensino fundamental, organizados em
forma de multisseriação, localizados em área rural;
d) valorizar a produção teórica voltada para a qualidade da
educação dos anos iniciais do ensino fundamental, organizados em
forma de multisseriação, localizados em área rural;
e) promover a elaboração de material didático pedagógico
específico para aprendizagem dos anos iniciais do ensino fundamental,
organizados em forma de multisseriação, localizados em área
rural.


3. ELEGIBILIDADE
3.1. As propostas poderão ser apresentadas por qualquer pessoa,
física ou jurídica, de direito público ou privado, que tenha criado
ou produzido tecnologia educacional voltada para o aprimoramento
da educação em turmas dos anos iniciais do ensino fundamental,
organizados na forma de multisseriação e localizadas em área rural e
que assegurem respeito à legislação sobre direitos autorais.


4. ÁREAS
4.1. Os proponentes deverão inscrever a proposta de tecnologia
educacional em uma das seguintes áreas:
a) ensino-aprendizagem (proposta pedagógica abrangendo articuladamente
conteúdos, metodologia e avaliação referentes ao(s)
componente(s) curriculare(s) correspondente(s) aos anos iniciais do
ensino fundamental);
b) alfabetização em classes multisseriadas;
c) ampliação da jornada escolar;
d) formação continuada de professor;
e) fluxo escolar
f) leitura: promoção e formação de mediadores de leitura
g) avaliação institucional
h) avaliação da aprendizagem.
i) gestão educacional
j) acompanhamento pedagógico
l) relação escola-comunidade
m) temas da diversidade
n) tecnologia assistiva;
o) inclusão digital.

íntegra 1
íntegra 2
íntegra 3
íntegra 4

@ Teletandem

Línguas estrangeiras para todos

Agência FAPESP – Uma pessoa é fluente em inglês, outra em português. As duas decidem se encontrar semanalmente para conversar e trocar informações utilizando alternadamente cada língua. Essa interação e o desejo mútuo de aprender a língua alheia promovem a aquisição de um idioma estrangeiro por meio de um contexto de aprendizagem conhecido por in-tandem.

O grupo coordenado pelo professor João Alves Telles, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campi de Assis e de São José do Rio Preto, associou o sistema a tecnologias digitais para ensino a distância, ampliando o alcance e as possibilidades de se aprender um novo idioma.

Os alunos interagiram por meio do software de comunicação Skype associado ao programa TalkAndWrite, desenvolvido no Brasil pela empresa catarinense Midi.

O Skype provê a comunicação por voz e faz a transmissão da imagem dos participantes por meio de webcams. O aplicativo de anotações TalkAndWrite disponibiliza um quadro virtual interativo no qual ambos os participantes podem escrever, desenhar e editar as intervenções do parceiro.

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Teletandem

O que é o teletandem?

Eu ajudo você a aprender minha língua e você me ajuda a aprender a sua!

A aprendizagem de línguas estrangeiras in-tandem envolve pares de falantes (nativos ou não nativos) de diferentes línguas trabalhando, de forma colaborativa, para aprenderem a língua um do outro.

O Teletandem Brasil coloca alunos universitários brasileiros que querem aprender uma língua estrangeira em contato com alunos universitários de outros países que estão aprendendo português.

Cada parceiro faz o papel de aluno por uma hora, falando e praticando a língua do outro parceiro. Em seguida, eles trocam de papéis e de línguas.

Usamos o Windows Live Messenger ou o Skype. Esses aplicativos são gratuitos e dispõem de recursos que permitem utilizar a voz, o texto (leitura e escrita) e imagens de vídeo por meio de uma webcam (em tempo real).

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

@ Nova biblioteca

Biblioteca de SP tenta atrair o público com best-sellers e computadores

"Queríamos um lugar que dessacralizasse a imagem da biblioteca e fosse atraente para o público não leitor", diz o secretário João Sayad que, habitualmente avesso a entrevistas, mostra prontidão quando o tema é a biblioteca. "Não seguiremos uma orientação acadêmica. Vamos destacar os livros que aparecem nas listas dos mais vendidos na mídia. Pedi para que fosse organizada como livraria, mais do que como biblioteca. Até os funcionários vão se comportar como vendedores. Será uma megastore cultural." O espaço está apto a receber 800 pessoas por hora, mas a secretaria prefere não expor a previsão de público.

As inspirações declaradas do projeto são as bibliotecas de Santiago, no Chile, e de Bogotá, na Colômbia. "Espero que a gente atraia principalmente crianças e jovens. Mas, claro, não ficarei frustrado se tiver lá aposentados lendo jornal", diz Sayad. "Minha única briga foi para que os especialistas cedessem ao gosto comum. As compras serão norteadas pela demanda dos leitores."

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BIBLIOTECA DE SÃO PAULO

Onde: av. Cruzeiro do Sul, 2.630 (ao lado do metrô Carandiru)
Quando: ter. a sex., das 9h às 21h, sáb., dom. e feriados, das 9h às 19h (abertura para o público amanhã)
Quanto: entrada gratuita

@ Trabalho on-line

Professor quer extra por trabalho on-line

Remuneração por novos mecanismos, como blogs e Twitter, é a principal reivindicação na campanha salarial da rede particular em SP

Docentes dizem que tempo dedicado fora da sala de aula, antes restrito a preparação e correção, dobrou nos últimos anos com essas ferramentas

O trabalho da professora Lígia não se resume mais a aulas, correção de trabalho e aplicação de prova no curso de publicidade. Com a adoção de sistemas eletrônicos de aprendizagem em faculdades e colégios, agora ela tem de criar conteúdo exclusivo para os alunos seguirem na internet, publicar todas as aulas e tirar dúvidas on-line.

"Fico em contato com alunos até a meia-noite por meio dessas ferramentas. Sem ganhar nada pelo trabalho extra", diz ela, docente da Universidade Mackenzie; ela prefere não ter o nome verdadeiro divulgado.

A remuneração pelo trabalho de alimentar os novos mecanismos tecnológicos utilizados na educação (blogs, Twitter e plataformas como Moodle, em que o aluno acessa conteúdos via internet e conversa on-line com professores) é a principal reivindicação dos docentes da rede particular na campanha salarial deste ano em São Paulo.

Professores ouvidos pela reportagem dizem que o tempo extraclasse exigido dobrou nos últimos anos devido à introdução das novas ferramentas. Antes, eles apenas preparavam as aulas e corrigiam trabalhos e provas -atividades mantidas.

Essa forma de aproximação com os alunos, por meio da tecnologia, é fundamental. Mas o professor deve ser remunerado", diz o presidente da Fepesp (federação dos docentes da rede privada), Celso Napolitano.

A proposta da entidade é que os professores, tanto do ensino básico quanto do superior, ganhem hora extra por conta dessas atividades ou tenham um tempo na jornada de trabalho específico para esse fim.

A convenção atual da categoria prevê acréscimo de 5% no salário docente para atividades extraclasse, como preparação de aulas ou correção de trabalhos. Mas não abrange a dedicação aos novos sistemas.

Professores e escolas começaram a negociar nesta semana a reivindicação. Ainda não há definição sobre esse ponto nem para o pedido de reajuste salarial acima da inflação.

A média de remuneração na rede privada no Estado é de R$ 1.820 (no ensino médio) e R$ 2.615 (no ensino superior) -os valores, porém, são muito divergentes no sistema; alguns colégios tops pagam mais de cinco vezes esses valores; outros, bem menos que a média.

"As escolas afirmam que não é obrigatório o uso das ferramentas. Mas isso é considerado na hora de definir se o professor ficará no próximo ano", diz um docente do colégio Rio Branco.

Optativo

A diretora do Rio Branco, Esther Carvalho, diz que as ferramentas são, de fato, optativas. "Mas quem não sabe o que são está fora de seu tempo."

Aluno do colégio Bandeirantes, um dos pioneiros da utilização das tecnologias, Leonardo Maçan, 13, diz serem indispensáveis os meios virtuais. Ele conversa diariamente com professores por e-mail. "Seria chato ter de esperar pela resposta."

Já o colega Dimitri Scripnic, 12, elogia uma plataforma virtual na qual os professores publicam o conteúdo da aula dada no dia. "É mais fácil do que anotar no caderno. E ajuda para se organizar para as provas."

O Semesp (sindicato das universidades particulares de SP), o Sieeesp (sindicato das escolas básicas privadas do Estado) e o Instituto Mackenzie não se manifestaram sobre o assunto.


entrevista

Tecnologia estimula aluno, diz educadora

A conselheira da Associação Brasileira de Ensino à Distância, educadora Marta de Campos Maia, diz que o uso dos recursos virtuais não pode ser negado.

FOLHA - Por que incentivar o uso dessas tecnologias?
MARTA DE CAMPOS MAIA - Cada aluno aprende de uma maneira. Se eu dou várias ferramentas a ele e digo para ele estudar onde ele quiser, no momento que ele quiser, amplio a possibilidade de estudo e estimulo esse aluno a aprender de uma nova forma. Os alunos de hoje são integrados às novas tecnologias. Trabalham em rede. Se lançam uma pergunta numa rede social, estão ligados a centenas de pessoas e têm essa resposta num piscar de olhos.

FOLHA - E eles exigem isso dos professores?
MARTA - Eles querem tudo muito rápido, muito veloz. Hoje, se você demora para entregar uma avaliação ou para dizer como ele foi no trabalho, ele vai reclamar e reclamar muito. Ele quer do professor um contato, uma integração.

FOLHA - Mas os professores estão preparados?
MARTA - O gargalo está nos professores. Enquanto eles não estiverem retreinados para pensar de uma outra forma, para deixar de pensar no conteúdo da disciplina e passar a pensar na aprendizagem do aluno, não vão conseguir atingir os bons níveis educacionais.

FOLHA - Há resistência?
MARTA - Sim, acho que os professores têm muita resistência, principalmente os mais velhos. Mas isso tende a desaparecer.Como os alunos fazem avaliações constantes dos professores, a disponibilidade do professor fora da sala de aula é mais um quesito avaliado. Ele não vai poder negar isso por muito mais tempo. Pelo menos, então, que ele seja remunerado.


Colégio não sabe como calcular trabalho em casa

Escolas particulares dizem que, como as mudanças são recentes, ainda não houve tempo para criar um mecanismo justo para remunerar o trabalho exigido pelas novas ferramentas.

"É algo absolutamente complexo porque não existe legislação para isso", diz Luis Antonio Laurelli, diretor-geral do Pueri Domus. "Como mensurar o número de horas que o professor pode dedicar na sua casa?"

A diretora do colégio Rio Branco, Esther Carvalho, concorda. "A situação está confusa. Se o professor escreve uma aula, por que não prepara um vídeo?", diz a diretora. "Mas nada impede que conversemos sobre mudanças [de remuneração]."

Para Arthur Fonseca Filho, presidente do Conselho Estadual de Educação e dono da escola Uirapuru, em Sorocaba, a solução seria pensar em um contrato que levasse em conta o tempo que os professores passam atendendo e o número de alunos atendidos. "Não é como uma hora-aula. Os referenciais são outros, devem variar conforme o projeto."

Mas há colégios que pensam diferente. O Bandeirantes, que tem um departamento só para cuidar das atividades virtuais, diz que não é necessário pagar hora extra para o professor que responde dúvidas por e-mail ou disponibiliza aulas nas plataformas virtuais do colégio.

"Antes o professor preparava a aula e colocava a matéria na lousa. Hoje, ele faz no Power Point e coloca na sala virtual. Isso não tem que ser remunerado", diz Mauro Aguiar, diretor presidente da escola. "O professor precisa é ser bem remunerado e receber recursos para usar as novas tecnologias."

No colégio, as atividades virtuais são uma espécie de continuidade do conteúdo passado em sala de aula. E, para isso, os professores recebem treinamentos constantes, diz Mario Abbondati, coordenador de tecnologias educacionais do Bandeirantes.

"Os professores sabem que esses ambientes colaborativos auxiliam no aprendizado e que, sem eles, estariam limitando o aprendizado apenas para a sala de aula."


Publicado no jornal Folha de S.Paulo, 09/02/10

@ Qualidade na educação

O conceito de qualidade na educação

Por Rudá Ricci (*)

Chegamos ao final da primeira década do século 21 e nossos gestores educacionais e seus consultores propalam fórmulas que parecem prato requentado ou mera transferência de técnicas empresariais de aumento de produtividade como soluções para um ofício peculiar.

Falta de imaginação ou discurso mercadológico de aceitação externa, o fato é que mais parece tentativa de excluir diretores, especialistas e professores do debate sobre os rumos da educação, fazendo coro para envolver o grande público. Como se a saída para a educação fosse questão circunscrita à disputa da opinião pública.

O que seria qualidade na área educacional? Pelo discurso dos gestores públicos, as notas de avaliações sistêmicas: Saresp, Ideb, Simave etc. Seguindo essa trilha, a questão seguinte seria, por lógica, o que as avaliações sistêmicas deveriam investigar. Aí topamos com um imenso silêncio.

Hannah Arendt sugeria que a função da educação é a humanização, ou seja, a inserção dos educandos na humanidade, conformada por experiências plasmadas na linguagem, na escrita, na música, nas artes. Para autores mais focados no sucesso individual, a qualidade da educação estaria centrada no progresso acadêmico ou de emprego-renda do educando.E nossas avaliações sistêmicas, elas partem de qual princípio? De um vago e generalizado desempenho dos educandos, sem que os não gestores tenham condição de penetrar nessa fórmula mágica.Já temos ao menos duas décadas de experiências com avaliações sistêmicas externas a respeito do desempenho de nossos alunos. Mas, pelos artigos e propostas apresentadas pelos gestores na grande imprensa, os avanços promovidos foram pífios.

Não chegaram a sinalizar os rumos a serem seguidos para a qualidade e o sucesso tão propalados. Ao contrário.Dados recentes divulgados pelo Ipea indicam que apenas 13% dos jovens entre 18 e 24 anos frequentavam universidade em 2007. Trata-se da faixa etária mais vulnerável ao desemprego em nosso país. Os dados oficiais revelam uma situação ainda mais grave: menos da metade dos adolescentes entre 15 e 17 anos cursava o ensino médio em 2007.

As disparidades regionais e entre campo e cidade nos aproximam de uma calamidade pública: 57% desses adolescentes que vivem nas cidades brasileiras frequentam o ensino médio, índice que despenca para 31% no caso dos que residem no campo.

E aí começamos a desvelar o mundo real da educação, e não esse pasteurizado e inatingível pelos resultados das avaliações sistêmicas: a taxa de frequência dos que têm renda mensal superior a cinco salários mínimos é dez vezes maior que a dos que percebem até meio salário mínimo.

Circunscrever o foco da avaliação de desempenho à escola, não avaliando o impacto da condição das famílias na performance escolar, é pouco inteligente. E sustentar que a melhora do desempenho de nossos educandos ocorre a partir da premiação de professores é um gasto desnecessário e de pouca evidência de sua eficácia.

Sem articulação de políticas públicas que fechem o círculo da formação de nossas crianças e jovens, envolvendo escola, família e comunidade, todas iniciativas se aproximam de tentativa e erro dos nossos gestores. Talvez essa seja a motivação para se tornarem tão apaixonados pelas fórmulas que os cidadãos não gestores não compreendem em sua totalidade.

Daí por que vários se envolvem com articulações políticas e de conquista da opinião pública cujo mote é envolver todos pela educação, como se fora mobilização sem base social, cujos líderes são a própria base. Porque é uma aposta, e não uma certeza.

O processo educativo envolve muito mais que avaliações meramente quantitativas focadas no educando.Envolve o consórcio de professores e educadores que contribuem para a formação cotidiana do educando. Envolve o impacto dos hábitos dos pais.

Também sabemos que o perfil do dirigente escolar impacta decisivamente no desempenho de alunos.

Mas as avaliações da moda no Brasil não conseguem articular esses inputs. No máximo, apresentam dados frios que não auxiliam os educadores a compreender por qual motivo 30% dos seus alunos não sabem interpretar textos complexos, ao contrário do restante. E, assim, lançam mão da tradicional e equivocada aula de reforço, que repete fórmula que já se revelou equivocada anteriormente.

Enfim, marketing e educação nunca foram bons aliados. Educação não vive limitada às boas intenções. Trata-se de um tema lastreado em estudos e pesquisas que não geram respostas fáceis.

(*) RUDÁ RICCI, 47, doutor em ciências sociais, é membro do Fórum Brasil de Orçamento e consultor do SindUTE-MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) e do Sinesp (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo).

Blog

Publicado no jornal Folha de S.Paulo, 09/02/10

@ Indicados para o Conselho

Educação: indicados para Conselho serão ouvidos

Comissão especial da ALMG para emitir parecer se reúne hoje (09/02) às 15 horas

Quatro indicados para compor o Conselho Estadual de Educação (CEE) serão arguídos hoje por deputados da Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais criada para emitir parecer sobre as indicações. São eles: Ângela Imaculada de Freitas Dalben, Faiçal David Freire Chequer, Sebastião Antônio dos Reis e Silva e Tomaz de Andrade Nogueira. A reunião será às 15 horas no Plenarinho III e a relatoria está a cargo da deputada Rosângela Reis (PV).

Ângela Dalben é doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas (UFMG) e atualmente leciona Didática e Prática Educativa em cursos de pós-graduação desta instituição, onde também atua como orientadora de mestrandos e doutorandos. Entre outras atividades, desenvolve pesquisas na área de avaliação de políticas educacionais, tendo coordenado o projeto de avaliação da implementação do programa Escola Plural da Rede Municipal de Belo Horizonte. Tem vários livros publicados.

Faiçal Chequer Bacharel em Direito e graduado em Letras, cursou doutorado em Ciências Penais e Direito Público, pela UFMG. Foi reitor da Universidade de Itaúna e membro do Ministério Público, entre outros cargos. Já foi conselheiro do CEE, presidente da Ordem dos Advogados de Minas Gerais e membro do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, representando a instituição de Itaúna.

Advogado e administrador de empresas, Sebastião Reis e Silva tem especialização em Ciências Políticas, Formação Profissional e Consultoria Empresarial e é diretor do Senac em Minas Gerais. Foi professor da UFMG e do Sistema Pitágoras de Ensino, além de gerente do Centro de Formação Profissional do Senac. Já proferiu palestras em outros estados brasileiros e no exterior.

Coordenador do Centro de Comunicação da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), o professor Tomaz Nogueira é mestre em Educação, pela UFRJ, e tem especialização em Língua Portuguesa, pela PUC-Minas. Já lecionou em diferentes instituições de ensino superior em Belo Horizonte e no interior do Estado. Foi diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de Itaúna.

Atribuições

O Conselho Estadual de Educação foi instalado no dia 12 de janeiro de 1963, por intermédio do Decreto 6.659/62. O CEE é órgão autônomo, com a composição, finalidade e competência estabelecidas pela legislação federal. É constituído de 24 integrantes, nomeados pelo Governador do Estado dentre pessoas de notório saber e experiência em matéria de educação.

O Conselho desempenha funções normativas e consultivas. Nos ensinos médio e fundamental, por exemplo, baixa normas sobre autorização de funcionamento, reconhecimento, inspeção e caracterização de estabelecimento de ensino; regimento escolar; matrícula, transferência, adaptação de aluno e regularização de sua vida escolar.

No ensino superior, manifesta-se sobre autorização de funcionamento de universidade e estabelecimento de ensino agrupados ou isolados; baixa normas sobre inspeção; aprova indicação de professor, opina sobre a transferência de estabelecimento de ensino de uma para outra entidade mantenedora; e julga recurso contra decisão final, esgotadas as instâncias administrativas, adotada por instituição de ensino.

Os 24 integrantes são nomeados pelo governador do Estado, para mandato de quatro anos, com término a 31 de dezembro dos anos ímpares, permitida a recondução a critério do governador. O Conselho divide-se em Câmaras, que têm competências previstas no Regimento: - Câmara do Ensino Fundamental, com sete integrantes; Câmara do Ensino Médio, com dez; Câmara do Ensino Superior, com seis e Câmara de Planos e Legislação, com nove.

fonte

@ Universo infantil

Desenvolvimento infantil

Os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por grandes transformações e descobertas. Aos poucos, os pequenos começam a entender o mundo em vivem e aprendem a lidar consigo mesmos e com os outros. Para ajudar você a compreender melhor o universo infantil, preparamos esta série especial com sete reportagens e sete vídeos.

Boa leitura!


Crianças de 4 a 6 anos são responsáveis por rádio escolar

leia na íntegra

@ Música

LEI Nº 11.769, DE 18 DE AGOSTO DE 2008.

Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica.

Os sistemas de ensino terão 3 (três) anos letivos para se adaptarem às exigências estabelecidas nos arts. 1º e 2º desta Lei.

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Entrevista com Keith Swanwick, sobre o ensino de música nas escolas

Para o especialista inglês, é fundamental unir atividades de execução, apreciação e criação para que os alunos se desenvolvam artisticamente

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@ Disque-denúncia

Alagoas cria disque-denúncia para casos de discriminação contra alunos com deficiência

A Secretaria da Educação e do Esporte de Alagoas colocou à disposição da sociedade um telefone para receber denúncias de atos discriminatórios contra alunos com deficiência. Ligando para (82) 3315-1275 é possível denunciar dificuldade de fazer matricula em escolas, falta de atendimento adequado nos órgãos públicos e problemas no acesso a programas de lazer e esporte.

Depois de receber a denúncia, a Secretaria de Educação fica responsável por verificar se a queixa é verdadeira e por tentar um acordo com a instituição acusada. Caso a denúncia seja mais grave, ela será encaminhada para o Ministério Público do estado, parceiro da iniciativa, que deve iniciar os processos legais para resolver o problema.

A medida, inédita no país, está funcionando desde 11 de janeiro e até agora recebeu 12 denúncias, todas relacionadas a dificuldades em fazer matrículas escolares. Delas, cinco foram resolvidas e sete aguardam uma proposta de solução da instituição acusada.

“O decreto presidencial 6571 determina que toda criança tem direito a educação formal e esperamos que essa medida ajude a cumprir a lei”, afirma a gerente de educação especial de Alagoas, Joelina Cerqueira. “Os professores da rede pública são capazes de trabalhar com esse público. Eles precisam de prática”.

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@ Mapas

Ipea lança portal de mapas

Agência FAPESP – O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou o portal Mapas Ipea, que permite a visualização, no mapa brasileiro, de diversas informações sobre os municípios do país. A ferramenta possibilita a consulta de grande número de dados, incluindo população, área, Produto Interno Bruto (PIB), rodovias, estatísticas de educação e quantidade de servidores públicos nos municípios.

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mais informações

@ Zappiens

Vídeos para pesquisa e ensino

Agência FAPESP – O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) lançou o Zappiens.br, serviço gratuito de distribuição de vídeos com conteúdo científico, educativo, artístico e cultural em língua portuguesa.

A novidade foi feita em parceria com o Arquivo Nacional, a Universidade de São Paulo (USP), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), de Portugal.

Inicialmente, os interessados encontrarão disponíveis para consulta materiais do próprio CGI.br, da USP e do Arquivo Nacional, como os Cinejornais – noticiários transmitidos em cinemas brasileiros entre as décadas de 1930 e 1970.

O Zappiens.br oferece a oportunidade de reunir e tornar público acervos raros e exclusivos, que podem ser utilizados como fonte para estudo e pesquisa. “Com acesso gratuito, o objetivo é disseminar cultura, informação científica e tecnológica entre diversas comunidades”, disse Henrique Faulhaber, conselheiro do CGI.br.

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@ Pense Antes de Postar

Dia da Internet Segura - Brasil - 2010

O Dia da Internet Segura (“Safer Internet Day”) é uma iniciativa que mobiliza países de todo o mundo para promover o uso seguro da Internet. Esta idéia foi organizada pela Rede INSAFE, rede que agrupa as organizações que trabalham na promoção do uso consciente da Internet nos países da União Européia. Em 2010 o tema central será: "Pense Antes de Postar". Na semana do dia 09 de Fevereiro teremos muitas novidades e eventos divertidos. Contamos já com sua participação.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

@ Viagem do Conhecimento

Viagem do Conhecimento – Desafio National Geographic 2010

As inscrições para o Desafio National Geographic 2010 já estão abertas. Clique aqui

Vai começar a terceira edição da maior olimpíada de conhecimentos geográfico-históricos do País! Depois de reunir mais de 500 mil participantes nas duas primeiras edições (2008 e 2009), o Viagem do conhecimento – Desafio National Geographic está de volta! Até o dia 1º de junho, escolas públicas e particulares de todo o país poderão inscrever seus alunos na competição estudantil organizada pela Editora Abril e pela revista National Geographic Brasil, que visa estimular jovens estudantes, com seus núcleos familiares e escolares, a conhecer melhor o espaço, o país e o mundo onde vivem. Podem participar do Desafio National Geographic 2010 alunos regularmente matriculados nos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio. Os critérios e formas de inscrição do concurso são simples: basta que um responsável da instituição (diretor, coordenador ou professor de Geografia) inscreva sua escola no site oficial do desafio, onde encontra também o regulamento completo e todo o material de apoio.

leia na íntegra

Serviço

Viagem do Conhecimento – Desafio National Geographic 2010

Quem pode participar do desafio: alunos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio de escolas públicas e privadas.

Inscrições gratuitas: até 1º de junho de 2010.

Como se inscrever: professores de Geografia ou a direção da escola inscrevem a instituição clicando aqui.

Fase Local (primeira prova): 09 de junho de 2010.

Regulamento completo e outras informações, clique aqui.

@ 4º Concurso CGU

CGU lança concurso de desenho e redação para alunos de ensino fundamental e médio

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO (CGU)

SECRETARIA DE PREVENÇÃO DA CORRUPÇÃO E INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS

PORTARIA Nº 218, DE 3 DE FEVEREIRO DE 2010

Art. 1º - Instituir o 4º Concurso de Desenho e Redação da CGU, conforme regulamento
constante do Anexo I desta Portaria, a ser publicado no site Criança Cidadã - Portalzinho da CGU.

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leia na íntegra 2
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publicado no D.O.U. , edição do dia 08/02/10

domingo, 7 de fevereiro de 2010

@ Programas Infantis

Programas infantis de TV vão reforçar aulas

Prefeitura de SP usará vídeos e cadernos com turma do Cocoricó para tentar melhorar ensino de português e matemática

Parceria feita com Fundação Padre Anchieta, que mantém a TV Cultura, vai atender 500 mil crianças dos nove anos do ensino fundamental

Júlio tem oito anos e vai ensinar as crianças a ler, escrever e contar. Terá a ajuda do cavalo Alípio, da vaca Mimosa e das galinhas Zazá, Lola e Lilica.

A partir de março, os personagens do programa infantil Cocoricó vão entrar nas salas de aula da rede municipal de ensino de São Paulo em vídeos e cadernos de atividades.A turma do Cocoricó e personagens de outros programas da TV Cultura foram escalados para a tarefa de reforçar a qualidade do ensino de língua portuguesa e matemática de cerca de 500 mil crianças dos nove anos do ensino fundamental.

O projeto é uma parceria entre a prefeitura e a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura. Foram criados exercícios complementares à atividade didática, algumas acompanhadas de vídeos. "X-Tudo" e o "Sr. Brasil" Rolando Boldrin, por exemplo, estão na lista. São mais de 60 vídeos.

Mas o que mais chama atenção é mesmo o Cocoricó, que será usado nas atividades até o terceiro ano. Os filmes selecionados para as salas de aula foram gravados antes do encerramento do contrato com a equipe de produção do Cocoricó. A TV Cultura informou que o programa voltará a ser produzido no segundo semestre.

Na primeira aula de matemática para o primeiro ano, Júlio conhece o menino Lucas, que conta tudo o que vê pela frente (carros, pessoas, andares de prédios). E, como uma brincadeira, os dois vão contando de trás para a frente, de frente para trás, de dois em dois, e a criançada vai aprendendo a sequência dos números e tendo noções de ordem de grandeza.

"Foi o vídeo que eu mais gostei", afirmou o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider. É um episódio de cinco minutos feito especialmente para o projeto. Mas muita coisa foi aproveitada do próprio acervo da TV Cultura, sempre seguindo a grade curricular da rede municipal.

"Todo o material foi pensado levando em conta as dificuldades detectadas nas provas de avaliação", disse Fernando Almeida, vice-presidente da Fundação Padre Anchieta e secretário de Educação no início da gestão Marta Suplicy (PT).

O material está sendo impresso e será distribuído em março para ser usado pelo menos duas vezes por semana em salas de aula. Nos livros dos professores os DVDs virão encartados e poderão ser exibidos nas salas de aula ou de leitura.

O material será atualizado anualmente, com a participação dos professores que trocarão informações por meio de um portal. E, para 2011, Schneider e Almeida já pensam em materiais também de ciências, inglês, história e geografia.

O projeto pode ser estendido para outros cidades e Estados, mas o material feito para São Paulo deve continuar de uso exclusivo. "Tem muitos exemplos de São Paulo: o Ibirapuera, o trânsito, as ruas. Não dá pra usar isso em outro lugar", afirmou Almeida.

Publicado no jornal Folha de S.Paulo, Cotidiano, 07/02/10

@ Incríveis locutores

Os incríveis locutores da "Jacaré FM"

Por Gilberto Dimenstein

NA RÁDIO "Jacaré FM", pauteiros, editores e locutores têm, no máximo, seis anos de idade e, no mínimo, quatro anos. Apesar de ser um produto veiculado apenas pela internet (radiojacarefm.spaces.live.com), eles fazem sucesso com uma audiência cativa. Semanalmente, são ouvidos com atenção pelos colegas da escola -afinal, os professores não só deixam como estimulam que o programa seja tocado durante as aulas.Não dá para saber se os integrantes da "Jacaré FM" têm futuro profissional em comunicação. Mas posso garantir que, por trás da experiência desenvolvida nessa escola municipal de São Paulo, existe uma profissão de futuro. Pela primeira vez, essa carreira ganha um curso de graduação.

A USP criou o curso de educomunicação -o que, em poucas palavras, mostra como usar os meios de comunicação na aprendizagem. É muito mais fácil ensinar português para uma criança seduzida pela necessidade de falar numa rádio, na TV ou num site do que rabiscando na lousa regras da norma da culta. Lembremos que, na semana passada, saíram os resultados sobre o desempenho dos alunos da rede municipal paulistana -a imensa maioria não atinge os níveis satisfatórios em português e matemática.

Um caso de educomunicação é exibido por Maria Eugênia Geve, 14 anos, que criou uma comunidade no Orkut em que jovens escrevem romances -na prática, uma editora que estimula as pessoas a desenvolver o prazer da escrita. Vai ser inaugurada amanhã no local em que, no passado, era o Carandiru, uma biblioteca pública, onde uma das principais atrações serão os computadores com acesso livre à internet e a jogos eletrônicos. Serão disponibilizados CDs e DVDs. Por mais completo que fosse o acervo de livros, dificilmente esse espaço seduziria o público sem os recursos digitais. Não é mais possível imaginar que se possa educar sem lidar com a comunicação. Fora disso, a escola vai ficando cada vez mais defasada, limitada entre quatro paredes, enquanto os alunos navegam digitalmente pelo planeta.

É um ambiente de transmissão cada vez mais veloz de informações, que exige um acompanhamento diário e profissional. Tudo corre tão rápido que aquilo que para os adultos ainda parece novidade envelhece rapidamente -o e-mail, por exemplo. Os mais jovens preferem se comunicar pelas redes sociais e se irritam com o lixo que chega nos e-mails. Na semana passada, uma pesquisa da Pew Research Center mostrou que as crianças americanas encaram o blog como uma ferramenta ultrapassada. Optam pelo Twitter e pelo Facebook. Segundo a Kaiser Family Foundation, crianças e adolescentes estão ficando menos diante dos aparelhos de televisão, afinal podem acessar os conteúdos dos programas no YouTube, tanto pela tela de um computador como de um telefone celular. Mesmo quando diante da televisão ligada, a atenção é dividida com esses aparelhos.

Apenas um número encontrado por essa fundação já justificaria o papel do educomunicador: diariamente, um jovem americano é submetido a quase 11 horas de conteúdos de entretenimento. Pesquisas disponíveis revelam que, no Brasil, a tendência é semelhante.

Por causa desses números, muitas vezes, os meios de comunicação são olhados com desconfiança ou até demonizados pelos professores. É como se fossem mais um elemento de indisciplina. Daí que falar em transformar as lan houses em espaços educativos parece uma heresia -aliás, recebi uma pesquisa mostrando que universitários que usam as lan houses para fazer cursos à distância demonstram melhor desempenho, por não se sentirem tão sozinhos. Acompanho desde a década de 1990 projetos comunicação, usando recursos digitais baratos, aplicados em escolas públicas e privadas dentro e fora do Brasil. Quando bem orientados, a resposta é quase sempre a mesma: desenvolvem-se as habilidades de pesquisa e de síntese. Juntam-se prazer e autonomia de aprendizado. Os alunos tendem a ver sentido no que estudam.

Tais resultados apenas reforçam a importância do debate concentrado em Brasília para a expansão da banda larga, foco de discórdia entre governo e telefônicas. A experiência mostra, porém, que sem a intermediação de um profissional de comunicação e educação, o computador não produz nada, mesmo com a conexão mais veloz de internet -muito menos uma rádio feita por crianças educadoras.

PS - Por falar em recursos baratos, acaba de ser produzido na internet um manual sobre como fazer vídeos. Ensina-se desde a montagem do roteiro até como editar as imagens feitas por celular. Coloquei o manual no catracalivre.com.br. Ótimo para ser usado nas escolas.

gdimen@uol.com.br

Publicado no jornal Folha de S.Paulo, Cotidiano, 07/02/10

@ Evasão

Jornal Correio, p. A3, 07/02/10

Licenciatura lidera desistências

Cursos de Matemática, Física e História registram os maiores índices de abandono

O sonho de se tornar um universitário, muitas vezes, se transforma em frustração e descontentamento, depois que a vaga é conquistada. Na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), esta realidade é mais evidente nos cursos de licenciatura em Matemática, Física e História, que lideram as desistências. Em 2009, dos 15,8 mil estudantes da instituição, 700 abandonaram os respectivos cursos. Destes, 128 estavam matriculados nos três cursos de maior desistência, o que corresponde a 18,3% do total. Se comparado com dados de 2008, o número de desistências (97) cresceu 27%.

No curso de Matemática, de acordo com o coordenador Luiz Antônio Benedetti, a evasão chega a 40% do número total de alunos, em torno de 70 por ano. “É um número alto e estamos estudando uma forma de reduzi-lo”, disse.

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

@ Desafios

Desafios da educação para o próximo presidente

Leia o artigo do psicólogo João Batista Araújo e Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto e membro do grupo de estudo da ABC sobre Aprendizagem Infantil, publicado no Correio Braziliense.

fonte

@ Ler, escrever, calcular

Ler, escrever, calcular

Por Cesar Benjamin (*)

Não devem passar despercebidos dois artigos publicados nesta Folha nos últimos dias. Em "Repetência e alfabetização", de 27 de janeiro, João Batista Araújo e Oliveira apresentou resultados de um teste aplicado em 338 mil alunos do segundo ao quinto ano em 350 municípios brasileiros espalhados por 25 Estados, uma amostra muito representativa. Nada menos de 70% dos avaliados foram considerados analfabetos, e 50% dos estudantes do quinto ano foram classificados assim.

No dia 4, a Folha noticiou o desempenho de alunos da rede municipal de São Paulo em matemática. Não me estenderei. Ocimar Alavarse, da USP, avaliou o resultado como "escandaloso". Um teste semelhante, em escala nacional, mostraria resultado igual ou pior. Tais avaliações mostram que o Brasil ainda recusa à maioria dos seus filhos a possibilidade de participar das potencialidades da civilização contemporânea. Estamos diante de um problema grave, antigo, estrutural, que envolve todos os níveis de governo e a sociedade. Mas não conseguimos reagir.

Há íntima relação entre a capacidade formal de expressão e os conteúdos que se deseja expressar. Em um dos Seminários de Zollikon, Heidegger pergunta: "Por que os animais não falam?". Ele mesmo responde, de maneira simples e muito perspicaz: "Porque não têm o que dizer". Quando depois se refere ao homem como "o animal falante", talvez possamos ler "o animal que tem o que dizer".

Os homens sempre tiveram muito a dizer. Todas as sociedades, das mais primitivas às mais avançadas, separadas por dezenas de milhares de anos, criaram línguas que apresentam grau semelhante de complexidade, a ponto de até hoje não ter sido possível construir uma teoria evolutiva da linguagem, esse grande enigma humano.

Pois é de uma linguagem criativa que se trata, o que nos diferencia. Adquirimos na infância a misteriosa capacidade de construir e entender um número indefinido de sentenças que jamais ouvimos e que talvez jamais tenham sido enunciadas, enquanto os sistemas de comunicação usados por outras espécies só permitem a transmissão de um pequeno conjunto de mensagens cujo significado é fixo.

Assim, além das funções de expressão pessoal e de comunicação imediata, que compartilhamos com os animais, nossa linguagem possui funções superiores que lhe são específicas, como descrição, conceitualização e argumentação.

Graças a elas, podemos desenvolver, por exemplo, padrões de crítica, a ideia de verdade, o conceito de razão. Popper é enfático: "É ao desenvolvimento das funções superiores da linguagem que devemos a nossa humanidade, a nossa razão, pois nossos poderes de raciocínio nada mais são do que poderes de argumentação crítica".

A capacidade de abstração, a formulação de explicações, a compreensão de objetos complexos -tudo isso exige o cultivo das funções superiores da linguagem, que, no mundo contemporâneo, implica o domínio pleno da leitura e da escrita, além de fundamentos de lógica que nos são transmitidos, principalmente, pela matemática.

Nenhuma sociedade poderá se manter à tona, no século 21, sem disseminar essas capacidades em suas populações. Isso exige que as crianças aprendam a ler, escrever e calcular, com proficiência, na idade adequada. É a base do que vem depois. Se isso não for obtido no tempo certo, toda a estrutura educacional do país permanecerá comprometida. Eis um grande tema para a campanha presidencial, se ela quiser ser mais que uma pantomima.

(*) CESAR BENJAMIN, 55, editor da Editora Contraponto e doutor honoris causa da Universidade Bicentenária de Aragua (Venezuela), é autor de "Bom Combate" (Contraponto, 2006).

Publicado no jornal Folha de S.Paulo, 06/02/10

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

@ Pequenas violências

Pequenas violências, pesadas consequências

Por Glaucio Ary Dillon Soares

Sociólogo, é pesquisador do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj)

Crianças e adolescentes com alguma deficiência são alvos frequentes de agressões verbais e físicas nas escolas e colégios. É um tema relativamente bem estudado em alguns países. Essa área é conhecida como bullying. Há muitas pesquisas sobre bullying; infelizmente, quase todas fora do Brasil. Em verdade, bullying é a principal razão pela qual crianças e adolescentes com deficiências mudam de escola. Essas agressões são quase sempre verbais, mas há algumas que são físicas e um pequeno número de agressões violentas. Os atos agressivos, os deboches e as zombarias são mais importantes do que as dificuldades derivadas da doença na determinação da insatisfação do aluno com a instituição e dos pedidos de transferência.

Não obstante, crianças deficientes trazem sua carga de problemas psicológicos e de adaptação e, com alguma frequência, são, elas próprias, bullies. Algumas se defendem quando agredidas e batem de volta.

Uma pesquisa com 300 crianças no norte da Inglaterra e na Escócia ajudou a entender vários processos. Entrevistaram crianças e adolescentes, individualmente e em grupo. Essa pesquisa difere de grande parte das pesquisas convencionais que se concentram nas informações proporcionadas pelos professores e professoras. O que eles não veem e não ouvem é perdido. O diretor da pesquisa, Nick Watson, enfatizou o olhar novo que a pesquisa trouxe — a partir das crianças.

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Artigo publicado no Correio Braziliense, dia 05/02/10

"Children 5-16: Growing into the Twenty-First Century"

@ Educação de qualidade

Campanha realiza seminário internacional sobre educação de qualidade

A cidade de São Paulo será sede do I Seminário Internacional sobre Educação de Qualidade da CGE (Campanha Global pela Educação). O evento foi proposto pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação e será realizado em parceria com a CGE e com apoio da Internacional da Educação entre 15 e 17 de março de 2010.

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@ Gestão Escolar

Prêmio estimula a melhoria do desempenho escolar

Escolas públicas estaduais, municipais ou conveniadas que possuam mais de cem alunos matriculados na educação básica podem participar do Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar – Ano Base/2009. O dossiê que evidencia os projetos e atividades desenvolvidas nas escolas e o processo de auto-avaliação escolar devem ser entregues até o dia 14 de maio de 2010. A entrega deve ser feita na Secretaria de Estado da Educação para registrar a candidatura aos comitês, estaduais / regionais de avaliação.

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Manual de Orientações

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Inscrições para prêmio em gestão escolar vão até maio

As escolas públicas de educação básica com mais de cem alunos poderão se inscrever até o dia 14 de maio no Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar e concorrer a prêmios de R$ 2 mil, R$ 3,5 mil e R$ 15 mil, uma coletânea de vídeos educativos, diplomas e até uma viagem de intercâmbio pelo Brasil ou pelos Estados Unidos da América.

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

@ Tempo perdido

Cópia: tempo perdido

Embora seja uma prática bastante comum nas salas de aula brasileiras, a cópia quase nunca faz sentido como um recurso didático

Certamente você conhece esta cena: ao propor que as crianças copiem determinado texto, elas torcem o nariz, reclamam e, preguiçosamente, começam a transcrever o conteúdo para o caderno.Antes de lamentar a apatia da turma ou simplesmente seguir em frente com esse tipo de proposta ignorando o mal-estar, é necessário analisar a situação a fundo, em busca dos resultados que ela realmente proporciona e das aprendizagens que se pretende alcançar. Depois de fazer isso, pode acreditar, a cópia será praticamente banida das salas de aula, principalmente nas turmas de alfabetização.

Já está mais do que comprovado que os alunos são levados desnecessariamente a copiar muita coisa por muitas horas. Ao pesquisar o motivo que fazia os estudantes cubanos terem desempenho melhor do que os de outros países latino-americanos, o economista americano Martin Carnoy comparou 36 escolas de Cuba, Chile e Brasil. Entre várias descobertas, ele verificou que o tempo usado para copiar em território brasileiro é três vezes maior do que o registrado nas salas de aula cubanas.

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@ Saúde dos professores

Trabalho intenso prejudica saúde dos professores

Estudo mostra que condições de trabalho dos educadores em escolas públicas do DF são precárias e acabam afetando a saúde

Pesquisa realizada pela Universidade de Brasília revela que os professores da rede pública DF estão cansados, doentes e trabalhando demais, inclusive para suprir deficiências da merenda escolar. Estudo feito em uma escola-classe de ensino fundamental (1ª a 4ª série) na Asa Norte mostra que o trabalho intensificado pelas mudanças no comportamento da sociedade e políticas públicas ineficientes prejudicam a saúde dos professores.

A dissertação A intensificação do trabalho docente na escola pública, defendida pela pedagoga Sandra Jaqueline Barbosa aponta que os pais transferem à escola o papel de educar seus filhos e as instituições não estão prontas para isso. “A famosa educação que vem de berço, não é mais o pai ou a mãe que dão, agora é função das escolas. Os pais estão mais preocupados em suprir necessidades materiais e acabam trabalhando muito”, explica a pedagoga.

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Mais texto da autora

@ SOS Pedestres

Por Eduardo Macedo de Oliveira


Seria sensato se todos nós andássemos com freqüência. Teríamos vários benefícios, entre eles, a melhoria da qualidade de vida e das nossas relações comunitárias, tão escassas nos dias atuais. Ao andar, nosso olhar torna-se diferente, próximo. Conhecemos espaços e pessoas de forma mais acurada, ou seja, mais humana. Seria ideal que nossas escolas e locais de trabalho fossem mais próximos. Durante a minha infância e adolescência, utilizar-se de automóvel era uma prática excepcional, e normalmente, realizada nos finais de semana.

Infelizmente, diante do crescimento acelerado da cidade, andar, isto é, tornar-se pedestre, em nossas vias públicas tornou-se uma aventura, com consequências graves, cheia de riscos e armadilhas. Diante da tirania dos automóveis, criou-se uma lógica perversa (e desumana), pois as políticas e equipamentos públicos para a mobilidade e acessibilidade das pessoas são elaboradas e implantadas tendo como foco principal o automóvel, deixando em segundo plano, os pedestres.

Avenidas e ruas têm todo aparato para o trânsito dos automóveis. Novos viadutos, semáforos, sinalizações, radares, operadores de trânsito, asfaltos, entre outros, são prometidos e inseridos neste contexto. Não faltam recursos. Fala mais alto, aqueles que se utilizam dos automóveis. Aliás, em sua maioria, formadores de opinião, que têm a caneta, o poder e a autoridade. Embora maioria, os pedestres tornam-se compulsoriamente nas vítimas silenciosas.

Desejo morar numa cidade onde os passeios fossem amplos e transitáveis, contrários aos atuais, repletos de obstáculos, desníveis e inadequações. Onde os canteiros centrais e rotatórias das vias públicas respeitassem e garantissem a travessia segura dos pedestres.

Enfim, para os automóveis, tudo. Para os pedestres (e ciclistas), nada. Enquanto isso, os mesmos se defendem como podem. Infelizmente, não vejo disposição, sensibilidade e grandeza das nossas autoridades em enxergar esta situação. Ela persiste há vários anos, transcende gestões e tornou-se, como dito anteriormente, uma lógica invisível, determinista.

Seria inadiável e urgente, que o poder legislativo e ministério público pautassem a situação dos pedestres. O legislativo, através da fiscalização e elaboração de dispositivos legais obrigando o poder executivo a respeitar as normas de acessibilidade e trânsito existentes. Aos promotores, por sua vez, cabe acompanhar este processo.

E assim caminha a humanidade, ops! Os pedestres. Continuaremos neste ritmo alucinado, poluindo, matando pessoas indefesas, reféns da total falta de sensibilidade e responsabilidade. Veículos modernos, motoristas irresponsáveis, uma fórmula hegemônica prevalecente na configuração do nosso espaço público. O ser humano? Bem, como diria o técnico Parreira, um simples detalhe. Afinal, o sistema não pode parar. Com qual finalidade, ninguém sabe. Estamos cada vez mais velozes, cada vez menos sensíveis. Neste contexto, a democracia é um espaço de ninguém porque de todos. Mas em nosso caso, um espaço de ninguém, mas não de todos. Em nosso caso, dos motoristas e seus automóveis.

Se para realizar as alterações necessárias nas vias públicas representa uma tarefa inexequível, seria necessário que pelo menos as novas e futuras vias públicas e passeios fossem feitos com o devido respeito ao ser humano. O custo não seria alto, porém o benefício imensurável.